DEFICIÊNCIAS E LIMITAÇÕES. POR QUÊ?

Falaremos agora de uma classe especial de indivíduos, que quando não são devidamente estimulados, podem apresentar um sério complexo de inferioridade. São eles: os portadores de deficiência.

Somos favoráveis à socialização do portador de deficiência, desde que não ocorra a formação de guetos.

Uma pessoa com limitações físicas, auditiva, visual, ou mesmo mental, não precisa trabalhar ou estudar em local separado das demais. Basta que suas limitações sejam respeitadas e os locais sofram as necessárias adequações para recebê-la. Do contrário, não é SOCIALIZAÇÃO, apenas uma OCULTAÇÃO.

Se não houvesse tanta má vontade, e um grande despreparo dos profissionais que são chamados a lidar com o deficiente, nenhuma deficiência impediria crianças, jovens e adultos, de serem indivíduos produtivos, tanto para o mercado de trabalho, quanto para a vida pessoal.

De acordo com o grau da limitação, uns podem se destacar no campo das ideias, enquanto outros demonstrarão extrema habilidade em tarefas manuais, atividades esportivas, artísticas etc. Mas, todos, sem exceção, têm muito valor.

A essa altura, muitos pais devem estar se indagando: será justo, meu filho de quatorze anos, ter de viver em uma cadeira de rodas, enquanto o filho da vizinha, que tem a mesma idade que o meu, vive jogando futebol com os colegas? Por que Deus foi tão ruim para o meu filho?

Em primeiro lugar, Deus é sempre justo; em segundo lugar, seu filho deve ter escolhido renascer assim, e acredite, esta é uma prova da qual ele muito necessita.

“Se os teus olhos forem motivo de escândalo, arrancai-os e lançai-os fora de ti”, recomenda-nos a figura evangélica. Quando o Espírito, em débito para com a própria consciência, fracassa muitas vezes na mesma prova, pode pedir para que, ao reencarnar, os órgãos, membros etc. que contribuíram para a sua queda moral, sejam restringidos, ou suprimidos. É assim que alguém que tenha utilizado sua inteligência para o mal pode renascer ou ficar com um cérebro imperfeito, ou alguém que tenha abusado do sexo pode ficar impotente. Somente a prática do bem poderá abrandar ou anular essas provações.

Um fenômeno, até certo ponto recente, parece dar razão à voz dos benfeitores espirituais que têm nos transmitido essas informações: pessoas, com obesidade mórbida, cujos demais tratamentos a que foram submetidas não surtiram resultado, precisam submeter-se a uma cirurgia de redução de estômago. Então perguntamos agora ao amigo leitor: um estômago reduzido não é também uma deficiência? Ora, o fato é que um problema extremo necessita de uma solução extrema.

Quando o Espírito não tenha bastante conhecimento para escolher, poderá ser reconduzido à carne nas circunstâncias que os benfeitores da espiritualidade maior considerarem mais proveitosas para o processo de reeducação desse Espírito.

Pode acontecer ainda, que o Espírito, tendo por seus vícios e conduta torpe, lesado a matriz perispiritual, transmita, ao reencarnar, essas máculas para o novo vaso físico, mediante a ativação de genes nocivos ou abrindo passagem para que certos agentes virais modifiquem estruturas celulares do organismo, o que também não deixa de ser uma prova para esse Espírito, que não soube valorizar seu veículo de evolução na Terra. Somos sempre o resultado de nossas ações boas ou más.

A medicina do futuro, do planeta renovado, conhecerá os meios de libertar essas criaturas dessas prisões sem muros. Todavia, se ainda assim a cura imediata não for possível, caberá à pessoa com deficiência compreender que, como espírito imortal, esse estado é apenas transitório, e quanto mais cedo compreender isso, as impressões deixadas no perispírito, por anos vivendo encarnado num corpo limitado, cessarão mais rapidamente, quando já regressado ao mundo espiritual.

As necessidades dos portadores de deficiência vão muito além da educação intelectual e inserção no mercado de trabalho. Como qualquer outro ser humano, NÓS PRECISAMOS SER RESPEITADOS E AMADOS.

“Eu me esforço bastante, todos os dias, para chegar até o seu coração; entretanto, sinto que você nunca tenha se esforçado realmente para chegar até o meu”.