A estranha morte de Celso Daniel.

Ano que vem, mais precisamente no dia 18 de janeiro, fará 10 anos do assassinato do Prefeito Celso Daniel. Bom, por que eu falo sobre isso? Apesar de o caso ter sido reaberto em 2005 as investigações iniciais apontaram como o resultado fatídico de um seqüestro por engano, que por fim levou a execução da ilustre vítima. Deste modo, apenas dois após o desaparecimento do ex-prefeito seu o corpo foi encontrado na Estrada das Cachoeiras com onze tiros. Crime político? Engano? Até aí a impunidade não nos revela nada de novo, no entanto algumas questões que não foram expostas pela mídia serão divulgadas agora:

Após a morte de Celso Daniel o ciclo de execuções não pararam por aí, segue abaixo algumas situações misteriosas, que talvez os mais críticos chamem de queima de arquivo:

*Dionísio Aquino Severo - Seqüestrador de Celso Daniel e uma das principais testemunhas no caso. Uma facção rival à dele o matou três meses após o crime.

*Sergio - ‘Orelha’ - Escondeu Dionísio em casa após o seqüestro. Fuzilado em novembro de 2002.

*Otávio Mercier - Investigador da Polícia Civil. Telefonou para Dionisio na véspera da morte de Daniel. Morto a tiros em sua casa.

*Antonio Palácio de Oliveira - O garçom que serviu Celso Daniel na noite do crime pouco antes do seqüestro. Em fevereiro de 2003.

*Paulo Henrique Brito - Testemunhou a morte do garçom. Levou um tiro, 20 dias depois.

*Iran Moraes Redua - O agente funerário que reconheceu o corpo do prefeito jogado na estrada e que chamou a polícia em Juquitiba, morreu com 2 tiros em novembro de 2004.

*Carlos Delmonte Printes - Legista que atestou marcas de tortura no cadáver de Celso Daniel, foi encontrado morto em seu escritório em São Paulo, em 12 de outubro de 2005.

Para piorar, em Agosto de 2010 a promotora Eliana Vendramini, responsável pela investigação e denúncia que apura o assassinato, sofreu um acidente automobilístico em uma via expressa de São Paulo. O veículo blindado conduzido pela promotora capotou três vezes após ser repetidamente atingido por outro automóvel, que fugiu sem prestar socorro.

Será que ainda existe alguém que com a cara dura vai me dizer que não existe máfia no Brasil, ou que tudo referente é obra de ficção?

* Dados disponíveis em: Folha Online, 19 de janeiro de 2009. Caso Celso Daniel completa sete anos sem punições, por Lilian Christofoletti.