O LAVRADOR E A VIDEIRA

O lavrador é o que cuida, aduba, poda, protege a planta, reconhece suas necessidades básicas e mantém a árvore viçosa para que dê excelentes frutos. Um lavrador cuidadoso é sinal de uma colheita farta, pois o resultado é a própria produção. Para nós, a videira é Jesus; o lavrador, Deus, o perfeito cuidador, desde a preparação da terra, finalizando com a perfeita colheita. Nós somos os ramos, que não podem ser desligados da árvore.

Por vezes, nos perguntamos o porquê das experiências amargas pelas quais passamos, mesmo buscando a Deus, à Sua Sagrada Palavra, procurando transgredir o menos possível, emendar dos erros passados e não mais pecar daquela maneira. Ainda assim, sabemos que, realmente, no mundo teremos atribulações, devendo, por isso, confiar e nos apoiar naquEle que venceu o mundo.

Deus não se alegra com o sofrimento, mas, muitas vezes, o permite para que, através dele, possamos crescer como pessoa, ver a vida por um ângulo mais humano, mais verdadeiro e tenhamos tolerância uns para com os outros já que, só os humanos erram Deus, nunca!

É essa a limpeza que o Pai realiza em nosso ser, para que, limpa, a árvore possa produzir mais e mais e ser bênção a colheita espiritual, traduzida em bons exemplos e em boas obras. Um espinheiro nunca é podado, mas extirpado pela raiz, pois jamais produzirá bons frutos.

Embora soframos, ao invés de olharmos para dentro, ver o que precisa ser melhorado, nos preocupamos com a maneira de certas pessoas viverem e cobramos de Deus uma atitude cruel para com elas, esquecendo que o Pai celestial não nos constituiu juiz de ninguém. É o lavrador que sabe a forma, como e quando tomar certas atitudes e por que. Os discípulos de Jesus, João e Tiago, vendo que os samaritanos não os queriam receber em sua aldeia, por serem judeus, perguntaram ao Mestre, se queria que mandassem descer fogo do céu para consumi-los, ao que Cristo respondeu: “vós não sabeis de que espíritos sois. O Filho do homem não veio para perder as vidas dos homens, mas para salvá-las (Lc. 9,51-56. Deus não se vinga, é puro amor.

Se estivermos em Cristo, somos novas criaturas, os nossos antigos erros e hábitos corrompidos foram abandonados e estamos vivendo em novidade de vida. Isso é o que acontece com quem se converte. Temos de continuar diariamente ligados a Cristo, através de uma santa intimidade, e Ele não mais nos chamará “servos”, mas, “amigos”. Essa é a maior honraria que o Senhor Deus nos concede, ser considerados amigos de Jesus. Pela Palavra, se estamos em Cristo, Ele também está em nós, conduzindo o nosso viver, nos iluminando através de Seu Santo Espírito, nos livrando dos perigos e da ira vindoura do Pai, sendo o nosso suficiente e único advogado que, realmente, intercede por nós junto a Deus.