O MAIOR DOS SACRIFÍCIOS

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16.

Esse verso da Bíblia Sagrada é talvez o mais decorado e repetido pelas pessoas e sua importância é crucial para o cristianismo. Não fora Deus oferecer seu filho unigênito para que morresse para a salvação da humanidade, estaríamos até hoje naufragados no lamaçal do pecado.

A infinita misericórdia de Deus é nossa grande esperança, pois, falhos e imperfeitos, não há o que possamos fazer para sermos salvos, a não ser se formos a Jesus e fizermos dEle o Senhor e Salvador em nossas vidas. Somos justificados pela Sua bendita graça e pelo Espírito Santo, transformados, pois fala ao nosso coração e nos convence do pecado, da Justiça e do juízo.

A bondade de Deus não para por aí, pois, justificados e transformados, pela influência do Espírito, buscaremos, no dia a dia, passo a passo, de glória em glória, a santificação, até o término da nossa existência, quando nos reuniremos no definitivo lar, o celestial.

Não nos pode parecer singelo o sacrifício de Jesus, pois, o sofrimento de um filho cala fundo no coração de um pai, ainda mais sendo esse pai um ser perfeito. Morrer por pecadores não é tarefa para qualquer um: muitos jamais se ofereceriam para ser imolado por "justos".

Corta-nos a alma a passagem bíblica, em que Abraão aceita oferecer em holocausto ao Deus Vivo, seu filho Isaque, o Filho da Promessa, que deveria constituir uma grande nação! Jamais conseguiremos imaginar e avaliar o que passou no coração daquele pai, vendo a fidelidade e prontidão daquele menino que o acompanhava, sem nada saber! O que deverá ter passado no coração daquele rapazinho, quando o pai o deitou sobre o altar e o amarrou para o sacrifício, aquele que ouviu instantes atrás que o Senhor proveria a oferta!

Abraão era sempre tão obediente ao Senhor que não restava uma forma mais severa e crucial de testar a obediência e a fé do seu servo. Também é relevante a obediência do filho, Isaque, pois, não há registros na Palavra de que o mesmo tivesse esperneado, gritado, tentado descer dali, julgando que seu pai enlouquecera. Eram filhos confiando no seu pai terreno e no Pai eterno!

Deus sabia de antemão o final daquele episódio, mas sua intenção não era apenas causar um sofrimento desnecessário a seus filhos: usou com sabedoria a fé de Abraão como um exemplo de que com fé se chega a Deus, pois sem ela não há como agradar ao Pai! O caminho definitivo é Jesus.

Voltando ao sofrimento e morte de Jesus, ao contrário do que ocorreu no livro de Gênesis 22, Deus não poupou a Cristo como a Isaque e Abraão e nem a si mesmo, porque visava a salvação, restauração e santificação da humanidade. Por tudo isso, somos infinitamente gratos a Ele, quando recebemos pela fé o sacrifício que Deus providenciou pelos nossos pecados – Jesus Cristo. “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21).

Deus não requer de nós nenhum sacrifício já que o maior dos sacrifícios foi realizado por todos nós, sem exceção! Amém por isso!