O CENTURIÃO DE CAFARNAUM

(Mat. 8:5-13; Lc 7:1-10)

Um centurião na hierarquia militar romana era um membro do exército que comandava uma centúria, ou seja, um grupo de cem soldados. Era um posto importante, pois dava ordens para rápida execução, disciplinava e instruía a legião. Era uma pessoa respeitada na sociedade e, muitas vezes, condecorada.

Um servo de um comandante romano, centurião, jazia de cama, moribundo. Quando ouviu falar de Jesus e dos seus feitos, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, rogando-lhe que viesse curar o seu servo, que tanto estimava: “Senhor, o meu criado jaz em casa paralitico, e violentamente atormentado.” Jesus lhe respondeu: “Eu irei e lhe darei saúde.”.

Esses homens se aproximavam de Jesus e justificavam diante dele sobre o merecimento em receber essa graça, pois, amava aquela nação e edificara a sinagoga. Esse homem, apesar de romano, realizava boas obras, pois, de seus próprios recursos ergueu a sinagoga e também porque amava seu servo, o que era incomum entre os romanos que desprezavam e até usavam de crueldade para com seus subalternos. Era de comprovada humildade, se interessando por alguém sem prestígio na sociedade, que com nada poderia lhe retribuir.

Jesus os seguiu, porém, perto da casa, o comandante enviou uns amigos dizendo: “Senhor, eu não sou digno que entreis debaixo do meu telhado, e por isso ainda não me julguei digno de ir ter contigo; mas dize somente uma palavra e o meu criado sarará. Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e a meu criado: faze isto, e ele o faz.”.

Está muito claro nesse início de diálogo que o comandante romano sabia Jesus entrava novamente em Cafarnaum, depois de pregar o magnífico Sermão da Montanha. Sabia a quem buscava, quem era e o que poderia fazer pela sua casa, ou seja, pelo seu estimado servo. A fama de Jesus e Seus milagres se espalhavam entre o povo e o centurião sabia quem era Jesus.

Apenas aos olhos da fé alguém pode compreender o ministério de Jesus, a sua missão terrena e o Seu amor pelo ser humano. Aquele comandante sabia que Jesus, estando ligado ao Pai em poder, poderia curar seu empregado, mandando apenas com uma palavra. E que, com a autoridade concedida por Deus, não precisaria estar lá para que o milagre acontecesse: a Palavra é o poder de Deus. Isso serve para nós hoje, pois Deus não muda, como sua Palavra que também permanece. Basta crer para conhecermos seus efeitos em nossa vida!

Jesus se maravilhou com o que ouviu, tanto que disse para aqueles que O seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé. Jesus completa dizendo que muitos estarão assentados à mesa com Abraão, Isaque e Jacó, no reino dos céus e que os outros serão lançados nas trevas exteriores, onde há choro e ranger de dentes.

Jesus promete estar conosco em nossas dores, livrando-nos da opressão do mal, de nossos flagelos físicos, existenciais e morais e ainda nos promete o melhor para os que O aceitam e obedecem, a vida eterna no Reino que para estes será preparado, desde a fundação do mundo.

“Vai e como crestes te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou” foi o que Jesus disse ao homem, agora tranquilo, porque acreditava naquele a quem buscou de coração aberto. A bênção e o milagre ocorrem segundo a nossa fé. Se a fé for pequena, devemos suplicar a Deus para que seja aumentada, pois tudo será feito conforme cremos.