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Ética: em alta ou em falta?

Nos últimos dias “ética” tem sido a palavra de ordem nos noticiários do Brasil e do mundo. Podemos dizer que a ética está em alta, ou melhor, a falta de ética.

Essa semana no Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral divulgou que criará um Código de Ética para os integrantes do Poder Executivo fluminense, como resposta à crise política que ora se instala em seu governo. Como se esse código já não existisse na própria constituição.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, o Fundo Monetário Internacional (FMI) incluiu uma cláusula ética no contrato da recém nomeada diretora-gerente do órgão, a francesa Christine Lagarde, que sucederá o também francês Dominique Strauss-Khan, que renunciou ao cargo após denúncia de envolvimento em um caso de escândalo sexual.

Diante dessa onda de pregação da ética por todos os cantos do mundo, pergunto-me se essas pessoas ao assumirem as responsabilidades de seus cargos não deveriam há muito ser cônscios de suas obrigações e de suas condutas.
Ou será que eles vão seguir as ideias do Deputado Francisco Everardo Oliveira Silva, também conhecido como “Tiririca”, que dizia em sua campanha: “Eu não sei o que um deputado faz, mas quando chegar lá vou descobrir.”? Uma coisa é um palhaço que decide virar político, e consegue graças à pouco mais de um milhão de eleitores insatisfeitos com a atual situação política do país. Outra coisa são pessoas com currículo extenso e larga experiência na vida pública, com os mais altos níveis de instrução e que representam muito mais que um milhão de pessoas, mas sim uma nação inteira, como prefeitos, governadores, ministros, entre outros.

Os membros do Poder Executivo representam os interesses do Estado, bem como de muitas pessoas, desde os mais humildes cidadãos até os grandes empresários que ali atuam. E o que dizer de dirigentes de organizações que influenciam todo o sistema financeiro mundial, será que estes precisariam chegar a tamanha eminência para aprender sobre ética em suas condutas?

Esses deveríam partir da premissa que os valores de integridade, imparcialidade e ponderação são fatores determinantes para que o indivíduo possa ocupar cargos nos quais suas funções implicam em defender os interesses públicos.

Os detentores do poder deveriam saber de cor todos os conceitos de ética e moralidade, afinal, não queremos estar numa praia onde os salva-vidas ainda vão aprender a nadar.

 

 

Fontes:

http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201107051826_RTR_1309890377nN1E76416L Acessado em: 07/07/11.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,codigo-de-cabral-esta-na-carta-dizem-especialistas,739399,0.htm Acessado em 07/07/11.