OS BENS DA TERRA E A VERDADEIRA RIQUEZA

OS BENS DA TERRA E A VERDADEIRA RIQUEZA

(COMUNHÃO ESPÍRITA CEARENSE – CICLO DE ESTUDOS ESPÍRITAS - EVANGELHO – 5)

01. Que ensinou Jesus Cristo sobre a verdadeira riqueza?

“Não queirais acumular tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças os destroem, onde os ladrões os desenterram e roubam. Preparai-vos tesouros no céu, onde não há ferrugem nem traças que os possam destruir, onde não há ladrões que os desenterrem e roubam. Por quanto, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. (Mateus, 6:19 a 21) (A)

02. Com essas palavras Jesus condena a riqueza terrena?

Recomendando-nos que não ajuntemos tesouros na terra, Jesus não condena as riquezas. Ele sabia que as riquezas são necessárias para o progresso do mundo e concorrem para o adiantamento dos povos. O que Jesus nos quer dizer é que não devemos dar excessiva importância as riquezas terrenas; elas são apenas instrumentos de trabalho. (B)

03. Por que nos recomenda Jesus que ajuntemos tesouros no céu?

As riquezas materiais são transitórias; nós as possuímos a títulos de empréstimo; quando partimos para o mundo espiritual nós a deixamos aqui e muitas vezes as perdemos antes mesmo de desencarnar. (B)

O tesouro no céu que Jesus nos aconselha juntar são as boas ações, a inteligência, os conhecimentos e as qualidades morais; porque estas coisas pertencem ao espírito e o acompanham ao mundo espiritual. (B)

A palavra do Cristo é clara e insofismável. – “Amontoa tesouros no Céu” – BEZERRA DE MENEZES disse-nos o Senhor.

Isso quer dizer “acumulemos valores íntimos para comungar a glória eterna”: (C)

O nosso tesouro se encontra junto de Deus. Disso jamais deveríamos nos esquecer e, se nos identificarmos com esta ideia todos os nossos sentimentos e ações irão ter a seus pés e todos os nossos pensamentos se elevarão para ele e o nosso coração estará perto do nosso tesouro, estando perto de Deus, fonte de todos os bens. (D)

04. é censurável o desejo que o homem tem de conseguir o seu bem-estar?

Não, pois é um desejo natural; o abuso é que constitui o mal. (E)

O uso dos bens terrenos jamais foi condenado por Jesus, mas sim o abuso, ou o mau uso, pelas tristes consequências que acarreta, fascinando-nos ou escravizando-nos. Os bens e as riquezas mundanas são transitórias, não nos pertencem definitivamente; somos somente seus usufrutuários na Terra e, da maneira como os administramos daremos contas completas ao sermos constrangidos a deixa-los na nossa volta para a pátria espiritual. Não nos deixemos pois, deslumbrar por esses bens perecíveis e utilizemo-los o mais que pudermos para beneficiar o nosso próximo, socorrendo e aliviando os necessitados. (D)

05. Que narrou Jesus na Parábola dos Talentos?

“- Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens: - E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. – E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos. – Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois; - Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. – E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles. Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo senhor, entregaste-me cinco talentos, eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles. – E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. – E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos. – Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. – Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste. – E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. – Respondendo, porém o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei. – Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o mau com os juros. – Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundancia; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado. – Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger dentes”. (Mateus, 25:14 a 30) (A)

Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos.

06. Qual o papel do servo negligente na parábola dos talentos?

Na parábola dos talentos o servo negligente atribui ao medo à causa do insucesso em que se infelicita.

Recebera mais reduzidas possibilidades de ganho.

Contara apenas com um talento e temera lutar para valorizá-lo.

Quanto aconteceu ao servidor invigilante da narrativa evangélica, há muitas pessoas que se acusam pobres de recursos para transitar no mundo como desejariam. E recolhem-se à ociosidade, alegando o medo de ação...... E, a pretexto de serem menos favorecidos pelo destino, transformam-se, gradativamente, em campões da inutilidade e da preguiça. (c)

07. Que advertência final fez Jesus na parábola dos talentos?

Finaliza Jesus a parábola pondo nos lábios do senhor daqueles servos estas palavras: “Tirai-lhe, pois o talento e dai-o ao que tem dez talentos, porque a todo o que já tem, dar-se-lhe-á e terá em abundancia, e ao que não tem, tirar-se-lhe-á até o que parece que tem. E ao servo inútil lançai-o nas trevas exteriores, onde haverá choros e ranger de dentes”.

Parece claro pelo texto da parábola, que recebemos os bens materiais para fazer bom uso deles e não para desperdiça-los, ou então enterrá-los em cofres, sem nenhuma utilidade para ninguém também não há dúvida de que não somos os seus possuidores definitivos, mas tão só seus usufrutuários, como administradores temporários, responsáveis pela sua posse precária, de qual teremos de dar contas oportunamente. Depende da maneira como desempenharmos o nosso papel de intermediários da riqueza que nos foi conferida provisoriamente, a nossa confirmação no cargo, com o acréscimo de novas atribuições, e a recompensa a que fizermos jus virá pelo mérito das nossas obras, já na vida presente por esse acréscimo de bens materiais e de responsabilidades, e na vida futura pela sua transubstanciação em bens do espírito, definitivos e eternos. (D)

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FONTES DE ESTUDO

(A)NOVO TESTAMENTO

(B)Eliseu Pigonatti – 52 LIÇÕES DE CATECISMO ESPÍRITA

(C)Emmanuel – FONTE VIVA

(D)F.E.E.S.P. – PONTOS DA ESCOLA DE MÉDIUNS (VOL. 1)

(E)Léon Denis – CATECISMO ESPÍRITA

(F)Allan Kardec – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

(G)Martins Peralva – ESTUDANDO O EVANGELHO

(H)Emmanuel – CAMINHO, VERDADE E VIDA

(I)Emmanuel VINHA DE LUZ

Pedro Prudêncio de Morais
Enviado por Pedro Prudêncio de Morais em 04/01/2012
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