COTAS, HIPOCRISIA E MEDIOCRIDADE.

Partindo das declarações de nosso brioso professor Jorge Portugal no jornal A Tarde, onde relata ele o discurso de um jovem que ao defender as cotas para negros e afro-descendentes nas universidades públicas, bradou em alto e bom som que eles teriam o direito não apenas das cotas, mas, da universidade inteira. Quero dizer ao nobre professor e tantos outros arautos dessa causa que vicejam por ai afora, que desejo participar dessa cruzada e proponho que formemos um exército de “AFROLEONES” (de BRANCALEONE seria contraditório) Para invadirmos todas as construções seculares Brasileiras construídas pelo trabalho dos negros escravizados.

Nossa primeira providência para arrecadarmos fundos para essa hercúlea empreitada deve ser tomar posse de todas as posses dos portugueses e descendentes que residam em solo Brasileiro. Após essa primeira batalha, nos lançaremos ao oceano atlântico no sentindo inverso ao descobrimento. Invadiremos Portugal e lá tomaremos todas as riquezas que nos foram roubadas em tempos idos. Destruiremos todas as grandes obras que foram erguidas através de nosso suor e sofrimento. Muitos dirão: mas isso se passou á séculos atrás... Mas não é esse o discurso que ouvimos hoje? Das reparações pelos séculos de escravidão? Não esqueçamos também de invadir a Inglaterra, que só veio defender a abolição de nossa escravidão por interesses econômicos e não humanitários.

Mas, para que tenhamos credibilidade em nossa gigantesca empreitada cívica, temos alguns obstáculos a transpor... De bom tom será que afro-descendentes que detenham cargos públicos (cargos de confiança, vereadores, senadores, secretários de estado, que recebam benesses econômicas de órgãos Federais, estaduais e municipais como algumas ONGs, Blogs e afins...) sejam obrigados a matricularem os seus filhos e dependentes em colégios públicos do maternal a formação superior.

No que tange a saúde, todos os mesmo supracitados também devem servir-se dos serviços públicos e não dos hospitais sulistas usados pelas elites dominantes que tanto criticamos. Essas elites seculares que sempre aparecem nas crônicas e críticas dos que defendem as cotas raciais (Engraçado... A maioria dessas autoridades, paladinos dos direitos dos afro-descendentes e da parcela marginalizada da população Brasileira hoje apóia Sarney, Collor, Calheiros, Barbalhos...) como manipuladores da mídia e da opinião pública (Há algum partido dominante esquerdista hoje tentando controlar os meios de comunicação?)

Criaremos também cotas para que, quando atingirmos um excelente patamar econômico, uma parcela de nós seja obrigada a casar com pessoas de nossa mesma cor. Tenho notado que ao conseguirmos tal feito estamos fugindo dessa prática... Ou isso ou começarei a pensar que tudo não passa de hipocrisia e mediocridade de muitos que usam essa luta apenas para se locupletarem dos cargos e erário público...

Para evitar tal desgaste de vidas humanas e seguindo nossa constituição que diz: “Todos são iguais perante a lei” melhor seria que pagássemos condignamente aos professores (Onde andam aqueles que antes de estarem no poder estavam sempre ao lado de nossos mestres e agora que, encastelados nos antros da corrupção emudecem descaradamente esses nefastos Cérberos da licenciosidade?) investíssemos pesadamente em educação, cultura, lazer, infra-estrutura... e principalmente um combate diuturno contra as ratazanas a corroerem o dinheiro de nossos impostos.

No mais, basta!!! Volto aqui a sugerir que nossos doutos defensores ouçam à letra da música do grupo os Titãs: miséria é miséria em qualquer canto. Riquezas são diferentes...

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 16/05/2012
Reeditado em 18/05/2012
Código do texto: T3671709
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