TEATRO E OPRIMIDO

Na sua rica experiência do Teatro do Oprimido, Augusto Boal relembra o comovente encontro com um camponês que se entusiasmou muito com uma cena em que o elenco interpretava uma rebelião contra o latifúndio. A ponto de pedir que o grupo teatral se unisse a ele numa luta real contra o sistema opressor:

"Quando lhe dissemos que éramos verdadeiros artistas e não verdadeiros camponeses, Virgílio ponderou que, quando nós, verdadeiros artistas, falavámos em dar nosso sangue, na verdade estávamos falando do sangue deles, camponeses, e não do nosso, artistas, já que voltaríamos confortáveis para nossas casas." 1

("Hamlet e o filho do padeiro", Augusto Boal, pg. 213.

Blogdolando
Enviado por Blogdolando em 23/02/2022
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