Homilia Pe. Ângelo Busnardo- IV Dom. do Advento (O Messias)

IV DOMINGO DO ADVENTO

23 /12 / 2012

Mq.5,1-4ª / Hb.10.5-10 / Lc.1,39-45

Deus sabia que a figura do Messias seria usada por homens desonestos que se apresentariam como sendo o enviados por Deus e poderiam enganar muitas pessoas. Indicando antecipadamente a pequena Belém como cidade natal do Messias deu uma pista segura para excluir todos os falsos messias que não fossem originários de Belém: 1 Mas tu, Belém de Éfrata, embora pequena entre os clãs de Judá, de ti sairá para mim aquele que deve governar Israel. Suas origens vêm de tempos antigos, de dias imemoráveis (Mq.5,1). Houve muitos falsos messias. Dois falsos Messias foram contemporâneos de Jesus: 36 Há algum tempo apareceu um certo Teudas, que se considerava grande homem. A ele se associaram cerca de quatrocentos homens. Ele foi morto, e todos os que o seguiam foram dispersos e reduzidos a nada. 37 Depois dele levantou-se Judas, o Galileu, nos dias do recenseamento, e arrastou o povo consigo. Mas também ele morreu, e todos os que o seguiram se dispersaram (At.5,36-37). Jesus nasceu em Belém. Mas para fugir da perseguição de Herodes, José e Maria precisaram fugir para o Egito. Com a morte de Herodes voltaram para Israel e foram morar em Nazaré. Como os sacerdotes não sabiam que Jesus tinha efetivamente nascido em Belém, usaram a profecia de Miquéias para afirmar que Jesus não era o verdadeiro Messias: 41 Outros diziam: “Ele é o Cristo”. Mas outros protestavam: “Por acaso o Cristo virá da Galiléia? 42 Não diz a Escritura que o Cristo será da família de Davi e virá de Belém , povoado de onde era Davi?” (Jo.7,41-42).

Nascendo em Belém, Jesus cumpriu a primeira parte da profecia. Mas a parte mais importante desta profecia será cumprida futuramente, porque, em sua primeira vinda, Jesus não unificou todos os povos da terra em torno de si num único povo de Deus: 3De pé ele apascentará pela força do Senhor, pela glória do nome do Senhor seu Deus. Eles se estabelecerão, porque então ele será grande até os confins da terra. 4E ele será a paz! (Mq.5,3-4ª). A parte mais importante da profecia de Miquéias se cumprirá somente quando Deus estabelecer neste planeta os “novos céus e a nova terra”.

No Antigo Testamento os sacerdotes ofereciam sacrifícios de animais que não tinham poder para perdoar os pecados: 8 Tendo dito acima: Os sacrifícios, as oblações e os holocaustos pelo pecado, não os queres, não os aceitas, sendo todos oferecidos segundo a Lei (Hb.10,8). O pecado ofende a Deus. A gravidade da ofensa é calculada pelo lado do ofendido. Deus é infinito. A ofensa contra Deus assume gravidade infinita. O sacrifício de animais não produz méritos infinitos. Jesus é Deus. Assumindo a natureza humana, tornou-se Deus e homem. Como Deus pôde produzir méritos de valor infinito e como homem pôde sofrer. Submetendo-se à vontade de Deus através da encarnação, morte na cruz e ressurreição, Jesus produziu os méritos infinitos necessários para aplacar a majestade de Deus ofendida pelos pecados cometidos pela humanidade: 9 ele disse então: Eis-me aqui, venho para fazer a tua vontade. Ab-roga o primeiro regime, para estabelecer o segundo. 10 Em virtude dessa vontade somos santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, uma vez para sempre (Hb.10,9-10).

Jesus se encarnou para salvar e começou a exercer a sua missão salvadora antes de nascer. João Batista precisava ser santificado ainda no ventre materno: 13 Mas o anjo lhe disse: “Não tenhas medo, Zacarias, porque foi ouvida tua oração. Isabel, tua mulher, vai te dar um filho a quem darás o nome de João. 14 Ficarás alegre e muito feliz, e muitos se alegrarão com seu nascimento. 15 Ele será grande diante do Senhor. Não beberá vinho nem licor e desde o ventre de sua mãe estará cheio do Espírito Santo (Lc.1,13-15). Através do anjo, Deus enviou Maria a Jerusalém para santificar João Batista: 41 Aconteceu que, mal Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança saltou em seu ventre; e Isabel, cheia do Espírito Santo, 42 exclamou em voz alta: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! (Lc.1,41-42). João Batista foi santificado no início do sexto mês da gravidez de Isabel, portanto, Maria podia voltar imediatamente para Nazaré onde estava José que ainda não sabia que ela estava grávida. Mas ela ficou em Jerusalém durante três meses, durante os quais deve ter conversado com todos os sacerdotes que exerciam o ministério no templo, pedindo-lhe que preparassem o povo para receber o Messias que já estava no ventre dela: 56 Maria ficou com Isabel uns três meses e voltou para casa (Lc.1,56).

Os sacerdotes não acreditaram e nada fizeram para preparar o povo. João Batista cresceu e foi pregar no deserto. Provavelmente, antes de ir para o deserto, como ele era filho do sacerdote Zacarias, João Batista tentou anunciar aos sacerdotes e aos habitantes de Jerusalém que o Messias já tinha nascido, mas foi ridicularizado ou perseguido e retirou-se para o deserto, onde encontrou mais acolhida para a mensagem dele. Provavelmente quando Deus estabelecer na terra os novos céus e a nova terra, os líderes eclesiásticos, papa, cardeais, bispos e párocos, serão apanhados de surpresa, porque, em vez analisar as profecias e ficar atentos aos sinais, preferem usar o tempo para distribuir sacramentos sacrílegos. Por isto, é prudente prestar a atenção ao que diz o papa, os cardeais, os bispos e os párocos, mas também investigar o que dizem as profecias bíblicas que ainda não se cumpriram, porque toda a verdade já foi revelada.

Código : domin820

Ângelo José Busnardo

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Pe. Ângelo Busnardo.
Enviado por Joanne em 19/12/2012
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