Os Essenios

A seita judia dos essênios é a mais antiga, hermética e mística das seitas, surgiu durante o cativeiro no Egito onde teria sido fundada por um mago egípcio. A denominação Essênio vem da palavra egípcia kasai, que significa “secreto”.

Por volta do ano 1100 a.C. o profeta Samuel a incorpora no misticismo judeu com o nome Fraternidade do Círculo Interno Essênico, e mais tarde outro personagem bíblico denominado Habacuc, muda o nome da confraria e a denomina de Fraternidade Branca ou Fraternidade Nova Aliança que é citada várias vezes na bíblia.

O objetivo principal dessa fraternidade era o de conservar e manter restrito aos iniciados todo o conhecimento das ciências ocultas e esotéricas como a alquimia, reencarnação, comunicação com os espíritos, exorcismo e manter pura a doutrina da cabala, sem imolações e sem uso de imagens ou de símbolos.

Os essênios eram vegetarianos, pregavam os renascimentos sucessivos, o batismo, o arrependimento e a pluralidade dos mundos habitados. A confraria era formada por grupos de doze pessoas. Além disso, se dedicavam aos estudos e praticas das ciências médicas, como cirurgias, cura pela imposição de mãos e a prestar auxilio aos doentes e necessitados.

Como astrônomos, matemáticos os essênios seguiam um calendário de 364 dias, cujo primeiro dia de cada estação, sempre caia numa quarta feira, dia em que, segundo a bíblia, Deus havia feito o sol e a lua ou o dia da Grande Luz.

Apesar de tudo, os iniciados, mestres e sábios essênios, não eram bem vistos entre os judeus. Para os sacerdotes de Jerusalém, eles não passavam de uma casta desprezível de feiticeiros e curandeiros, daí os constantes conflitos entre aqueles e o Mestre da Justiça.

Inconformados com o desrespeito das tradições e dos mandamentos de Jeovah, que se alastrava entre os hebreus, os essênios abandonaram as cidades e passaram a viver no deserto.

Um grupo foi para as margens do mar morto na localidade de Qumran, próximos a Israel e outro grupo foi para Nag Hammadi próximo as margens do Nilo no Alto Egito.

Inicialmente, essas comunidades eram formadas só por homens, mas com o passar do tempo as mulheres foram sendo admitidas e começaram a se formar grupos familiares com os mesmo ideais, só que poucas mulheres tinham acesso aos trabalhos, rituais e conhecimentos esotéricos secretos.

Devido as curas que faziam e por darem acolhidas a viajantes e doentes, essas comunidades também foram apelidadas de Beth-saida que em egípcio quer dizer hospitaleiros, o que teria originado o nome de hospital a todas as casas de saúde ou de tratamento de doentes.

Já os gregos os denominaram de Therepeutes que quer dizer médicos, por isso a partir dessa época, Essênio passou a simbolizar para os gregos e para boa parte da humanidade o médico, o terapeuta e o curador ou curandeiro tanto de doenças físicas quanto de almas.

A teoria de que Jesus passou pelas escolas iniciáticas do Egito e em outros centros não é nova. Os escritos encontrados no Mar morto comprovam que a doutrina cristã tem seus fundamentos na seita Essênia e que Jesus esteve entre eles.

Segundo alguns historiadores, aos doze anos, os doutores do templo enviaram o menino israelita para a escola primária na comunidade dos Essênios que habitavam no deserto meridional da Judéia, nas proximidades do monte Serbal, onde existia uma magnífica biblioteca de obras ocultas e que era dirigida por seu parente José de Arimatéia.

Por ser o essenismo uma sociedade secreta, só João Batista, também iniciado, sabia que Jesus pertencia a essa ordem. Por isso, embora tenha anatematizado todas as outras seitas judias, Jesus nunca atacou os Essênios, e nem os apóstolos nem os evangelhos falam deles.

