Capítulo 08 - Dêem uma agenda para Jesus! [Diga aos Mórmons que EU os amo]

Capítulo 8 – Dêem uma agenda para Jesus!

Quando estamos muito atarefados e não conseguimos organizar de forma prática nossas tarefas, nada como uma agenda para nos dar auxílio. Talvez Smith tenha pensado nisso, em dar uma agenda para o Senhor Jesus. Ele pintou um Jesus tão desorganizado, que acredito que a melhor coisa a fazer com o Jesus de Smith, seria dar a ele uma agenda. O motivo da sugestão, é que Smith declarou que o Evangelho verdadeiro foi perdido da Terra, por anos a fio e Jesus ficou sem atuar... Apenas assistindo a desgraça da humanidade. Como se essa declaração tivesse algum nexo, tento em vista o caráter Onipotente do Senhor Deus Filho Jesus Cristo.

Muito temos dito até aqui sobre o Livro de Mórmon, neste capítulo estudaremos sobre a “desculpa” que Smith inventou para introduzir esse livro no mundo. Para assegurar a credibilidade do seu “Outro Testamento de Jesus Cristo”, ele diz que o Evangelho pregado originalmente por Jesus foi perdido da Terra durante uma suposta “Grande Apostasia”, e esse evangelho teria sido “restaurado” por ele (certamente), com o Título de “Livro de Mórmon”.

Ele alegou que a humanidade vagou em trevas espirituais até que ele recebeu “a luz” de Deus em sua vida, e foi capacitado a trazer ao mundo essas “verdades claras e preciosas” que haviam sido perdidas com o tempo, mas, que estavam escritas em algumas placas de outro que foram enterradas séculos antes, por outro homem chamado Morôni, que também sabia que uma “Grande Apostasia” ocorreria nos anos futuros.

Falando de Apostasia com Smith, o SUD.

Não é tão simples assim introduzir uma nova religião no mundo. Primeiro, a pessoa precisa desacreditar a Bíblia, e depois emprestar algumas coisas dela para dar o mínimo de credibilidade à sua história particular. Foi isso que Smith fez. Ele alegou que sobre os Apóstolos de Jesus repousava certa “autoridade” para realizar a pregação do Evangelho (e também para realizar outras coisas que Smith chamava de “ordenanças”). Na teoria de Smith, após a morte dos Apóstolos, o mundo entrou num período de “trevas espirituais”, período onde a verdade do Evangelho supostamente desapareceu da face da Terra, porque a tal “autoridade” que repousava sobre os Apóstolos foi retirada da Terra. Smith chamava essa autoridade de “Sacerdócio”.

Se Smith correr “o bicho pega, se ficar o bicho come”!

Será mesmo que a tal Apostasia aconteceu? Os apóstolos estavam pregando o Evangelho por toda parte, e isso incomodou sobremaneira os fariseus, e demais governantes. Geralmente eles eram presos, e muito castigados pelas autoridades.

Em uma dessas prisões, os maiorais do Sinédrio se reuniram para conversar sobre os Apóstolos, vejamos então, a prova bíblica de que a tal Apostasia ensinada por Smith nunca aconteceu:

Mas, levantando-se no Sinédrio um fariseu, chamado Gamaliel, mestre da lei, acatado por todo o povo (...) lhes disse: (...): Agora, vos digo: daí de mão a estes homens, deixai-os; porque, se este conselho ou esta obra vem de homens, perecerá; mas s é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus. E concordaram com ele. (Atos 5: 34- 39)

Existem apenas duas alternativas:

Alternativa 1 -Aconteceu a Apostasia- Se aconteceu a tal Apostasia que Joseph citou, é como Gamaliel disse: ”se este propósito ou esta obra vem dos homens, fracassará”. Se a obra fracassou, era obra de homens, e não há meio termo aqui. Sendo assim, a Igreja SUD não é fundamentada em Deus, porque se ela deriva da apostasia de uma obra fracassada, ela deriva da “Obra de Homens”.

