RIO + DEMAGOGIA

Tenho seguido as notícias da RIO + 20.

Sou um entusiasta na reformulação dos indivíduos, que sentem necessidade de se encontrar.

Nunca fiz deles meus sósias, ou procurei demovê-los de qualquer idéia, mesmo que não a compartilhasse. Levo-os a se inquirirem e responderem o que são, e o que querem, entendendo o porquê de cada idéia, e qual a sua utilidade na mudança que pretendem.

Várias vezes sou inquirido sobre como os outros passarão a encará-lo. Minha resposta é simples: “Se estão seguros do que pretendem, porque preocupar-se com a aceitação dos outros?”

Daí podem surgir duas razões: não estar seguro da mudança, ou temer o julgamento dos outros, o que no fundo pode demonstrar medo da rejeição. Em suma as duas causas revelam uma insegurança que merece ser repensada.

Estou consciente que o erro é nosso auxiliar: errando, se buscamos a solução para um problema, estamos evoluindo.

Quando se reúnem pensamentos que sofrem bloqueios por motivos diversos, a primeira tendência é a de achar um raciocínio mediano, que satisfaça as inseguranças. Quase sempre abrindo uma brecha para um quebra-galho que nem sempre levará a um objetivo válido.

A humanidade faz muitas vezes este papel, fingindo ser importante, camuflando suas verdades, por medo de errar e ser julgado.

No caso específico da RIO e vejo vários representantes de países lançando cartadas impossíveis, buscando fingir poder. Vejo outros fugindo da realidade com idéias maravilhosas, como se fossem possíveis serem implementadas por todos, ou mesmo por uma minoria.

Sou de opinião que quando não fazem, faça. Não fique esperando; faça, corrija se não deu certo, faça de novo, quantas vezes forem necessárias, até que a conclusão apareça.

Assim, se ao invés de gastarmos uma fortuna com segurança, luxo, bloqueios de vias essenciais de tráfego, desgaste de forças policiais e militares, que no dia a dia não resolvem problemas simples, por que não plantamos uma só mudinha de árvore, ou cuidamos do lixo à nossa volta?

Por que não fazemos Associações de Bairros, que se unidas formariam Associações Regionais, e estas escolheriam o que modificar em sua região, escolhendo até um representante político escolhido e eleito naquele ambiente, que seria batalhador da Região?

Poderíamos fundir várias Regiões e escolhermos os nossos dirigentes e representantes de Distritos, buscando indivíduos honestos, que seriam fiscalizados de forma a não se corromperem.

Assim as Associações de Bairros isoladas poderiam e deveriam cuidar de seus problemas ambientais e ‘etcetera e tais’, como dedicar uns minutos de nossa vida, para fazermos umas festinhas em locais que seriam limpos, para formar depois um ponto de reunião, quem sabe um salão construído por todos, onde as reuniões se dariam mais protegidas da ‘marginalia’?

Por que não podemos ajudar nosso vizinho, aparando a grama de seu lote, onde existe muito lixo, até quem sabe, eliminarmos mosquitos da dengue e outras coisinhas mais?

Será que nossa vida não passaria mais lenta, onde pudéssemos conversar mais e perder este medo, que muitos temos, de nos verem como realmente somos e não como queremos que vejam?

Vejam, por exemplo, os rumos do ‘progresso’: as comunicações via mídias televisivas nos mostram o que se passa no ‘Nãoseinão’, enquanto temos vizinhos que não cumprimentamos há meses, ou anos.

Nossos antepassados jamais trocariam deixar o papo pós-prandial (jantar) com os vizinhos na calçada, para saber de notícias de políticos corruptos, que servem para mostrar quem são seus ex-presidentes, por exemplo.

Assim, a Rio qualquer coisa, não resolve quase nada, exceto apresentarem seus políticos ladinos, que querem manter-se no poder, ganhando prestígio e fingindo serem os ‘salvadores da pátria’.

Acorda povo, arregacem as mangas e façamos o que é possível fazer: ‘tudo, que quisermos’.

Deixemos de lado a dependência às ‘otoridades’, façamos nosso destino desfraldar. Garanto que eles irão ter vergonha do papel ridículo que fazem.

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