Transtorno e manejo do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade em sala de aula

Picos, PI, 2015

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo demonstrar ao leitor o que seja o transtorno déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), e como se concede o manejo do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade em sala de aula, com abordagem diagnóstica demonstrando o que causa o TDAH, como ele se apresenta, qual a sua trajetória e como é feito o diagnóstico. Pretende-se aqui apresentar como pais e professores podem ajudar, e evidenciar quais são os objetivos de uma estratégia de ação bem como quais são os princípios de um plano de mudança comportamental no TDAH. Apresentando dicas para o manejo do TDAH em sala de aula.

Palavras-chave: déficit de atenção, hiperatividade, diagnóstico, manejo.

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO 4

2. DESENVOLVIMENTO 5

3. TRAJETÓRIA DO TDAH........ 8

4. TRATAMENTO DO TDAH 10

5. PRINCÍPIOS DE UM PLANO DE MUDANÇA COMPORTAMENTAL 12

5.1 COMO UTILIZAR REFORÇOS........................................................................................12

5.2 DICAS PARA O MANEJO DO TDAH NA SALA DE AULA........................................12

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................16

7. REFERÊNCIAS....................................................................................................................17

1.INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo demonstrar ao leitor o que seja o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), e como se concede o manejo do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade em sala de aula, com abordagem diagnóstica, demonstrando as causas do TDAH, como ele se apresenta, qual a sua trajetória, como é feito o diagnóstico e o seu tratamento. Pretende-se, aqui, apresentar como pais e professores podem ajudar, e evidenciar quais são os objetivos de uma estratégia de ação bem como quais são os princípios de um plano de mudança comportamental, apresentando dicas para o manejo do TDAH em sala de aula. Este transtorno deve ser multimodal, pois a criança ou o adolescente devem ter um acompanhamento familiar, escolar e de profissionais da saúde. A escola é de extrema importância em conjunto com os pais para observar e detectar os problemas inerentes a desatenção e hiperatividade e impulsividade em crianças e adolescentes.

Geralmente, esses transtornos se apresentam na infância, fase esta que as crianças estão iniciando suas vidas escolares. O principal objetivo deste trabalho é direcionar os educadores para o manejo de crianças e adolescentes com TDAH em sala de aula, Fomentando estratégias voltadas para a diminuir ou acabar com comportamentos prejudiciais quanto ao ensino de novos comportamentos mais funcionais e dinâmicos.

2. DESENVOLVIMENTO

O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é considerado um transtorno mental muito comum na infância formado por sintomas de desatenção, desorganização, hiperatividade, impulsividade, ansiedade, inquietação, euforia e distrações frequentes, estas características podem levar o portador a ter dificuldades emocionais, de relacionamento, originando baixos níveis de auto-estima, além do mau desempenho escolar. O TDAH é uma doença precoce e crônica que provoca falhas nas funções do cérebro responsáveis pela atenção e memória podendo apresentar problemas de comportamento. Nem todo mundo tem TDAH apenas uma pequena parte da população apresenta o transtorno, e em relação à distribuição do TDAH por sexo, ele é igual entre meninos e meninas.

Segundo Rohde e Benczick (1999) o TDAH é um problema de saúde mental que tem como características básicas a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade, podendo levar a dificuldades emocionais de relacionamento, bem como o baixo desempenho escolar; podendo ser acompanhado de outros problemas de saúde mental.

O TDAH é ocasionado por diversos fatores. Entre eles os fatores genéticos e os riscos biológicos, ou seja, nato, podendo ser identificado quando a criança adentra na fase escolar. Neste sentido, de forma particular, os sintomas aparecem com clareza, principalmente dentro da sala de aula. A doença vai acompanhando o crescimento e deve ser devidamente diagnosticada e tratada, não sendo, pode prolongar-se pela sua vida. Os fatores genéticos são considerados os mais importantes, responsáveis por 77% da possibilidade de a pessoa desenvolver características do espectro do TDAH (Faraone et al. 2005). Em relação aos riscos biológicos, os mais evidentes até o momento são a prematuridade, o baixo peso ao nascer e a exposição ao álcool ou ao tabaco durante a gestação. E essa combinação aleatória de fatores genéticos e biológicos leva a quadros de TDAH com perfis diferentes, ou seja, do mais ou menos graves, mais impulsivos, menos desatentos, dentre outros.

