O QUE NOS MATA (II) - E GEOVANNAS, ADRIELES, - HOLOCAUSTO EM SANTA MARIA

O que nos mata não é a arma do assaltante…

É a caneta do político e seus acordos e negociatas engravatadas nas trocas de votos e apoios aos seus projetos de desvio de verbas.

O que nos mata não é o avião que cai… É o irmão do ex-presidente que faz “loby” nos contratos do governo… e ainda é chamado de “ingênuo”.

O que nos mata não é a falta de médicos e medicamentos nos hospitais. É a cpmf do nosso extrato bancário que não foi aplicada conforme previsto em lei.

O que nos mata não é o acidente da rodovia sem conservação. É o Presidente do Senado (o anterior) que usou nosso dinheiro pra financiar suas escapadinhas de um casamento monótomo, e sustentar o filho de sua amante jornalista; é o presidente senado que enriquece seus familiares e amigos através de atos secretos e nebulosos.

O que nos mata não é a dengue hemorrágica, nem a gripe suÍna. É o dinheiro do mensalão, dos sangue-sugas, dos correios – que ninguem fala mais - que acabou em pizza, e deveria ser investido em saúde e educação.

O que nos mata, não é o assaltante que arrasta crianças pelas ruas. É a impunidade prescrita e instituída pelos recursos “legais” e pelas sentenças vendidas.

O que nos mata é o ministro da defesa - ex-ministro pós-Congonhas - dizer na TV que os preços das passagens aéreas “tem que ser aumentados sim“… “pois se a população quer segurança, tem que pagar mais caro”, que é o mesmo que afirmar que não havia segurança porque os preços eram baratos, e que se equalizarmos, concluimos que devemos pagar “pedágio p´ra não morrer”.

O que nos mata são as bolsas “miséria” distribuídas com fins eleitoreiros, para eleger e reeleger nossos “representantes” num governo onde ocorrem fatos inexplicáveis, “inexplicáveis demais”…

O que nos mata é o Boris Casoy e o Arnaldo Jabour serem calados e condenados só porque entendem “fatos inexplicáveis demais”…

E o Diogo Mainard, além de processado, sofrer ameaças do MR-8…

O que nos mata são as balas que ceifaram as vidas de Geovannas, Joãos Hélio, Adrieles, Brunas, dos alunos da escola Tasso da Silveira, em Realengo, e Julias, Juans, Joãos Roberto, Yasmins, Ramons, Fabianas, Alanas, Julianas e Wesleys... e outras que não lembro.

O que nos mata não é o policial despreparado, a quem o estado entrega uma farda e uma arma. É o dinheiro desviado dos investimentos em educação e segurança pública; que poderia ser investido na formação de policiais conscientes do dever de proteger e zelar pelo bem estar e segurança da população.

O que nos mata não é a bala perdida no tiroteio entre traficantes e policiais…é a corrupção que liberta assassinos, que vende sentenças, que deixa circular armamentos pesados, e que jamais condena os poderosos.

O que nos mata não é a terra que rola dos morros. É a verba desviada pelos políticos para enriquecer suas contas bancárias, e que legalmente era destinada a habitação, meio ambiente, infraestrutura, etc...

O que nos mata não é a casa noturna que incendeia. É a corrupção que autoriza o funcionamento de empresas sem que respeitem os mínimos itens de segurança e bem estar de seus frequentadores.

O que nos mata é a “lei da ficha limpa”, que permite a posse de político condenado pelo STF, no cargo de senador - aquele mesmo das escapadinhas com a amante, notas frias, etc... - e ainda ser eleito presidente do senado.

A imprensa inglesa tem toda razão…

Somos mesmo ” BRASIL, UM PAIS DE TOLOS ! “

Nilton Moreira Coutinho

Nilton Moreira Coutinho
Enviado por Nilton Moreira Coutinho em 21/01/2013
Reeditado em 04/02/2013
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