Reconstruindo o Brasil

Enfim, chegou o grande dia, o dia da posse do novo presidente do Brasil, depois de uma campanha conturbada, permeada de mentiras e ódios e até de um atentado contra a vida de um candidato – algo nunca visto por estas plagas, ao menos de forma tão explícita. Mas, no fim das contas, a vontade de 57 milhões de brasileiros se fez ouvir de forma inequívoca, devolvendo-nos a esperança e a crença de uma vida melhor, sob o império da ordem, da lei e da justiça.

Uma grande vitória popular, sem dúvida, e que serve para momentos de reflexão. Não foi sem razão que os cidadãos brasileiros tomaram pé de que a coisa ia muito mal por este Brasil. Foi um acordar para a realidade acerca de tudo aquilo que nos rodeava e que parecia não representar risco algum.

A ladroagem posta a lume pelas diversas operações da lava-jato e a massificação no uso das redes sociais, com informações em tempo real, talvez sejam as grandes tributárias desse acordar de um estado letárgico, que deixava corruptos livres para agir contra o Erário.

O povo, contudo, despertou. E viu que é preciso, sim, participar mais ativamente da vida política e cobrar de seus representantes e instituições posicionamentos realmente éticos e morais. É um caminho pelo qual nos enveredamos e que não oferece a opção de retorno. Mais que isso, é uma REVOLUÇÃO que está apenas no seu limiar.

Todos sabemos, agora, depois de eleger um presidente opondo-nos a poderosas forças adversas, que é possível corrigir os rumos do país. Aprendemos a pôr as mãos na massa e também que não é preciso aguardar que as coisas aconteçam, pois podemos fazê-las concretizar.

Os órgãos de jurisdição e as instituições de controle existentes, mofados pelo mau uso, e que sempre escamoteavam desmandos contra os interesses da coletividade, precisam ser repensados. Omissos ou coniventes, sempre permitiram que a farra corresse solta, levando o país ao caos a que chegou.

A Controladoria Geral da União, o Coaf, os órgãos de controle interno dos poderes, o MP, a OAB, os tribunais de contas, a grande imprensa, só para citar alguns, roncavam profundamente, como gatos de armazém, enquanto um sem-número de políticos e comparsas saqueavam o Brasil. Quando acordavam, era para dar uma cusparada qualquer na cara de alguém, voltando a dormitar

Apesar de eles todos e de tudo o mais, os tempos mudaram, conforme veremos a partir de 1º de janeiro de 2019.

Zé Mário
Enviado por Zé Mário em 30/12/2018
Reeditado em 30/12/2018
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