EUGENIA: DA SOBREVIVÊNCIA A ELIMINAÇÃO E EMBRANQUECIMENTO

Se no passado a eugenia foi praticada pelas tribos indígenas por uma questão de sobrevivência, nas teorias nazistas e nos dias atuais ela vem sendo conduzida como uma ideologia ou uma teoria usada para uma prática anti-humanitaria e meio de destruição em massa dos povos indígenas no Brasil. A ideia bolsonarista de "socializar os povos indígenas" repetida em muitos discursos do ex-presidente onde ele dizia e suas falas soam de maneira extremamente racista e com forte influência do Darwinismo Social que também veio no passado europeu como uma porta voz de um discurso civilizatório. Ao ver Bolsonaro dizendo isso em uma live "Cada vez mais, o índio é um ser humano igual a nós”, parece-me aqui que até estou assistindo um daqueles tipos neocolonizadores do século XIX, usaram o argumento civilizatório para dominar povos fora da Europa, e um desses personagens cruéis é retratado numa charge do Rei Leopoldo II que aparece na figura de serpente para ilustrar sua perversidade e crueldade praticada encima dos Congoleses. A Bélgica dominou o Congo e massacrou esse povo e o escravizou por um longo período, e o chamado Congo Belga se tornou uma propriedade particular do rei. Mas essa saga civilizatória persistiu e prosseguiu com outros povos, e tiveram seus todo aval da Inglaterra e da França, que com seus representantes, cuja missão era "civilizar" as "raças inferiores", para que o "bem" prevalecesse. Mas não era o "bem" e sim os "bens" dos "incivilizados" que eles queriam. Essa é a cara do Bolsonarismo, a nova cara da eugenia, da limpeza de raça, do EMBRANQUECIMENTO e da tal "socialização", através do extermínio dos povos indígenas, como estamos assistindo, tudo isso, camuflado pelos nomes usados nos discursos: "etnia", "raça", "progresso" e outros termos usados nos discursos de Bolsonaro. Se na época do Nazismo foi necessário criar para apurar na Alemanha o Tribunal de Nuremberg para apurar os crimes cometidos no holocausto dos judeus, e o Tribunal de Tóquio para apurar os crimes de guerra. Da mesma forma será preciso mesmo um tribunal internacional para apurar o que o Bolsonaro e o seu governo fez com o Brasil, principalmente, as barbaridades praticadas contra os povos indígenas. Por traz do discurso dos "direitos" escondiam sentimentos perversos, diabólicos mesmo e tão terríveis quanto aqueles que envenenaram toda a Alemanha de Hitler:

"Eu quero que todos vocês tenham os mesmos direitos que nós brasileiros temos. Eu quero que vocês, de fato, tenham direito ao uso da terra de vocês, explorando a sua biodiversidade e suas riquezas minerais."

O que Bolsonaro escondia em seu discurso sobre "direitos dos povos indígenas" escondia e que está sendo revelado agora? A destruição, o fim e a extinção dos povos Originários do Brasil. Não era pra preservar, mas para destruir, porque ele sabe e seus apoiadores também sabem que, destruindo esses povos o caminho para exploração predatória dos biomas mais importantes do Brasil estaria com a porteira aberta para GARIMPEIROS, pecuaristas e o grande e poderoso agronegócio. Derrubar as florestas, transformá-las em pastos, campos se cultivo de soja e extração de metais preciosos, essa gananciosa sede de riquezas alimentou a usura dos Financiadores de campanha e apoiadores de um pensamento perverso bolsonarista, essa turma acredita na teoria da "Terra Plana" e num desenvolvimentos no insustentável. A palavra desenvolvimento sustentável passou a ser visto quase como um discurso "comunista", tudo para os seguidores do Bolsonarismo passou a ser visto como "perigo do comunismo", qualquer defesa que se faça no sentido de proteger florestas, investir em educação, enfim, qualquer discurso contrário ao que pensa Bolsonaro e os bolsonaristas soará como algo a ser combatido, porque é coisa de esquerdistas e comunistas. Então, proteger os biomas e os povos Originários também entra nesse anti discurso retrógrado, contrarrevolucionario, como gostam de chamar, "conservador" e de "direita". Na verdade é ultra conservador, ultra direitista e extremamente nazista o pensamento desse pessoal que se enrola na bandeira e se ajoelha para orar sobre o manto verde e amarelo, evocando o espírito nacionalista e invocando os espíritos dos promotores do holocausto, só que dizem que estão invocando e pedindo a Deus pelo Brasil. O deus deles deve ser Hitler e o carrasco Josef Mengueli. Só pode! Porque o Deus da Graça manifestada em Cristo é traduzido para nós em uma das cartas Paulinas como Amor. "Deus é amor", porém, Bolsonaro representa uma política e uma ideologia de ódio!