Alternativa 2–Não aconteceu a Apostasia- Se a apostasia não aconteceu (e de fato não aconteceu), é porque “provém de Deus, não podereis destruí-los, para que não aconteça que vos acheis lutando contra Deus.”

Se os Apóstolos pudessem “ser destruídos”, a obra não era de Deus, e como vimos, Ele não é Deus de fazer as coisas pela metade. A Bíblia é perfeita, e o Evangelho jamais precisou ser restaurado!

Falando de Apostasia com Smith, o maçom.

Restauração da Maçonaria.

Tendo um pai e um irmão maçom, não é à toa que Smith tenha se sentido atraído pelas doutrinas maçônicas, a ponto de copiá-las para o Mormonismo. Acabamos de ver sobre a Apostasia e o tal Evangelho Restaurado de Smith. Veremos agora, a Maçonaria restaurada. Sim, ela também foi restaurada! Albert Mackey diz:

Os mitos da Maçonaria, de início, talvez não passassem de tradições simples da Maçonaria Pura do sistema antediluviano, tendo sido corrompidas e mal interpretadas na dissociação das raças, foram novamente purificadas e adaptadas ao ensinamento da verdade, primeiro, pelos discípulos da Maçonaria Espúria, e então, mais completa e perfeitamente, no desenvolvimento do sistema que agora praticamos. (O Simbolismo da Maçonaria, de Albert G. Mackey, Volume2, pg 41; Editora Universo dos Livros, Edição de Junho de 2008) - Grifo meu

Essa história de tradições que foram “corrompidas” e depois “novamente purificadas” é idêntica à história que Joseph inventou para a “Apostasia”. Só faltou algum anjo ter trazido a notícia da “restauração da Maçonaria”. Na Bíblia não há espaço para restauração de coisas perdidas!

1 – A Apostasia que Smith disse ter ocorrido, ainda não aconteceu:

Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição (...) (2 Tessalonicenses 2:1-3)

Smith afirmava que a tal apostasia descrita nesse texto bíblico, é um momento no PASSADO da humanidade. Ele alega que tal apostasia ocorreu após a morte dos Apóstolos de Jesus, que, segundo ele, desencadeou numa fase onde o Evangelho verdadeiro foi retirado da Terra, que levou à contaminação do Evangelho, sendo posteriormente necessária a tal restauração. Smith ficou numa situação no mínimo constrangedora!

O Evangelho é obra de Deus, e jamais precisou ser restaurado, pois nunca foi perdido, contaminado, e tampouco destruído. Ninguém poderia destruir a unção que estava sobre os apóstolos e essa unção não se perdeu com a morte de nenhum deles.

Se a unção das pessoas e o poder de Deus fossem perdidos com a morte dos servos de Deus, assim que Jesus foi morto na Cruz, o Evangelho deveria ter acabado.

Assim que Moisés morreu, o Povo de Israel estaria perdido para sempre. Deus termina suas obras!

Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus. (Filipenses 1:6)

Após a morte de cada um deles, o Evangelho continuou forte como sempre foi! Deus jamais deixaria seu povo abandonado. Como disse Paulo aos Romanos:

E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus?De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem (...) (Romanos 3: 3,4)

Biblicamente está comprovado que nunca houve a tal apostasia e perda do Evangelho que Smith tanto insistiu ter ocorrido. Podem morrer apóstolos, profetas, quem for, mas a fidelidade de Deus permanece para sempre!

