Desviou ou roubou?

Fernando Bandeira

fernandoluizbcosta@yahoo.com.br

Engenheiro e jornalista

A mídia, por precaução, usa alguns termos como: desviou, subtraiu, e por aí vai, para definir um ladrão de colarinho branco. Se algum político (tá na cara) subtraiu uma fortuna em verbas públicas, ele é simplesmente ladrão. Ou não? Alguém contesta? Mas, com um agravante: ele rouba do rico (às vezes conivente) e, principalmente do pobre, do assalariado; daquele que nem sabe que foi roubado.

Estamos vivendo um verdadeiro cinema western, também popularizado sob os termos “filmes de cowboys” ou “filmes de faroeste”. Alguém duvida? A diferença é que, naquela época não existiam computador, câmaras fotográficas escondidas, repórteres especializados etc.

Não me lembro de, em um só governo, em poucos meses (e enquanto escrevo), serem trocados tantos ministros por roubo; falei roubo, e não improbidade administrativa. O que acontece: o ministro demitido do Dnit - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Antônio Pagot (por exemplo), nomeia sua diretoria porque sabe que ela será conivente com suas falcatruas - está feito o roubo; nós pagamos por isso, revoltados e inoperantes – por enquanto.

De certa maneira, a presidente, Dilma Rouseff, tem culpa no cartório. Quem mandou se submeter às indicações do PMDB? Apelo: nossa Presidente, nós brasileiros, estamos presenciando um dos maiores aconchavos políticos jamais visto nesse país. A mídia não só critica, mas também, mostra os caminhos da independência na arte de administrar.

Que moral tem o PMDB para indicar ministros ou os garis para o Senado ou Câmara? Devo ressaltar que, em toda regra há exceção, ou seja, ainda há políticos honestos – apenas, gostaria que me apontassem para que eu pudesse ‘parabenizá-los’ por estarem apenas cumprindo com suas obrigações.

Enfim, ser honesto não é uma virtude, mas sim, um dever, uma obrigação de todo ser humano. Virtude, é tirar do seu próprio bolso, para matar a fome de quem necessita e, não tirar dos nossos já minguados bolsos para encher os da própria família.

Será que eles, os políticos, pensam que todo brasileiro é analfabeto, alienado e corrupto? Não! Em absoluto. No Brasil existem homens e mulheres (a maioria), que se acordam às quatro horas da manhã para trabalhar e, ganham menos que um salário mínimo, mas não roubam. O mais importante: têm mais conhecimento e estudo do que alguns Deputados Federais que foram eleitos nas últimas eleições.

Portanto, não nos subestimem - ou vocês se esqueceram do impeachment de Collor de Melo? Somos mansos, porém, não covardes.

Os Sites de relacionamentos estão agitados, o povo brasileiro está revoltado e indignado com vocês, xerox não autenticadas de políticos. Olhem a reação do povo contra a corrupção em alguns países árabes! Não subestimem o ser humano; paciência, como tudo na vida, tem limite.

Uma nação só prospera quando, seus mandatários são honestos, competentes e, se preocupam e agem para combater a ladroagem política e a fome que assola uma grande parte da população. O resto se resume em histórias de pescador que, são mais reais do que a fama de muitos políticos deste país, que posam de honestos, mas não passam são de verdadeiros bandidos (estou cansado de falar em exceções). Será que existem? Mostrem-nos! Apareçam e combatam a fome, as situações calamitosas da saúde, da educação e da segurança pública.

Espero que, algum dia, nossos filhos, netos… e, por aí vai, possam dizer: amo o meu País: Brasil, pátria amada! Sem palhaços e sem jogadores de futebol, todos eles (maioria), despreparados para exercerem uma função tão nobre - zelar pelo povo brasileiro.

Agora, lançar candidato porque é admirado em sua profissão de origem e, totalmente despreparado para exercer cargos públicos de alta relevância, não tem perdão. Deixem que eles façam aquilo que realmente sabem fazer: palhaçada, jogar futebol e lutar boxe.