"COLUNA OPINIÃO".-COMENTA E-MAILS DESELEGANTES DO EX-PREFEITO CASSADO DE SANTA RITA DO SAPUCAI " RONALDO AZEVEDO CARVALHO" DIRIGIDO A ESSE COLUNISTA".
ARMANDO LEMES.


Hoje, excepcionalmente, vou abrir o espaço desta coluna para publicar três e-mails de um leitor que já há algum tempo vem me enviando mensagens que eu considero deselegantes. Este leitor quer ser considerado pela autoria de alguns episódios que eu comentei na minha coluna sem mencionar a referida autoria.
Meu único comentário a respeito é que talvez tenha tido um problema de interpretação quanto a intenção de minha coluna. Nunca foi minha intenção citar o nome de qualquer prefeito como criador desta ou daquela instituição a fim de glorificá-lo por tal criação. E nunca o fiz não por maldade, intenção ou grosseria de minha parte. Mas porque nunca pensei que fosse tão vital esta informação, principalmente para
o próprio autor. Autores, inventores, e criadores que se prezam se preocupam com a sua obra em si, com a importância dela no contexto em que se inserem; o reconhecimento é sempre secundário.  E nem foi, em momento algum, objetivo da coluna comentar sobre a vida política de Rubens Carvalho, muito pelo contrário. Eu realmente pensei ter ficado claro esses dois pontos nas ocasiões.
Com esta divulgação, sei que acabo por fazer o que acima afirmei que nunca foi minha intenção. Mas a maneira como o referido leitor se dirigiu a minha pessoa e a esta coluna, foi de tal maneira grosseira que prefiro transferir para que os meus leitores tirem suas próprias conclusões a respeito dos assuntos ali comentados.
A minha única ressalva é para que se lembrem do episódio da invasão deste jornal, ocorrido em 2008 pelo então prefeito Ronaldo Azevedo Carvalho, autor destes e-mails, que agora faço questão de citar o nome. O lamentável episódio da invasão do jornal creio que nunca será esquecido pelo seu dono, que na época teve prejuízos financeiros e morais, ao qual me solidarizo, e ao qual o ex-prefeito tanto quer ter o seu nome a ele vinculado. Este episódio foi uma das maiores demonstrações de irresponsabilidade e, agora sim, autoritarismo, que um homem público pode cometer.
Seguem, na íntegra, os e-mails datados.
 
“Domingo, 4 de Setembro de 2011, 20:33
 
Sr. Armando,
Na sua coluna desta semana o senhor se "esqueceu" de citar o nome do prefeito que criou a Guarda Municipal, hoje comemorando seus 4 anos de criação. É lamentável que, em um espaço que se diz de “utilidade pública”, o autor subtraia do leitor esta informação de todo necessária já que, o senhor mesmo admite, “presta relevante serviço à população” e “que vem desenvolvendo um brilhante trabalho muito elogiado pelos munícipes”. Fica parecendo que esta instituição surgiu do nada, sem lei, sem concurso público, sem processo de treinamento, sem custos de implantação e, sobretudo, sem vontade política. Se o senhor não gosta de minha pessoa é um direito seu. E eu respeito. Entretanto, o que não se admite é que uma coluna que pretende “falar sério em defesa da comunidade” adote uma atitude hipócrita e falsa de brigar com os fatos. Em nome da verdade, portanto, espero do senhor que tenha a dignidade de dizer neste mesmo espaço o nome do prefeito que criou a Guarda Municipal.
Tenha um bom dia.
Ronaldo Carvalho”
 
Terça-feira, 13 de Setembro de 2011, 15:13

 Já que o senhor vai publicar o meu primeiro e-mail, aproveite e publique o meu segundo e-mail: Senhor Aramando Lemes, "Deselegante" é o colunista que usa um espaço que diz ser de "Utilidade Pública" omitir de forma maldosa, intencional e grosseira o nome do criador da Guarda Municipal. Qual seu propósito? Uma grave falha de memória? Ou tentar esconder dos leitores a verdade dos fatos? Na época da ditadura, senhor Armando, os militares comemoravam o aniversário de Brasília no dia 21 de abril sem tocar no nome de Juscelino. Ficava parecendo que Brasília havia surgido do nada naquela imensidão do planalto central. Nenhuma palavra sobre aquele visionário que plantou uma cidade no meio do sertão e tirou o Brasil do subdesenvolvimento. A História esqueceu os nomes dos governantes daquela época negra, mas jamais se esquecerá de Juscelino. Esquecimento é o lugar que a História reserva para os omissos e covardes. Tenha um bom dia.
Ronaldo Carvalho” 
  
“Quinta-feira, 12 de Abril de 2012, 13:46

 
Senhor Armando Lemes,
 
 
          Mais uma vez, o senhor insiste em brigar com os fatos. O amigo Rubens Carvalho não entrou na prefeitura no mandato do Paulinho Dentista. Quando fui eleito prefeito, eu o convidei para o cargo de secretário da Prefeitura, onde trabalhou durante todo o meu mandato de 5 anos e três meses. Quando deixei o cargo para ser candidato à deputado, o Rubens permaneceu no cargo durante o curto mandato de 8 meses do Waltinho Baldoni. Eleito Rogério Rennó, ele manteve o Rubens durante 4 anos. Quando renunciou e o Paulinho assumiu, o Rubens foi também mantido em seu curto mandato de 2 anos. Eleito e empossado, o primeiro ato do senhor Jeferson Mendes foi mandá-lo para a rua. Assim, o senhor deletou “apenas” 10 anos da carreira do Rubens no serviço público somente para não ter que citar o nome do prefeito que primeiro acreditou na capacidade de trabalho do Rubens. Quando fui eleito deputado federal, eu o nomeei Assessor Parlamentar, trabalhando no meu escritório político que funcionava em uma das salas do Edifício Santa Rita.
                Eu e meu grupo político sempre apoiamos e acreditamos na capacidade de trabalho do Rubens, principalmente na sua lealdade e fidelidade. Por isto, é surpreendente que o senhor “esqueça” destes fatos, apenas para não ter que citar meu nome. Já lhe disse uma vez e vou repetir: o senhor não gosta de mim, é um direito seu. O que fica ridículo é o senhor citar fatos e eventos sem atentar para a verdade.
Desde há muito tempo não perco tempo lendo suas bobagens. Mas os companheiros me cobram uma atitude à respeito. E assim o faço. E com um apelo: procure se informar melhor.
 
Ronaldo Carvalho” .
 
Para concluir a coluna desta semana, quero dizer ao Senhor Ronaldo Azevedo Carvalho, que nada tenho contra sua pessoa, ao contrário do que você parece acreditar. Se não se simpatiza comigo ou com minha coluna, eu não lamento. É claro que uma pessoa não consegue ser unanimidade e eu não faço nada para isso. Enfim, somente quanto à sua vida política eu devo registrar que me lembro de dois fatos que muito me entristeceram, e me fizeram me arrepender de por duas vezes ter lhe confiado meu voto. Por hoje é só.
Até a próxima semana se Deus quiser e Ele há de querer porque aqui estarei falando sério em defesa da comunidade.


Autor-Armando Lemes-abril de 2012.