A tua fidelidade estende-se de geração em geração; fundaste a terra, e ela permanece. (Salmos 119: 90)

“De geração em geração”! Com a morte ou com a vida, a fidelidade de Deus permanece. Smith acabou num mar de contradições, afinal, ele valorizava duas religiões que foram Restauradas. A Maçonaria também teve seu período de “trevas espirituais” como o evangelho de Smith:

Assim, cada nova e verdadeira doutrina-que veio dos “sábios homens do oriente” - deu origem a um novo dia e dissipou as nuvens da escuridão intelectual e do erro. (O Simbolismo da Maçonaria, de Albert G. Mackey, Volume2, pg 12; Editora Universo dos Livros, Edição de Junho de 2008) - Grifo meu

Qual é a “nova e verdadeira” doutrina em que Joseph acreditava? Da Maçonaria, ou do evangelho que o tal espírito Morôni lhe revelou pelas placas? Ambas dizem ser a “verdadeira”. Joseph era membro das duas coisas: da Maçonaria, e da Igreja SUD.

Evangelho pela metade?

Ninguém faz meia faculdade e recebe diploma, ou meio curso do DETRAN e sai por aí dirigindo. Ninguém tampouco faz meio contrato de venda de imóveis e se muda para o novo imóvel. Ninguém publica um livro pela metade. Se todos concordam que essas afirmações são verdadeiras, por que somente no caso da Bíblia, algumas pessoas insistem em acreditar que apenas “parte dela” é inspirada por Deus?

Seria Deus o único “sem noção”, que inspiraria metade de um livro, e ficaria lá no céu zombando de toda a humanidade que crê no livro inteiro? Seria Deus o único negligente, que ao invés de fazer a obra completa a deixou pela metade com relaxo? Não é nisso que cremos! Cremos que Deus é o Todo Poderoso, e o ser mais organizado que o Universo jamais viu. Sendo assim a Perfeição responde por um Nome: Deus, que é um Deus amoroso, e não tem prazer em causar confusão:

Porque Deus não é Deus de confusão, e sim de paz. (1 Coríntios 14: 33)

Um detalhe chamado “Autoridade”

Smith dizia que após a morte dos Apóstolos, algo muito importante que eles tinham foi “embora”: A autoridade. Segundo Smith, somente os Apóstolos tinham “autoridade” para realizar as ordenanças do evangelho: pregar, curar enfermos, expulsar demônios, batizar, etc.; e quando eles morreram, essa autoridade “se foi”, sumiu, evaporou, foi retirada da terra:

Após a morte dos Apóstolos de Cristo, o poder do sacerdócio e muitas verdades do evangelho foram tiradas da Terra, iniciando-se, assim, um longo período de trevas espirituais chamado de grande Apostasia. (Nosso Legado, Capítulo 01, pg 01, Edição de 1996)

Os Elders que conheci, não consideravam válido o meu Batismo, porque alegavam que ele tinha sido realizado sem a devida “autoridade”. A autoridade para os SUD é o equivalente à unção, para os cristãos evangélicos. Smith chama essa autoridade de “Sacerdócio”.

O Sacerdócio é o poder e autoridade de Deus. (...) Precisamos ter autoridade do Sacerdócio para agir em nome de Deus, realizarmos ordenanças sagradas do evangelho, tais como batismo, confirmação, administração do sacramento [equivalente à santa ceia] e casamento no templo. Se um homem embora sincero, não possuir o sacerdócio, o Senhor não reconhecerá as ordenanças realizadas por ele. (...) Essas ordenanças importantes devem ser realizadas na Terra por homens que possuam o sacerdócio. (Princípios do Evangelho, Capítulo 13, pg 81, Edição de 1995)

Smith guardou a tal “autoridade” em uma caixinha, ela é exclusiva da Igreja SUD, para ele, nenhum batismo neste Planeta é válido se não for realizado por algum membro de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” que tenha sido “autorizado” a realizá-lo. Ele ensinou que quando Deus chamava alguém para realizar Sua obra, era concedida autoridade a essa pessoa através da imposição de mãos (e de nenhuma outra forma).

