TERREMOTO, PAC, BIODIESEL OU CACHAÇA

Lailton Araújo

Nas estradas danificadas por chuvas de verão, a inflação é dominada pela mão de ferro do Banco Central do Brasil. Nos portos e aeroportos, a pirataria faz do amado e idolatrado Brazil - para os estrangeiros - a terra das bananas açucaradas, já que se dispõe de vasta tecnologia e solo para o plantio da cana-de-açúcar, colheita, e subprodutos recheados de velhos problemas do campo, principalmente a monocultura. Somos chiques e repetitivos nos modelos ultrapassados e maldosos de desenvolvimento.

Na área econômica, os ventos do Atlântico Norte trazem más notícias da Europa. A moeda euro está em rebuliço com as contas públicas da Grécia. Parece que a crise vai contaminar - ou já contaminou - parte da economia brasileira. A inclusão social caminha nos passos do puxão de orelhas da presidente Dilma. A infra-estrutura é algo irreal para os eventos esportivos, Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas Rio 2016. O Brasil mostra que pode ser movido a álcool, melaço de cana, biodiesel, perna de cobra ou chute no traseiro! Assim falou um emissário da FIFA - Fédération Internationale de Football Association (em francês).

O Brasil sabe promover o Brazil. A economia tupiniquim já é a 6ª do mundo, e as reservas petrolíferas do pré-sal despertam cobiças de outras nações. É progresso para ninguém botar defeito ou duvidar da capacidade brasileiríssima de sambar, assobiar, chupar cana e ainda alimentar a sede de energia dos automóveis americanos e europeus. A diversificada economia brasileira pode contribuir para o não aquecimento global com o etanol, ou concorrer com os EUA, poluindo o planeta com o velho e ultrapassado petróleo. A dose de energia limpa ou suja, dependerá do cliente e sua moeda!

O PAC - Programa de Aceleração do Crescimento continua ambicioso! Espera-se que as letras não fiquem invertidas nos pequenos terremotos da bacia de Santos, vazamento de óleo na bacia de Campos, ou mesmo, novos tsunamis asiáticos. Se acontecer o previsto pela natureza dos pessimistas ou realistas, o PAC se tornará PCA - Programa de Comprometimento Administrativo. E o famoso samba Aquarela do Brasil (De: Ary Barroso) será tocado em forma de choro. Melhor ainda, no compasso do blues etílico.