As diversas doutrinas sobre a existência ou não de Deus

a) Etimologicamente falando, o termo panteísmo deriva das palavras gregas pan ("tudo") e teísmo ("crença em deus"), sustentando a idéia da crença em um Deus que está em tudo, ou a de muitos deuses representados pelos múltiplos elementos divinizados da natureza e do universo. A principal convicção é que Deus, ou força divina, está presente no mundo e permeia tudo o que nele existe.

b) Materialismo é o tipo de filosofia que sustenta que a única coisa da qual se pode afirmar a existência é a matéria; que, fundamentalmente, todas as coisas são compostas de matéria e todos os fenômenos são o resultado de interações materiais; que a matéria é a única substância.

c) O deísmo é uma postura religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas questiona a idéia de revelação divina. É uma doutrina que considera a razão como uma via capaz de nos assegurar da existência de Deus, desconsiderando, para tal fim, a prática de alguma religião denominacional, argumentando que Deus é o criador do mundo, mas que não intervém, diretamente, nos afazeres do mesmo.

d) O agnóstico opõe-se à possibilidade de a razão humana conhecer Deus e fenômenos sobrenaturais (gnose tem a sua origem etimológica na palavra grega que significa “conhecimento”). Para os agnósticos, assim como não é possível provar racionalmente a existência de deuses e do sobrenatural, é igualmente impossível provar a sua inexistência. O agnosticismo separa aqueles que acreditam que a razão não pode penetrar o reino do sobrenatural daqueles que defendem a capacidade da razão de afirmar ou negar a veracidade da crença teística.

e) Ateísmo é a posição filosófica de que Deus não existe, ou que rejeita o conceito do teísmo. Em sentido lato, é a ausência de crença na existência do mundo espiritual.

f) O racionalismo é a corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. Este usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. Os fins a serem alcançados são postulados em nome do interesse coletivo, base do próprio liberalismo e que se torna assim, a base também do racionalismo. Os filósofos racionalistas utilizaram a matemática como instrumento da razão para explicar a realidade.

g) Por fim, temos o teísmo, que consiste na crença na existência de um ou mais deuses, seres superiores, que criaram, regem e ordenam o mundo em que vivemos.

Nós, os cristãos, somos, por definição, teísta que creem em um único Deus que, segundo Langston, “... é Espírito Pessoal, perfeitamente bom, que, em santo amor, cria, sustenta e dirige tudo”.

Nossa crença, como cristãos, pode ser corroborada por alguns fatores, a saber:

- O universo, onde a matéria não é causa primária, mas conseqüência, sendo evidente uma gerência inteligente na criação, devido a ordenação e harmonia do cosmos;

- A história universal, visto que a crença na existência de um ser superior, responsável pela origem da criação é comum a todos os povos da Terra, ao longo de toda a história;

- As percepções humanas, uma vez que a percepção espiritual, que nos permite perceber Deus, está em pé de igualdade com as percepções objetiva e subjetiva, que nos ligam com o mundo e nos dão noção de indivíduo;

- A fé, que alicerça a motivação do homem nos mais variados campos de existência, tais como a busca pela verdade, a obtenção de sustento e ou os avanços científicos, e sustenta também a crença no Deus criador; e

- A experiência cristã, que através da história tem explanado um relacionamento pleno de satisfação por parte daqueles que o experimentaram.

ICCV
Enviado por ICCV em 10/09/2011
Reeditado em 10/09/2011
Código do texto: T3211081
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