A "Carta Suicida" de Lula

Após a estrondosa repercussão derivada da revelação do grampo das conversas de Lula, o mesmo divulgou uma carta aberta, possivelmente por conselho de assessores.

Numa redação bem feita, com linguagem muito acima da capacidade de Lula, reiterou o respeito pelas instituições do Poder Judiciário, e, evocando uma ação de, quando presidente, fez uma afirmação que, a meu ver mata todo o sentido de sua carta; disse: “Não o fiz apenas por palavras, mas mantendo uma relação cotidiana de respeito, diálogo e cooperação; na PRÁTICA, que É O CRITÉRIO MAIS JUSTO DA VERDADE.” ( Ênfase acrescentada )

Acontece que as gravações revelam o dia a dia de Lula na prática.

Essa carta adocicada edulcorada, é a velha e envernizada hipocrisia, onde se busca a devida aparência, em detrimento da verdadeira essência.

Assim a carta que consiste em belas falas e sentimentos democratas, é mero arranjo de palavras, para esconder o lixão prático que é o caráter do Lula.

“Prática... é o critério mais justo da verdade”, então, a própria carta recomenda que não acreditemos nela, pois, trata-se de mentira.

Assim faremos, aliás, a um mentiroso, não damos mais crédito nem, se falar a verdade; como diziam certos pregadores medievais, “O que és fala tão alto, que não consigo ouvir o que dizes.”