Sabedoria dos anos

O bom ânimo que advém da esperança na eternidade do amor.

Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas. (2Co 4:16-18). Aqui o apóstolo Paulo exorta os fiéis da Igreja de Corinto a ter ânimo e paciência.

E, esta exortação chega até nós de forma clara e ainda cheia de novidade. É natural que durante a vida a nossa força corporal murche e com o passar dos anos venhamos a envelhecer.

Mas se encaramos a vida aqui na dimensão temporal como o início da vida que segue pela eternidade. Entenderemos que estamos num constante aprendizado e que o passar dos anos acrescentarão sabedoria a nossa alma, então seguiremos crescendo rumo a eternidade do amor.

E então usaremos os sofrimentos e o peso dos anos que debilitam o nosso corpo efêmero para fortalecer as fibras de nossa alma eterna. E, como disse o poeta num tempo: “Deixem-me envelhecer, crescendo belamente.”

Porque do ponto de vista espiritual a vida é um ascender da dourada escadaria que nos leva pela eternidade e ao topo da presença de Deus.

Se encaramos a vida e seus dissabores desta maneira jamais chegaremos a temer os anos, pois entenderemos que a cada dia vivido damos um passo em direção ao sempiternal amor de Deus que gera à vida, e não à morte.

Então que este lindo dia que se abre a nossa frente, estejamos prontos e dotados da capacidade de aprender e de se renovar com cada pessoa, com cada circunstância, com cada acontecimento seja ele bom ou mau.

Cabendo a nós buscar entender bem, para fazer o bem, a nossa vida será plena e a nossa alma crescerá em sabedoria que advém do alto. Agindo assim teremos sempre o olhar pronto para ver o invisível e sentir mais que o tangível.

Pois é certo que somos muito mais que carne, somos a um vaso de carne, que abriga uma alma, um espírito e o vivo sopro da eternidade do Pai. Então mesmo que a carne já não tenha o vigor dos idos, e a alma se sinta abatida pelas aflições da vida comum, mantenhamos o bom ânimo na fé e na esperança do amor que é Deus.

E sigamos acudindo uns aos outros sempre tendo o amor de Cristo Jesus como árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 01/07/2023
Código do texto: T7826623
Classificação de conteúdo: seguro