Siladas Malafalha: bíblia, história, cultura e interpretação-2

Siladas Malafalha: preconceito, desinformação e interpretação bíblica

A história bíblica começa por volta de uns 4.000 anos antes de Cristo e vai até, quase o ano 100 depois. A Bíblia não contém toda a história mundial. Ela retrata apenas os povos do Oriente Médio, semitas ou associados aos israelitas. Na Bíblia não está a história milenar dos orientais nem dos europeus. O relato contado nas Escrituras é a história sob o ponto de vista dos judeus e no Novo Testamento, com exceção do apóstolo Paulo, todos os autores seguem esse mesmo ponto de vista. Naqueles tempos a maioria dos costumes eram, totalmente, diferentes do que vivemos, praticamos, pensamos e conhecemos nos dias de hoje. Os exemplos são inúmeros e podem ser consultados estudos na internet e nos livros, preferencialmente. Aqui apenas poucos apontamentos para ilustrar e chamar a curiosidade dos estudiosos e contribuir para alertá-los das interpretações improcedentes e preconceituosas.

Família

Na cultura ocidental, família é constituída por um casa, homem e mulher e filhos, constituidos por casamento civil ou relacionamento duradouro reconhecido. Mesmo assim, família é um conceito sociológico, isto é, depende do tipo de sociedade. Entre os índios, por exempo, esse padrão de família não é assim. A poligamia continua aceita entre os naturais.

Nos dias da Bíblia era diferente. Família era constituida por um homem que podia se casar com várias mulheres, quantas quisesse. Além das diversas esposas, ele poderia manter concumbinas, quantas quisesse. A quantidade de mulheres era considerada, pelos escritores bíblicos como uma bênção de Deus. 2 Samuel 12:8. Os pastores modernos disfarçam isto. Eles evitam falar sobre este assunto. Querem nos fazer crer que nos tempos do Novo Testamento as coisas eram diferente. Não eram. Também quando a esposa era estéril, o homem podia se relacionar, sexualmente, com suas escravas ou concumbinas (Gênesis 16:1-5). Não havia casamento no civil, porque o poder secular não existia. As sociedades eram teocráticas, isto é, religião e governo funcionavam numa coisa só. As sociedades árabes e muçulmanas são exemplo disso, o Irã, por exemplo. Nem o casamento religioso existia nos moldes que realizam nossas igrejas. O casamento religioso conforme realizamos é uma prática que os protestantes herdaram do catolicismo, que considera, o casamento no religioso a única forma válida de casamento.

Sexo nos tempos bíblicos

O sexo nos tempos bíblicos era, exclusivamente, para procriação. Os primeiros habitantes, das sociedades antigas, não conheciam o sexo como forma de prazer e realização emocional de um casal. Tanto que um casal que não tivesse filhos, a mulher poderia ser deixada e o homem arrumava outra esposa que lhe desse herança familiar. Gên. 38:8-10; 1 Samuel 1:1-8; A ordem do Gênesis era “crescei e multiplicai-vos”. Se o sexo era apenas para a reprodução, qualquer forma de sexo que não procriasse era PECADO, como era pecado cortar cabelo em forma arredondado, transar na fase da menstruação, comer carne de porco, comer sangue, praticar adivinhação. Relações homossexuais não procriam.

Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Russell Norman Champlin. Editora Hagnos;

Como estudar a sua Bíblia. M. R. De Haan. Imprensa Batista Regular;

Introdução Bíblica. J. Cabral – (Eu tenho a edição antiga, pela Universal Produções, mas o livro foi reeditado);

Hermenêutica: regras de interpretação das Sagradas Escrituras. E. Lund e P. C. Nelson. Editora Vida;

Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Russell Norman Champlin. Editora Hagnos;