Adoração no Antigo Testamento

• O reconhecimento do sagrado, da transcendência de Deus.

No Antigo Testamento há sempre uma distinção entre as coisas sagradas de Deus e as coisas profanas dos ser humano. Expressando a separação do sagrado como sua essência.

• A expectativa de ouvir a voz do Senhor: adoração como diálogo.

O Antigo Testamento promove a ideia de que Deus tem interesse pessoal para com o ser humano a quem criou levando o próprio Deus a dialogar com o homem mesmo com a interferência do pecado Deus sempre ouve a voz de arrependimento.

• Confissão como base de purificação, elemento essencial para a adoração.

Atrás do sistema de sacrifício que Deus estabeleceu para seu povo é a ideia básica de que o pecador precisa purificar-se para a mais perfeita comunhão com Deus.

• Culto como ato de sacrifício.

O sistema de sacrifico estabeleceu o simbolismo como meio válido da adoração a Deus.

• Adoração com celebração: adoração jubilosa.

O Antigo Testamento está recheado da manifestação de um adorador que adora a Deus com alegria e de exaltação por tudo que Deus fez ao seu povo. Deus se alegra com o adorador.

• Adoração por meio de ações de graças.

Ao adorador é necessário um coração cheio de gratidão para com Deus. No Antigo Testamento a gratidão está intimamente ligada a adoração.

• Adoração envolve a pessoa toda – mente voz, espírito, corpo...

No culto do Antigo Testamento conforme relatos bíblicos os instrumentos, os cânticos , a dança ...faziam parte da celebração a Deus.

Adoração no Novo Testamento

No Novo Testamento temos enfoques diferentes a partir da tradição judaica que aos poucos foram sendo moldados pelos os ensinos e exemplos de Jesus, pela presença do Espírito Santos e pelos primeiros lideres e participantes da igreja.

1. Jesus introduziu novos elementos:

a) Deus como “Abba” – papai

O termo predileto de Jeus para Deus, “Abba” revela uma nova dinâmica no relacionamento Deus e o homem produzindo um grande impacto no comportamento individual do crente e na igreja reunida para atos de adoração agora em uma verdadeira comunhão com Deus.

b) Criou novos símbolos.

Pelo seu exemplo ao ser batizado por João, Jesus deixou para igreja um ato simbólico que logo foi adotado pela igreja primitiva como rito principal para novos convertidos. Na ceia, estabelecida por Jesus a igreja ganha outro símbolo que lembra o preço que o Salvador pagou. Com esse símbolos a igreja cristã podia enriquecer o culto.

c) Libertou o culto do tempo e de um espaço físico

Em seu encontro com a mulher samaritana, Jesus demonstrou que Deus, sendo um ser espiritual, só seria adorado verdadeiramente em espírito. Deus está preso em um espaço-tempo sagrado. A igreja aprendeu que os crentes juntos podiam adorar em qualquer lugar.

2. A presença e ação do Espírito Santo transformou adoração da igreja

a) A presença de Deus em todo crente deu-lhe acesso direto a Deus.

O novo relacionamento com Deus através de Jesus Eliminou para o crente a necessidade de intermediário. A função de sacerdote no culto desapareceu.

b) A distribuição dos dons espirituais criou novos participantes e lideres da adoração.

A prática de culto da igreja cristã em Corinto revela uma participação baseada nos dons espirituais e a inspiração no crente. A dinâmica do culto é marcada pelos dons que devem se manifestar com ordem no culto.

c) O próprio Espírito de Deus inspirou e deu direção.

Independente do formato do culto a direção do culto é do Espírito Santos.

3. A própria igreja descobriu novas formas de adoração

a) Credos e confissões de fé.

A jovem a igreja sentiu a constante necessidade de manter diante de si as verdades básicas da sua fé. Através de credos e confissões de fé instruíram-se os novos convertidos e unificou-se a igreja inteira no seu propósito.

b) Novas formas musicais ( Salmos,hinos e cânticos espirituais)

A igreja Cristã continuou o que começou com os judeus, a de cantar louvores a Deus. Com o tempo foram agregado a adoração novas formas de louvor.

c) A voz profética entrou como ato normativo

A pregação da palavra de Deus é a voz profética que admoesta e encoraja. A pregação da palavra promove crescimento espiritual e renovação espiritual.

Adoração e louvor na Igreja evangélica de hoje

A Igreja Cristã hoje vive o desafio de se manter relevante diante das rápidas mudanças no mundo mas sem perder essência. Ela não precisa se preocupar com a relevância da sua mensagem e nem em contemporanizar Deus em si e por si são suficientes, mas, sim, dinamizar as formas de comunicação. A seguir analisaremos quatro tendências na Igreja Cristã de hoje e suas consequências para o culto.

1. O culto como algo a assistir.

O crescimento das igrejas, a influência da televisão e a profissionalização do ministério foram fatores inerentes a esse tipo de culto que por consequência forja adoradores espectadores. Objetivando combater esse tipo de culto os líderes precisam conscientizar seus membros da importância da preparação do indivíduo para o culto e sua participação nele.

2. A profissionalização do culto.

O objetivo é tornar o culto agradável para os adoradores espectadores com suas exigências. Marcas da profissionalização: 1) uso de playback, 2) aplausos para o solista, conjunto musical... 3) quando a questão do tempo começa a pesar mais que os próprios atos de adoração.

3. Padronização do culto

Ocorre quando a igreja adota um modelo de culto ou quando a denominação impõe um padrão de culto.

4. A ignorância da dinâmica didática

A igreja que não reconhecer o poder didático do culto perde a oportunidade de edificar o seu povo. Não só o sermão, mas tudo que expresso no culto gera aprendizagem daí a importância de se analisar literária e teologicamente as músicas cantadas no culto.