A Mulher com Fluxo de Sangue

Na vida tomamos muitas decisões, sejam elas de pequeno ou de grande impacto. Como, por exemplo, qual perfume usar, qual roupa vestir; a escolha do esposo, da esposa, inclusive a decisão de está aqui, nesse momento... E assim como nós, aquela mulher tomou uma decisão: encontrar-se com Jesus, tocar no Mestre. Decisão difícil, mesmo com seus 12 anos de sofrimento, desenganada pelos médicos, sendo excluída da sociedade, sendo considerada impura, profana; repelida pelas pessoas. Mas ela estava decidida: tocaria, pelo menos, na orla de Cristo!

Acredito que se aproximar de Jesus naquela época era algo muito difícil, era praticamente uma labuta, talvez quase impossível. Mas o que a movia era a sua confiança, a fé de quem queria ser curada, libertada do mal que sofria. A Bíblia relata que uma multidão seguia Jesus, um amontoado de pessoas à sua volta, por todos os lados. Creio também que não era algo muito organizado, era uma multidão que se atropelava, desorganizada, difícil até mesmo para quem era saudável. Ora, não é para menos, tratava-se do nosso Salvador, aquele que curava, libertava, salvava! O Homem que realizava maravilhas e milagres por onde passava. E enfrentar aquela multidão não seria tão fácil assim, ainda mais para quem estava enferma e, não devemos esquecer, tendo que esconder a própria doença, pois ninguém ali poderia desconfiar ou até mesmo suspeitar da sua condição.

Mas ela foi persistente. Encarou as barreiras. Foi até Jesus. Porém, antes daquele toque, daquele gesto de fé, - do momento em que ela ouviu falar pela primeira vez a respeito de Jesus até o momento em que tocou em sua orla - com certeza ela presenciou as maravilhas que Jesus faz, aprendeu seus ensinamentos, contemplou seus milagres... E isso a fez criar ainda mais coragem!

E quando foi tocado, Jesus perguntou: “Quem é que me tocou?” Pedro, que estava ali, retrucou: “A multidão te aperta e te oprime e dizes: Quem é que me tocou?”. Essa é a prova que as pessoas sobrecarregavam Jesus, forçavam vê-lo, tocá-lo, pressionavam, apertavam, atropelavam! Porém, aquela mulher não somente “tocou” em Jesus fisicamente, ela fez muito mais, ela simplesmente tocou o coração de Cristo. Como o próprio Jesus falou, nela havia virtude, ou seja, havia fé, aquela foi uma ação virtuosa.

Assim, da mesma forma que aquela mulher foi curada de uma grave enfermidade, nós também podemos e devemos buscar a Jesus, percorrer um caminho até Ele, para sermos sarados, sanados, libertos das nossas iniqüidades, dos nossos problemas, das nossas enfermidades da carne e da alma. Ás vezes não é fácil, assim como não foi fácil para aquela mulher, tendo que encarar uma grande multidão, uma doença que a tornava impura, igualmente muitas barreiras nos impedem de chegar até o Mestre, porém não podemos desistir, pois se Cristo foi a solução dos problemas daquela mulher, hoje Ele é a solução para os nossos problemas! Através da nossa fé, por meio das nossas orações, do nosso testemunho, da nossa perseverança!

Assim, ela nos ensinou que para colocarmos em prática a nossa fé precisamos realizar uma ação, percorrer um caminho, enfrentar barreiras, lidar com nossos problemas e ter, principalmente, bom ânimo. Porque sem fé é impossível agradar a Deus.