O Senhor preparou uma maneira organizada de dar Seu sacerdócio aos Seus filhos na Terra. Um homem digno membro da Igreja, recebe o sacerdócio “pela imposição das mãos, por quem possua autoridade para pregar o Evangelho e administrar as suas ordenanças.” (Princípios do Evangelho, Capítulo 13, pg 82, Edição de 1995)

Então, tal pessoa, com “autoridade” podia realizar as “ordenanças” do Evangelho com segurança, e somente assim tais ordenanças seriam aceitas diante de Deus. Ele dizia que os Nefitas (povo citado no Livro de Mórmon), tinham essa autoridade, ou Sacerdócio, que foi passando de geração em geração até se perder com a morte dos Apóstolos.

O espírito de Clarindo Melchizedek

Smith ensinou que o Sacerdócio é concedido somente – e exclusivamente - através da imposição de mãos de alguém que já tenha o tal Sacerdócio. Tanto que ele disse ter recebido a visita de três espíritos, os quais chamou de Pedro, Tiago e João, os “apóstolos de Jesus”. Segundo Smith, ele e seu amigo Oliver Cowdery estavam orando às margens de um rio, e os três espíritos apareceram a eles, impuseram as mãos sobre suas cabeças, e lhes conferiram a tal “autoridade”, ou Sacerdócio:

“Os antigos Apóstolos Pedro, Tiago e João apareceram a eles em um lugar isolado próximo do rio Susquehanna e lhes conferiram o Sacerdócio de Melquisedeque. Joseph declarou posteriormente que ouviu “ a voz de Pedro, Tiago e João (...) declarando-se possuidores das chaves do reino e da dispensação da plenitude dos tempos!”(Ensinamentos dos Presidentes da Igreja – Joseph Smith, Capítulo 08, pg 107; Edição 2007)

O Sacerdócio é divido em Aarônico, que é o mais simples, e o Sacerdócio de Malquisedeque, que é o grande almejado pelos homens SUD. Um detalhe muito interessante, é que esse mesmo “Sacerdócio de Melquisedeque”, é também utilizado por religiões ocultistas, como a Cabala, e por atividades ocultistas como o Reiki.

O nome desse espírito, segundo a técnica do Reiki, é “Clarindo Melchizedek”. Infelizmente Smith se meteu com esse espírito maligno, e copiou a ordem desse Melchizedek, transformando-a em “Sacerdócio de Melquisedeque”, e isso nada tem a ver com o Melquisedeque da Bíblia! Ele foi apenas usado por Smith para impregnar engano na mente dos SUD. Quando um membro é iniciado em qualquer Sacerdócio, seja ele o Aarônico, ou o de Melquisedeque, está automaticamente lidando com espíritos malignos. Por isso o SUD pode sim, realizar algum tipo de cura espiritual, ou conseguir algum “milagre”, mas que fique claro que isso não é feito com a atuação de Deus, é a manipulação de espíritos malignos, com a “ajuda” desse tal espírito que usa o nome de “Clarindo Melchizedek”.

Os Elders me contaram algumas situações onde através do “poder do sacerdócio”, puderam obter “bençãos para suas vidas”. Que fique claro que tais “bençãos” foram obtidas com ajuda de espíritos enganadores.

O herói Alma, e sua falta de autoridade...

Smith esqueceu-se de um homem do Livro de Mórmon, chamado Alma, que agia como se tivesse a tal autoridade sem tê-la realmente, e mesmo assim, é considerado como um herói para os SUD. Esse tal Alma aparece de repente no Livro de Mórmon, e começa a pregar e a batizar SEM TER AUTORIDADE! E ele era “tão bom”, que não precisou ser batizado por ninguém! Exato, ele entrou na água e submergiu-se a si mesmo! Isso é absurdo, o segundo erro foi pior que o primeiro.