A ideia de "socializar os povos índigenas" e o discurso nazista se que somo uma única nação, na verdade visava destruir mesmo os povos nativos do nosso país, destruir. O ex-presidente e sua equipe de governo ignorou os dados e alertas emitidos pelo IMPE, e tentou muitas vezes contra argumentar negativamente alegando que esses dados não eram reais, porém, a realidade mostravam que sim, algo grave acontecia, e com aval do governo. Veja " de acordo com o Blog Proteja a Natureza o

Desmatamento em terras indígenas aumentou 64% nos primeiros meses de 2020. Diz a matéria: "O desmatamento e a Covid-19 avançam sobre a floresta e os povos que vivem nela e dela com velocidade avassaladora e previsões catastróficas. Uma análise dos dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que nos quatro primeiros meses de 2020, os alertas de desmatamento em terras indígenas da Amazônia brasileira aumentaram 64%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Este é o maior índice dos últimos quatro anos. Isso significa que 1.360 hectares de floresta – o que equivale a 1.865 campos de futebol – foram desmatados dentro de territórios indígenas de janeiro a abril de 2020. No mesmo período do ano passado este número foi de 827 hectares."

Não tem justificativa, sem defesa e nem perdão que possa anistiar os autores ou o principal autor do massacre dos yanomamis. Um crime de genocídio e Bolsonaro precisa ser responsabilizado e pagar pelo envenenamento desses povos. As crianças que morreram, 570, e as que estão com a saúde física e mental comprometidas, porque o mercúrio que foi ingerido com a água contaminada pelo garimpo trará consequências pra vida toda daqueles que sobreviverem a contaminação, se sobreviverem, né? Tem mais essa. Porque as imagens de yanomamis em pele e osso semelhantes as vítimas dos campos se concentrações nazistas tem sido exibidas por jornais e na televisão, o que mostra o descaso de um governo que abandonou esses povos por quatro anos com sua política de desmandos e desmontes de ministérios importantes, e que desde o início fez questão de coçar no Ministério do Meio Ambiente um ministro ligado ao Agronegócio favorável e conivente com tudo que estava já sendo denunciado. O ministro Ricardo Sales desde o dia 22 de abril já considerava uma oportunidade o surto de Covid-19 para que o governo mudasse as regras da política do meio ambiente, e quando ele disse que era a hora de o governo "tomar uma baciada de regras" relacionadas a proteção do meio ambiente, na verdade era pra facilitar a destruição e o desmatamento, e quando ele fala em "desburocratizar" com a desculpa de gerar mais empregos, nada mais era que isso, que agora estamos assistindo, estarrecidos, nas reportagens dos povos yanomamis sendo massacrados e envenenados. O garimpo mata a terra pela raiz, mata a nossa cultura pela raiz. É isso que significa o lema da nossa bandeira "Ordem e Progresso"?

Fontes

https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/01/24/cada-vez-mais-o-indio-e-um-ser-humano-igual-a-nos-diz-bolsonaro-em-transmissao-nas-redes-sociais.ghtml.

https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2022/03/16/o-que-frases-e-medidas-de-bolsonaro-mostram-sobre-visao-dos-indigenas-especialistas-explicam-em-3-pontos.ghtml

https://www.greenpeace.org/brasil/blog/desmatamento-em-terras-indigenas-aumenta-64-nos-primeiros-meses-de-2020/

ONILUAP ONABRA
Enviado por ONILUAP ONABRA em 01/02/2023
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