De foguete a oceano: como estamos agora?

É tempo de reunificação e pacificação do país após a vitória da democracia sobre o autoritarismo. Nos últimos dias fomos o foguete chinês desgovernado, não sabíamos o rumo e nem o local onde iríamos cair, mas no fim...

Desde o segundo turno estamos assustados com o que assistimos, parece que o Brasil revive os tempos da “Colônia Juliano Moreira” a céu aberto. Eleitores do capitão derrotado, que se definem como patriotas, passam vergonha ao vivo por não aceitarem o resultado das urnas.

Atiram-se no chão, comemoram fake news, atiram pedras nos carros, se agarram aos para-brisas dos caminhões, agridem jovens estudantes, batem continência para pneus, fazem saudação nazista, pedem SOS às forças armadas, um bizarro pandemônio pastelão.

Esses últimos quatro anos até aqui fizeram muito mal à nossa saúde psicológica, parece que fomos eletrocutados todos esses dias ao ponto de não sentir o corpo e, pior, ao ponto de dissolver a alma. Não bastasse o desgoverno fascista, atravessamos uma pandemia com grande grau de letalidade, foi uma provação divina, um teste difícil de resolver.

Quatro anos em que ‘esquecemos’ a cultura, a diversão displicente, a troca de carinho furtivo. Nesse período as flores ficaram sem graça, a música ficou sem nota, a poesia ficou sem rima, o dia ficou sem sol, a noite sem lua. Os sentimentos estavam carregados por uma energia ruim que não permitia o sorriso fácil, impondo o desentendimento nos nossos relacionamentos.

Quantas pessoas ofendemos e por quantas fomos ofendidos?

Como estamos agora? Como está a nossa saúde?

O foguete chinês desgovernado entrou na atmosfera da Terra e não caiu no solo da Espanha como estava previsto.

Ele caiu no oceano... Pacífico!

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 04/11/2022
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