Além de Alma não ter a tão exigida “autoridade”, ele se batizou de forma independente se afundando na água do rio:

E então aconteceu que Alma tomou a Helã, que era um dos primeiros, entrou na água e clamou, dizendo: Ó Senhor, derrama o teu Espírito sobre o teu servo, para que possa fazer este trabalho com santidade de coração! E havendo dito estas palavras, o Espírito do Senhor desceu sobre ele e ele disse: Helã, tendo autoridade do Deus Todo-Poderoso, eu te batizo como testemunho de que fizeste convênio de servi-lo até que estejas morto quanto ao corpo mortal; (...) E havendo Alma pronunciado estas palavras, ambos, Alma e Helã, foram sepultados na água; e levantaram-se e saíram da água regozijando-se, estando cheios do Espírito. E outra vez, tomou alma um outro, entrou pela segunda vez na água e batizou-o, como havia feito com o primeiro, só que não sepultou a si mesmo outra vez na água. (Livro de Mórmon - Mosias 18: 12-15) –Grifo meu.

Esse texto nos apresenta algumas contradições às doutrinas ensinadas pelo próprio Smith! Vamos a elas:

1 – Quero chamar a atenção do leitor para a seguinte expressão de Alma: “tendo autoridade, (...) eu te batizo”.

De quem Alma recebeu essa autoridade? O Livro de Mórmon não narra nenhuma situação sequer, onde alguém impôs as mãos sobre a cabeça de Alma lhe concedendo o Sacerdócio! Tanto, que ele não foi batizado por homem algum, dando a entender que não havia homem com autoridade para batizá-lo.

2 – Por quem Alma foi batizado? – Por si mesmo, e isso viola diretamente o seguinte mandamento SUD:

Existe apenas uma forma correta de batismo. Jesus revelou ao Profeta Joseph Smith que uma pessoa com autoridade apropriada do sacerdócio para batizar “deverá entrar na água com o candidato ao batismo (...). Então deverá imergir a pessoa na água, e deverão sair da água”. (Princípios do Evangelho, Capítulo 20 pg 131, 132)

Sabemos que Alma não seguiu essa tal “forma correta de batismo”, portanto seu batismo não foi válido, e por conseqüência, ninguém do Livro de Mórmon que sucedeu Alma tinha autoridade. Não há ninguém com a tal “autoridade” para batizá-lo. O texto SUD é claro em ensinar que um é o candidato, e o outro é o que realizará o batismo. Em parte alguma da “forma correta de batismo”, vemos a autorização para o “auto- batismo”.

3 – O “poético” pedido de Alma: Ó Senhor, derrama o teu Espírito sobre o teu servo, para que possa fazer este trabalho com santidade de coração! (Mosias 18: 12)

“Santidade de coração” não é “Autoridade”. Não adianta esse apelo emocional de Alma, como se isso fosse mudar o que os líderes SUD ensinam:

Se um homem embora sincero, não possuir o sacerdócio, o Senhor não reconhecerá as ordenanças realizadas por ele. (...) Essas ordenanças importantes devem ser realizadas na Terra por homens que possuam o sacerdócio. (Princípios do Evangelho, Capítulo 13, pg 81) – Grifo meu.

Por mais sincero que Alma estivesse sendo ao fazer tal pedido a Deus, “o Senhor não [reconheceu] as ordenanças realizadas por ele”. Isso é fato. É fácil para um SUD apontar para os que já foram batizados em outras igrejas, e dizer: “Seu batismo não foi feito com autoridade”... Diante dos fatos eu respondo: “O batismo de Alma também não foi feito com autoridade!”

4 – O que Alma tinha que o Senhor Jesus não tinha?

Ora, até o Senhor Jesus foi batizado por outra pessoa (João Batista), o que Alma tem de tão especial que ele pôde simplesmente submergir a si mesmo na água e ganhar autoridade assim, “do nada”? Essa pseudo-autoridade de Alma é questionada com o seguinte mandamento SUD:

O Senhor preparou uma maneira organizada de dar Seu sacerdócio aos Seus filhos na Terra. Um homem digno membro da Igreja, recebe o sacerdócio “pela imposição de mãos, por quem possua autoridade para pregar o Evangelho e administrar as suas ordenanças.” (Princípios do Evangelho, pg 82) – Grifo meu.

