INQUIETAÇÃO V

INQUIETAÇÃO V

Moisés, santo ou mago machista? Não podemos afirmar, por experiência de vivências, lógico, mas ao lermos ou, melhor, analisando os cinco livros por ele narrados, deixa-nos dúvidas, segundo o nosso entendimento.

Seria o “Livro das Leis”, leis essas, segundo o Moisés, que foram dadas por “Deus” e executada por ele, Moisés.

No Gênesis vamos nos defrontar com a narrativa da formação do nosso planeta terra, e percebemos que a terra era sem forma mas o espírito de Deus pairava sobre ela, tudo foi tomando suas formas pela simples expressão do seu verbo amor, quando dizia faça-se tal... O que nos chama a atenção, para a nossa inquietação é quando da criação do homem, “ele”, Deus, se apresenta como artesão agachado, amassando o barro para moldar na forma humana e soprá-lo, dando-lhe vida... seria isto possível dessa forma? A ciência nos prova o contrário. Vemos, mais adiante, ele pensativo, achando que o Édem criado por ele não estava completo, pois todos os outros seres vivos tinham seu par feminino e masculino para dar continuidade à sua obra, o Adão estava só. Então Deus resolve adormecê-lo e dele é arrancada uma costela e criou-se a parte feminina (Eva) pela qual veio o pecado... que pecado? Experiência, equívoco, desobediência? Eles foram criados sem conhecimento dessas experiências..., vamos ver o Deus que Moisés apregoa arrependido, arrependido?? E sua onisciência, onde foi parar? – Passam-se os anos e do pecado nasce: Caim e Abel, Caim cheio de arrogância e inveja instalada nele, mata o seu irmão, “Deus então o põe fora do Edem. Carregando uma praga desse Deus, ele sai errante e habita na terra de node, ao oriente do Edem, e casa-se lá...?? me diz o Edem tinha por habitação outros seres?? No jardim do Edem não só existia a família Adão? Pois Abel jazia morto, vamos confrontar com a maldição lançada ao Caim, por Deus?

Seguimos adiante, deixando Moisés com suas narrativas mirabolantes do gênesis e, adentremos no livro Êxodo. Nasce Moisés, cresceu no meio dos Faraós.

Já adulto comete homicídio e foge... e casou-se, daí em diante, Deus dirigindo Moisés, aparecendo em uma sarça ardente? Dizendo-lhe que ele fosse libertar o povo hebreu do domínio dos Faraós, através de suas magias ditadas por “Deus”?

No livro Número vamos arrepiar com as crueldades, lutas, guerras e destruição pela força do poder em roubar-lhes os bens dos derrotados, tudo isso diz Moisés, a pedido de “Deus”? em Número, cap. 5, vejamos o preconceito, já no cap. 22 a 22 Deus irado? No mesmo livro, no cap. 25 –a4, será que esse Deus que Moisés tanto se refere era louco? No cap. 31 do mesmo livro Deus pedindo a Moisés para vingar seus filhos aos povos Medianitas, que barbaridade pagã era esse Deus? Vejamos o instinto de perversidade... Ainda dos bens arrecadados tinham que tirar o tributo à Deus. Misericórdia!!!...

Ai, estou sem fôlego ao ver essas narrativas e, para completar o nosso raciocínio, ao afirmar que Moisés era verdadeiramente machista, ao se referir às mulheres quando davam a luz ao varão era louvado, sendo levado ao templo para a consagração, a circuncisão do prepúcio e a mulher era considerada imunda somente sete dias, quando nascia uma varoa era imunda duas semanas, passando esse período era necessário que a mulher se purificasse, imolando um cordeiro no caso se o filho fosse homem, duas pombas no caso menina, para o holocausto, em oferta pelo pecado....mas que pecado? O que vemos, se for considerar pecado seria a morte dos pequenos irmãos nossos.

Ainda hoje, quantos Moisés existem por aí, com diferença da metodologia. São aqueles apologistas que vivem do dízimo e enganando os fiéis, verdadeira lavagem cerebral, impondo medo e não permitindo que os seus seguidores acompanhem a evolução, até certo ponto desacreditando da ciência que tem trabalhado incansavelmente, desmistificando velhos tabus e, até se isolando do mundo, interiorizando que tudo é pecado.

Outro susto maior era e é o preconceito que ainda em determinado país o fazem nos dias de hoje, era apedrejar até à morte a mulher que cometesse adultério, como se o homem com quem ela ficava não cometesse o mesmo erro, mas era homem, não é?

Estamos cansados de ver tantos desencontros, tantos preconceitos pregados por esse “Deus” de Moisés. E vamos deixando aqui nossas inquietações, antes de tudo, queremos registrar o preconceito, a desordem daqueles que dizem serem os escolhidos por Deus de Moisés e ao Jesus, não Jesus amor... como esses desordeiros, no Rio de Janeiro destruíram com vandalismo os centros umbandistas, desrespeitando ao direito de credo e, o mais agravante é em que esses desordeiros dizem ser chamados filhos de Deus, e aos demais de demo?

Para finalizar nossa inquietação queremos frisar que não somos uma religiosa desta ou daquela religião, primamos, sim, pelo universalismo e fidelidade a Jesus no amor: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”...

Paello
Enviado por Paello em 12/04/2012
Código do texto: T3608006