Para os desavisados: estamos no mesmo barco

O que me preocupa, nessa história toda, é que a polarização ideológica têm esvaziado as pessoas de seu valor humano.

Os extremistas (de ambos os lados), enxergam os opositores como ideias, e não mais como pessoas.

É mais fácil odiar alguém quando não enxergo nela um ser humano como eu, que é filho de alguém, irmão de alguém, que compartilha sonhos, preferências, medos.

É mais fácil “torturar um comunista” ou “xingar um facista” do que fazer isso com um pai de família.

É essa desconstrução de identidade que alimenta todos esses conflitos, e nos esvazia da empatia que deveria conduzir a humanidade.

Levar informação, expor pensamentos é função coletiva, é serviço. Mas não com a pretensão de denegrir o outro. Estamos no mesmo barco, para os desavisados.