Não existe em todo o Livro de Mórmon qualquer narração de quando Alma teria recebido essa tal autoridade. Além de sua aparição no livro ser repentina, ele mal começa a pregar, e em seguida já está batizando a si mesmo com outro homem no rio?! Isso é a “maneira organizada” de receber o Sacerdócio? Acredito que não.

Essa fórmula utilizada por Alma passa longe da tal “maneira organizada” SUD de receber o sacerdócio! Até os SUD atuais são mais organizados do que o próprio Alma. Mas louvado seja Deus, que Ele dá Sua autoridade a quem quer, tanto que João Batista era cheio do Espírito Santo desde o ventre, sem nem ter nascido ainda, sem ninguém ter “imposto as mãos” sobre sua cabeça!

Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno. (Lucas 1: 15)

Estes argumentos foram citados levando em consideração a lógica (ou falta dela), do Livro de Mórmon. Mostrando que se Smith fazia tanta questão da autoridade, por que não escreveu com atenção a narrativa da história de Alma? Talvez ele tenha pensado que as pessoas passariam sem notar, porque a narração é empolgante, Alma foge da presença dos inimigos, vai se esconder num bosque (Smith adorava bosques!), e ali, do nada, começa a pregar sem ter autoridade, e pior ainda, batizar sem ter autoridade! O leitor vai se empolgando com as “aventuras de Alma” e nem se dá conta que ele nunca teve “autoridade” para se batizar no rio por conta própria!

Voltando ao ponto de vista bíblico, que para nós é o único verdadeiro, Deus não é previsível jamais! Ele não atua em forma de rituais previsíveis. Tudo que é previsível é monótono, cansativo. Deus dá autoridade a quem quer e da maneira que quer! Uma prova disto é o próprio Apóstolo Paulo, que disse:

Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum. (Gálatas 1:1)

A expressão “nem por meio de homem algum”, sugere que Paulo foi feito apóstolo por algum homem? Sua própria declaração deixa claro que não, então o que Smith estava pensando ao dizer que “somente” com a imposição de mãos de alguém “com autoridade”, a pessoa recebe os dons, o Espírito Santo, o Batismo, etc.? Paulo foi feito Apóstolo pelo próprio Deus. Isso é sobrenatural, e os SUD estão muito acostumados a coisas carnais.

Tiago, Cefas e João (...) me estenderam a mim a destra da comunhão (Gálatas 2:9) – Grifo meu.

E não a “imposição de mãos”.

“Mas ele não faz parte do clube!”

João, o Apóstolo do Senhor Jesus, disse que tinha visto um homem expulsando um demônio, e o proibiu somente porque “não andava com eles”, e então Jesus o repreendeu:

Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que, em teu nome, expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco. Mas Jesus respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e, logo a seguir, possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós é por nós.( Marcos 9:38-40)

Joseph Smith teve uma atitude parecida com a de João, mas a teve por toda sua vida, e os SUD a tem até hoje, que é a soberba por andar com Jesus, e pensar que ninguém mais no mundo está no caminho certo se não estiver no caminho deles.

Podemos até tomar a liberdade de trocar algumas coisas dessa narrativa, e traduzir da seguinte maneira:

“Joseph Smith lhe disse: Mestre, vimos um homem que em teu nome foi batizado, e curou, e orou pelos enfermos, e nós lhe dissemos que o batismo não foi válido, porque não é membro da única igreja com autoridade.”

Nem é preciso colocar aqui a resposta que Jesus daria a Smith. Acredito que uma declaração de Paulo resume toda essa história:

Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; estes por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei. (Filipenses 1: 15-18)

Paulo não está interessado em qualquer ordenança que Smith tanto procurou enfatizar ser necessária para que um homem pregasse o evangelho. Ele diz: “Que importa? Contanto que Cristo seja anunciado”. Isso é o que importa: que Cristo seja anunciado! Smith complicou demais as coisas, dificultou um caminho que é simples como Jesus.

