Duas mentes brilhantes, dois modos de combater a fome.

Thomas Robert Malthus

(Rookery, perto de Guildford, 14 de fevereiro de 1766 — Bath, 23 de dezembro de 1834) foi um economista britânico. É considerado o pai da demografia por sua teoria para o controle do aumento populacional, conhecida como malthusianismo.1

Filho de um culto e rico proprietário de terras, amigo de Hume e Rousseau, terminou os estudos no Jesus College (Cambridge) a partir de 1784, onde obteve um posto em 1793. Tornou-se pastor anglicano em 1797 e, dois anos depois, inicia uma longa viagem de estudos pela Europa.2 Casou-se em 1804.

Suas obras exerceram influência em vários campos do pensamento e forneceram a chave para as teorias evolucionistas de Darwin e Wallace. Os economistas clássicos como David Ricardo, incorporaram o princípio da população às suas teorias, supondo que a oferta de força de trabalho era inexaurível, sendo limitada apenas pelo fundo de salários.

Para Malthus, assim como para seus discípulos, qualquer melhoria no padrão de vida de grande massa é temporária, pois ela ocasiona um inevitável aumento da população, que acaba impedindo qualquer possibilidade de melhoria.1 Foi um dos primeiros pesquisadores a tentar analisar dados demográficos e econômicos para justificar sua previsão de incompatibilidade entre o crescimento demográfico e à disponibilidade de recursos.

Em suas obras econômicas, Malthus demonstrou que o nível de atividade em uma economia capitalista depende da demanda efetiva, o que constituía, a seus olhos, uma justificativa para os esbanjamentos praticados pelos ricos.

Thomas Maltus representa o paradigma de uma visão que ignora ou rebaixa os benefícios da industrialização ou do progresso tecnológico.

Ernest Gellner afirma em Pós-modernismo, razão e religião: "Previamente, a Humanidade agrária vivia num mundo Malthusiano no qual a escassez de recursos em geral condenava o homem a apertadas formas sociais autoritárias, à dominação por 'tiranos', 'primos' ou ambos".

Para o autor, a diferença entre as classes sociais era uma consequência inevitável. A pobreza e o sofrimento eram o destino para a grande maioria das pessoas.

Justus von Liebig

(Darmstadt, 12 de maio de 1803 — Munique, 18 de abril de 1873) foi um químico e inventor alemão.1

Filho de um comerciante de anilina, Liebig tornou-se destacado cientista e professor de química. Seu legado foi um dos maiores do século XIX. Seus experimentos possibilitaram a criação de fertilizantes químicos, sabão, explosivos e alimentos desidratados.

Sua contribuição para a humanidade foi extraordinária.

Além de inúmeras fórmulas e processos para a química orgânica, Liebig institucionalizou o uso didático do laboratório de química.1

Um dos fundadores da química orgânica, Liebig aperfeiçoou os métodos de análise dos compostos químicos. Descobriu numerosos compostos orgânicos, como o clorálio, o clorofórmio, alguns aldeídos; estudou os ácidos e amidos correspondentes. Ao aplicar a química ao estudo da fisiologia vegetal, Liebig refutou a teoria até então aceita, segundo a qual as plantas absorveriam as substâncias orgânicas resultantes da decomposição de corpos de animais no terreno. Em vez disso, as plantas alimentam-se de alimentos inorgânicos - como o dióxido de carbono da atmosfera e os compostos amoniacais -, sendo o terreno tanto mais fértil quanto maior a quantidade de sais de elementos ali encontrados. Essa descoberta redunda em importante contribuição para a agricultura.

Liebig também revolucionou a produção de alimentos, aplicando princípios da química, chegando à conclusão de que as plantas alimentícias cresceriam melhor e teriam maior valor nutritivo se fossem adicionados elementos químicos na mínima quantidade adequada ao seu cultivo. Deste modo, von Liebig chegou à famosa fórmula NPK, iniciando a era dos fertilizantes químicos. No mesmo período outro estudioso sobre a composição química dos nutrientes, Julius Hensel, propunha que pós de rocha fariam o mesmo efeito sem desequilibrar o meio ambiente e ainda com baixos custos.