O Espírita e a Internet.

Em entrevista à revista eletrônica O Consolador, de 13 de Abril de 2008, falando sobre a importância da internet para a divulgação do Espiritismo, disse Divaldo:

“Se Allan Kardec estivesse reencarnado hoje, não tenham dúvida de que ele se utilizaria da internet, com a mesma nobreza com que recorreu à imprensa do séc. XIX, para divulgação e defesa do espiritismo”.

Isso serve de advertência a nós espíritas que negligentemente, não temos tido percepção suficiente para entender que os nossos atos podem ter grandes repercussões nem sempre benignas. Estamos utilizando a internet de forma irresponsável, sem avaliar aquilo que fazemos e o alcance de nossas palavras. Mais ofendemos do que edificamos, desperdiçando ótimas oportunidades de contribuir na construção de um mundo melhor.

No livro Otimismo Joana de Ângelis esclarece:

Observando as pessoas, tens a impressão de que, nestes dias da Informática, todas se encontram esclarecidas e orientadas a respeito da vida. (...)

Ocorre que as informações que mais se transmitem, raramente são corretas. Elaboradas para atender a determinadas faixas, carregam condicionamentos psicológicos que devem atingir finalidades específicas. Servindo a interesses mui especiais não visam esclarecer nem libertar consciências. (...) (1).

Não utilizemos as redes sociais para destratar, desrespeitar, emitir juízos de valor, fazer elogios indevidos que mais servem para exaltar egos, agredir, despejar nossas mágoas e frustrações ou mesmo para autopromoções em sua maioria irreais. Lembremos que a Doutrina Espírita é para ser vivida em todos os momentos de nossas vidas, e não apenas na casa espírita.

Saibamos curtir, compartilhar, marcar, comentar com equilíbrio. Não existe um manual ditando regras para o comportamento do espírita na internet, por isso devemos sempre procurar agir com consciência e responsabilidade nos esforçando para que os ensinamentos dos espíritos sobre a conduta e que muitas vezes expressamos através de palestras, não sejam apenas tópicos teóricos em nossas vidas reais ou virtuais ou mesmo apenas jingles em torno da moralidade.

Tomemos bastante cuidado, pois como bem assinalou Kardec, “se há algo mais pernicioso ao Espiritismo do que os ataques apaixonados de seus adversários” (2) são os pseudo-adeptos, uma vez que expõem pensamentos e ações lamentáveis expondo a Doutrina ao ridículo.

Desperdiçar tempo e energia com debates infrutíferos, com quem quer que seja, com demonstrações de intelectualismo, com contendas acirradas para provar quem tem razão é dar demonstração da própria imaturidade espiritual diante das leis da vida.

1.FRANCO, Divaldo P; ÂNGELIS, Joana (espírito). Otimismo. Cap. 38.

2. KARDEC, Allan. Viagem Espírita. Cap. VI.

Solsouza
Enviado por Solsouza em 04/11/2013
Reeditado em 04/11/2013
Código do texto: T4556452
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