Um Gibi, melhor que o Livro dos livros?

Gostaria de compartilhar com você leitor, algo que Deus plantou no meu coração, enquanto meditava a respeito da perfeição da Bíblia Sagrada. Pense no seguinte: Você compra um gibi qualquer, em uma banca, e não gosta do final da história. Vai então até uma editora, com um novo final para a tal história, e pede: -“Gostaria que vocês fizessem uma nova publicação desse gibi, mas quero que alterem o final da história. Também gostaria que o nome do autor do gibi permanecesse o mesmo, não precisam colocar meu nome, somente minhas alterações”.

Conseguem imaginar a cara do editor? O mínimo que ele lhe diria é que o gibi é protegido por algo chamado “DIREITOS AUTORAIS”, além, claro de rir da sua idéia.

Raciocínio: Um gibi, com desenhos, e uma história fictícia, tem Direitos Autorais, e ninguém pode adulterar. Qualquer pessoa com o mínimo de bom senso aceitaria esse fato não? Agora, por que não aceitaria o fato de que se um gibizinho tem “direitos autorais” quanto mais o teria a Bíblia, que é o livro dos livros?! A Bíblia tem Direitos Autorais Espirituais! Um gibizinho qualquer tem direitos autorais e a Bíblia não teria? Ou por acaso você acreditaria que Deus, o Todo Poderoso, ficou lá no céu, choramingando:

-“Oh não, estão adulterando toda a minha Palavra, e eu “não posso” fazer nada para evitar!”

Não! Não! O meu Deus não é o Deus do “não posso”!!! Ele pode TODAS as coisas, e isso inclui proteger plenamente Sua Palavra, para que chegue até nossa vida perfeita e pura, trazendo Vida Eterna sem nenhuma alteração no conteúdo!

Alterações na linguagem com certeza existem, pois ocorrem mudanças gramaticais e de ortografia, mas o sentido continua o mesmo. Nenhuma doutrina ou história foi alterada.

E para que nenhum ser humano use de desculpas perante Deus, Ele repetiu o plano de salvação quatro vezes, isso mesmo, QUATRO! Está em Mateus, Marcos, Lucas e João, portanto, caso o argumento seja que a “Bíblia está incompleta”, ou “faltam alguns livros da Bíblia”, eu respondo: Os livros que tinham que estar na Bíblia, ESTÃO lá, e, o plano de salvação está exposto em abundância!

Mas o Lago de Fogo “não harmoniza” com a Bíblia...

O grande problema para nós, seres humanos, é que é muito mais confortável para nosso ego acreditar que a Bíblia foi adulterada, porque isso nos deixa numa situação mais confortável. Sempre que a Bíblia sofre “acusações” de ter sido adulterada, as alterações são sempre nos textos que dizem respeito ao destino eterno do homem... Nunca os textos de bondade de Deus são adulterados, por quê?

Por que não aparece alguém dizendo que teve “uma revelação de que o céu não existe mais?” Simplesmente porque não convém! O céu é conveniente, o Lago de Fogo não é. O céu é agradável e desejável, o Lago de Fogo não é. Quando o assunto é o Lago de Fogo, logo aparecem as argumentações de mentes que pensam que intimidarão a Deus e Seus propósitos eternos:

“Ah, Deus é amor, Ele jamais faria um lugar assim para seus filhos (e Ele não fez para seus filhos, fez para o diabo e seus anjos), ainda mais para toda a eternidade! Não, alguém deve mudar esse texto, não fica bem aí na Bíblia, a Bíblia é um livro que só fala de amor, de coisas boas, flores em um mundo cor-de-rosa... Esses textos sobre inferno não combinam, não soam bem, ou o Lago de Fogo é tolerável, mas só “por um tempo”, depois as pessoas sairão de lá!”

Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. (Mateus 25: 41)

Nosso ego não aceita o fato de que corremos o risco de ficarmos eternamente num lago de fogo literal, muito real. Isso aflige o ego orgulhoso do ser humano, isso dá medo, e o medo cria uma série de outros sentimentos. Para fugir dessa realidade, o ser humano inventa as mais incríveis histórias: Purgatório que, aliás, é uma palavra que não existe na Bíblia, reencarnação, aniquilação eterna da alma, qualquer coisa está valendo, até nascer de novo como uma barata, ou formiga, mas queimar para sempre? Não. Isso não! “Certamente” alguém se equivocou ao citar o Lago de Fogo na Bíblia... Isso é o que muitos gostariam (inclusive Smith), mas não é assim que Deus determinou. Aceitemos de vez esse fato. O Lago de Fogo é real, e será o destino eterno de todos que rejeitam a Verdade: Jesus.

Jesus não fez rodeios no momento de falar do Inferno e do castigo eterno. Não enfeitou, não maquiou nada, esse assunto é da mais profunda seriedade. Deve ficar claro que Joseph disse que algumas verdades da Bíblia foram adulteradas, justamente porque essas verdades o incomodavam, portanto ele as manipulou de forma a satisfazerem suas vontades.

Contradições na vida de Smith:

Seus pais amavam a Bíblia

Os próprios pais de Joseph eram profundamente espirituais e, embora não tivessem encontrado a verdade a respeito de Deus nas igrejas à sua volta, honravam a Bíblia como a palavra de Deus (...) (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja – Joseph Smith, Capítulo 02, pg 39; Edição 2007)

Ora, se os pais dele eram “profundamente espirituais” honrando a Bíblia como a “palavra de Deus”, porque as pessoas que honram a Bíblia como “palavra de Deus” HOJE, não são consideradas “profundamente espirituais” se não estiverem na igreja SUD?

O Livro de Mórmon não se adequava a Joseph Smith, e tampouco aos SUD atuais:

(...) as revelações antigas não podem se adequar a nossas condições; elas foram dadas a outras pessoas, que viveram antes de nós; mas nos últimos dias, Deus iria chamar um remanescente que seria libertado, tanto em Jerusalém quanto em Sião (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja – Joseph Smith, Capítulo 16, pg 203, 204; Edição 2007)

Quero chamar a atenção do leitor para algo interessante aqui. O texto citado acima nos dá a idéia de que as revelações antigas (da Bíblia) não servem para nós, pelo fato de “serem antigas”. Então porque o Livro de Mórmon serviria? Ele foi escrito 600 anos antes de Jesus Cristo aparecer! O que será que os líderes SUD teriam a dizer sobre isso? As revelações que Smith recebeu tinham sido dadas a ele, e eram “novinhas em folha” NAQUELA ÉPOCA. Hoje, em pleno século XXI, elas já são consideradas ANTIGAS! Porque então serviriam para os SUD atuais, levando em consideração esse desprezo por revelações antigas? Paulo não desprezava os escritos antigos jamais:

Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado. (1 Coríntios10:11)

Aliás, o que os líderes SUD teriam a dizer sobre o fato de Smith ter cavado na terra atrás de uma “revelação antiga”? As placas não tinham nada de “moderno”, supostamente teriam sido escritas 600 anos antes de Cristo!

Chegamos à conclusão de que a palavra “conveniente” é a mais adequada quando vamos nos referir aos líderes SUD, que trocam nomes, escolhem pedras (Izapa Estela 5), anulam o Lago de Fogo... Enfim, tudo para tornar o Mormonismo mais “aprazível”. A cada um de nós Deus dá o livre arbítrio para fazer escolhas:

Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a benção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência (...) ( Deuteronômio 30:19)

Rosaine Dalila
Enviado por Rosaine Dalila em 30/01/2017
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