Homilia Pe. Ângelo Busnardo- II DOMINGO DA PÁSCOA.

II DOMINGO DA PÁSCOA

07 / 04 / 2013

At.5,12-16 / Ap.1,9-11ª.12-13.17-19 / Jo.20,19-31

Jesus anunciou a sua morte na cruz e a sua própria ressurreição no terceiro dia após a morte: 22 Quando eles estavam reunidos na Galiléia, Jesus disse-lhes: “O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, 23 e eles o matarão, mas ao terceiro dia ressuscitará”. E eles ficaram muito tristes (Mt.17,22-23). Os seguidores de Jesus não acreditaram nele. Como foi feito um embalsamamento sumario antes do sepultamento, passado o sábado, algumas mulheres foram até o túmulo para completar o embalsamamento: Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus. 2 De manhã cedo, no primeiro dia depois do sábado, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo (Mc.16,1-2). Ao encontrar o túmulo vazio e ver um anjo que lhes anunciou a ressurreição de Jesus ficaram surpresas: 5 Entrando no túmulo, viram um jovem sentado à direita, vestido de branco, e se assustaram. 6 Ele lhes falou: “Não vos assusteis! Estais procurando Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou; não está aqui. Vede o lugar em que o puseram (Mc.16,5-6). Os discípulos, ao ouvirem que Jesus tinha ressuscitado também ficaram surpresos e dois deles partiram para Emaús sem mesmo se dar o incômodo de verificar a informação que ouviram das mulheres.

Jesus afirmou também que virão novos céus e nova terra: 13 Nós, porém, de acordo com a sua promessa (promessa de Jesus) esperamos novos céus e nova terra em que mora a justiça (2Pr.3,13). Além de anunciar a vinda de novos céus e nova terra, Jesus também mandou pedir ao Pai que envie os novos céus e a nova terra: 10 venha o teu Reino, seja feita a tua vontade assim na terra, como no céu (Mt.6,10). Ao anunciar os novos céus e a nova terra ou o reino no qual a vontade de Deus será feita na terra de forma tão perfeita como ela está sendo feita agora no céu, Jesus profetiza a volta do paraíso terrestre. Como uma boa parte dos católicos sabe de cor o Pai Nosso, a profecia é conhecida. Mas será que a maioria dos católicos que ainda sabe o Pai Nosso de cor acredita que a profecia nele contida se realizará e procurou verificar na Bíblia como o Pai fará para cumprir esta profecia? Por acaso algum líder eclesiástico procurou estudar esta profecia e verificar na Bíblia o procedimento que o Pai usará para re-estabelecer na terra o paraíso terrestre? Algum líder eclesiástico se preocupou em preparar o povo para o cumprimento desta maravilhosa profecia?

Quando Deus restaurar na terra o paraíso terrestre, se algum líder eclesiástico sobreviver será forçado a reconhecer a própria burrice e declarar, como Pedro e João, que tinha ignorado a profecia: 6 Depois chegou Simão Pedro, entrou no sepulcro e viu as faixas de linho no seu lugar 7 e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus. O sudário não estava com as faixas de linho, mas enrolado num lugar à parte. 8 O outro discípulo que chegou primeiro entrou também, viu e creu. 9 De fato, eles ainda não se haviam dado conta da Escritura, segundo a qual era preciso que Jesus ressuscitasse dos mortos (Jo.20,6-9).

Para quem morreu ou morrerá em pecado mortal, a morte e a ressurreição de Jesus foram inúteis. Jesus morreu na cruz e ressuscitou para salvar almas. Ele veio ao mundo para libertar-nos dos pecados: 29 No dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se e disse: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo.1,29). Por isto, na primeira aparição aos apóstolos reunidos, Jesus lhes conferiu o poder de perdoar aos pecados: 22 Após essas palavras, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23 A quem perdoardes os pecados serão perdoados. A quem não perdoardes os pecados não serão perdoados” (Jo.20,22-23).

Quem perdoa os pecados é Deus. Mas Jesus condicionou o perdão dos pecados à absolvição conferida pelos apóstolos e seus sucessores. A afirmação de Jesus é categórica: se Jesus tivesse falado apenas “a quem perdoardes os pecados serão perdoados”, poderíamos deduzir que este um meio para se libertar dos pecados mas que pode haver outros meios; afirmando “a quem não os perdoardes os pecados não serão perdoados”, Jesus exclui que alguém possa obter o perdão dos pecados sem passar pela absolvição sacramental.

O pecado ofende diretamente a pessoa que peca ou ao próximo e indiretamente a Deus. O pior pecado que alguém pode cometer é o contrário do primeiro mandamento. Amar a Deus é primeiro mandamento e odiar a Deus é o pior pecado. Quem odiar a Deus ofende diretamente a si mesmo, porque a pessoa que odeia se autodestrói, por não conseguir digerir adequadamente os alimentos, não conseguir dormir e se concentrar adequadamente para estudar e trabalhar. Deus se ofende por constatar que a sua criatura está se autodestruindo. Se alguém ofende o filho, o pai e a mãe do mesmo também se ofendem. Se o ofensor procurar o pai e a mãe para se desculpar, eles lhe dirão “nós desculpamos, mas você precisa pedir perdão para o nosso filho, porque foi a ele que ofendeu”. Por isto, Deus quer que o perdão dos pecados seja obtido primeiro na terra para ser efetivado por Ele no céu.

Código : domin833

Ângelo José Busnardo

e-mail : ajbusnardo@gmail.com

Pe. Ângelo Busnardo.
Enviado por Joanne em 03/04/2013
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