OCUPAÇÃO: CAGÃO

OCUPAÇÃO: CAGÃO

PRÓLOGO

Trabalho numa empresa de economia mista, sendo o estado o acionista majoritário. Portanto ele “estado” que indica diretores. Com o advento da atual política, dos mandos e desmandos dos governantes, os energúmenos que recebem cargos de chefia tornam-se algozes dos outros trabalhadores. Este texto trata desta situação.

DISSERTAÇÃO

Sem perdão...

Com a assinatura da lei do ventre livre diminuiu a escravidão, mas não a opressão. Depois veio a promulgação da constituição... ainda assim continuou a castração. Quem não se lembra de 1964... Ditadura militar... Exprobração... Tortura... Cassação... Pensava-se que com a globalização fosse diminuir a coação, porém em tudo e por todos o que se vê é coerção. Aqui na repartição justapõe tanta pressão que fica patente a inibição aos subalternos (antes escravos, hoje prisioneiros de plantão).

Sem falar na proibição de se ausentar da sua seção, independente da ocupação; sendo que atestado médico não vale para este tipo de evasão, só para óbito com comprovação (corpo presente). Mas já acharam a solução: tornozeleira eletrônica (por que não?).

Alguém chegou a escrever num pavilhão: “LIBERTAS QUAE SERA TAMEN”... Uma bela frase (para não dizer jargão), que não se aplica a um montão de Joãos subservientes no status quo, na atual administração.

Já tivemos tantos feitores (patrão), é bem verdade que tem alteração (quando tem eleição) de quatro em quatro anos; e (no caso de reeleição) de oito em oito, todavia o chicote sempre foi e é o mesmo (só muda de mão). Ainda temos a ilusão de que estes também passarão (incluso os de comissão); e nós (cada um mais bundão) faremos nossa comemoração.

Para finalização só queremos saber se para ir à privada, cada cagão na ocasião de defecar têm que pedir permissão? Se não tiver autorização borra no chão? Ou o mandão nos levará, pela mão?

Sobreviveremos a mais esta desmoralização, para não dizer esculhambação.

P. S. (1) Festa é uma comemoração de livre participação; aqui não!

P. S. (2) Via de regra, se preferirem, uma constatação: vai à festa ou toma no butão!