A tradição secreta dos Essênios diz que a mulher iniciada, chama uma alma superior para receber em seu ventre e dar a luz um profeta. Esses filhos consagrados a Deus, pelas suas mães, chamavam-se Nazarenos (Sansão desde o ventre materno será nazareno)Jz.13-5) São José era Essênio e Maria, uma vestal (médium dos Essênios) por isso, Jesus, também é considerado nazareno. I.N.R.I - Iesus Nazareno Rei dos Iudeus.

Outro dado importante a ser considerado é que o cristianismo se iniciou nos Cenóbios, que eram agrupamentos que seguiam os mesmos rituais herméticos e esotéricos dos Essênios.

Assim, os essênios foram a ultima confraria do profetismo judeu, que cumprindo a sua finalidade, protegeu da sanha destruidora de Constantino e de outros invasores preciosos documentos sobre a história dos hebreus e sobre o próprio cristianismo.

Como homens de ciência que eram, e sabendo que seriam todos massacrados pela perseguição romana, os essênios procuraram deixar para a posteridade tudo o que pudesse ser salvo da destruição.

Assim, pegaram seus pergaminhos, manuscritos científicos e históricos, colocaram dentro de muitos potes de cerâmica, lacraram e enterraram ou esconderam em grutas ou cavernas.

Parte desses potes enterrados há mais de mais de 1600 anos foi encontrado nos antigos refúgios dos Essênios em Nag Hammadi/1945 e em Qumran/1947 e 1950 e dentro desses potes estavam livros de papiro, devidamente encadernados com couro e rolos de pergaminho.

É bom que se diga que dentro dos potes encontrados em Nag Hammadi no vale do Nilo no Egito, estavam guardados principalmente escritos referentes a vida de Jesus da sua família e dos apóstolos, inclusive seus evangelhos.

Nos potes encontrados em Qumran, próximo ao Mar Morto em Israel estava principalmente texto referente ao Velho Testamento e que também diferem um pouco do que consta na bíblia.

Não é preciso dizer que esses achados causaram um grande reboliço tanto na diplomacia quanto no campo científico e principalmente no campo religioso, pois todos queriam colocar as mãos em tão importantes documentos.

A diplomacia procurava dar a Cesar o que é de Cesar, isto é, entregar o tesouro para os donos das terras onde foram encontrados.

A ciência opinava o contrário, como o achado era histórico deveria ser declarado patrimônio da humanidade e como tal caberia aos cientistas a guarda e o estudo dos mesmos.

Com as mãos na cabeça e meio perdido nesse tiroteio o “vigário de Cristo” o Papa não abria mão da sua autoridade teológica sobre matéria religiosa e nem permitia que fosse divulgada qualquer tradução sem a autorização da igreja.

Enquanto se desenrolava a polêmica, sobre o que pertence a quem, os agentes secretos, surrupiaram, filmaram ou copiaram quase tudo do que foi encontrado de forma que antes que fossem divulgadas as primeiras traduções oficiais, já circulavam várias traduções apócrifas.

Mesmos assim, quando os cristãos tomaram conhecimento das traduções, não quiseram acreditar no que viam. A descoberta desse tesouro arqueológico veio abalar a fé e causar um enorme mal estar dentro da igreja católica, por colocar sob suspeição todo o conteúdo do Novo Testamento.

Entre esses escritos surgiram os evangelhos de Tomé, Maria Madalena, Felipe, Pedro, Tiago, Judas e alguns textos árabes que falavam da infância de Jesus. Na verdade a igreja católica já sabia da existência desses evangelhos, o problema agora era como explicar para os cristãos porque eles não foram incluídos na bíblia feita por Constantino depois do Concílio de Nicéia em 325.

Para os que ainda não sabem, podemos adiantar que o motivo principal da igreja haver suprimido é porque esses textos tratam da reencarnação, da vida terrena do homem Jesus da sua mulher Maria Madalena e da filha Sara.

Como a unidade do império com a igreja dependia da crença em um Jesus divino, um céu para os bons e um inferno para castigar os desobedientes, optou-se por uma solução mística que contentasse os dois lados.

Mas como toda fé é cega, para os fanáticos religiosos, os Essênios nunca existiram e nem as traduções estão corretas.

Jhon Macker
Enviado por Jhon Macker em 10/11/2017
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