O TDAH passa a ser identificável no momento em que a criança começa a necessitar de mais concentração e autocontrole, mais evidente na idade escolar por volta dos 5 anos. Os sintomas principais deste transtorno são uma combinação de desatenção, impulsividade e hiperatividade, onde esses sintomas afetam a aprendizagem, a conduta, a auto-estima, as habilidades sociais e o funcionamento familiar. Esse transtorno pode também causar uma alta vulnerabilidade psicológica do paciente e é causado por atrasos no amadurecimento ou disfunções permanentes que alteram o controle cerebral superior do comportamento. O TDAH não só é conhecido por ser um dos distúrbios neuropsiquiátricos mais comuns na infância e na adolescência (MATTOS, 2001), mas também porque engloba sintomas que são comuns em portadores e não portadores tais como: dificuldade de concentração, falha na finalização de tarefas ou inconsistência na realização de um objetivo definido (BARKLEY, 2002).

A criança com TDAH possui dificuldade de concentração, podendo distrair-se com facilidade, esquece seus compromissos, perde ou esquece objetos nos lugares, possui dificuldade em seguir instruções, em se organizar, além de falar muito, interrompendo as pessoas enquanto conversa, não conseguindo esperar sua vez e respondendo as perguntas antes mesmo delas serem feitas por completas. Existem três subtipos de TDAH:

O TDAH com predomínio de desatenção (20 a 30% dos casos), o TDAH com predomínio de hiperatividade/impulsividade (até 15% dos casos), o TDAH com sintomas combinados (50 a 75% dos casos).

O subtipo desatento é mais comum no sexo feminino e causa maior prejuízo acadêmico. Apresentam características de comportamento letárgico, falta de motivação, menor auto-confiança, não vê detalhes ou faz erros por falta de cuidado, tem dificuldade em manter a atenção, parece não ouvir, tem dificuldade em seguir instruções, dificuldade na organização, evita/não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado, frequentemente perde os objetos necessários para uma atividade, distrai-se com facilidade, esquecimento nas atividades diárias. E essa falta de atenção pode passar despercebida já que a criança é educada, tentando sempre cooperar, não causando problemas e não fazendo barulho.

As crianças portadoras de TDAH do tipo desatento são vistas simplesmente como lentas no aprendizado, a despeito do fato de a maioria ter inteligência média ou acima da média. Seus esquecimentos e sua desorganização, no entanto são vistos como sinais de capacidade intelectual limitada e não como sinais de TDAH. (Phelan, 2005, pag. 38).

TDAH do Tipo hiperativo/ impulsivo apresenta características de comportamento como: inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se remexendo na cadeira, dificuldade em permanecer sentada, corre sem destino ou sobe nas coisas excessivamente (em adulto, há um sentimento subjetivo de inquietação), dificuldade em concentrar-se numa atividade silenciosamente, fala excessivamente, responde a perguntas antes de elas serem formuladas, age como se fosse movida a motor, tem dificuldade em esperar sua vez, interrompe e se interrompe. Apresentam dificuldades em completar tarefas sequenciais, maior tempo de reação, maior numero de repetência escolar, agitação motora, dificuldade de controlar os impulsos, inquietação, atividade excessiva. (Barkley, 2008).

O subtipo combinado é o que gera maior prejuízo geral, está associado à maior quantidade de encaminhamentos para avaliação e apresenta o maior número de comorbidades, ou seja, é caracterizado pela pessoa que apresenta os dois conjuntos de critérios dos tipos desatento e hiperativo / impulsivo.“ Por causa de sua dificuldade com regras e com o autocontrole, a criança com TDAH do tipo combinado é muitas vezes uma força significativa na sala de aula”. (Phelan, 2005, pg. 35).

Outras características de crianças e adolescentes com TDAH são as emocionais onde ocorre imaturidade psicológica, dificuldade de controle das emoções. Crianças com TDAH funcionam verbal e emocionalmente como se fossem mais novas (Kendall, 2012).

As características cognitivas incidem pouca habilidade para resolver problemas, autoavaliação e automonitoramento pobres. Por isso crianças com TDAH podem não apenas parecer prestar pouca atenção aos comandos dos adultos, mas também ter pouca crítica do seu comportamento (Douglas, 1999).

As características comportamentais nas interações sociais sucedem “fora de sincronia”, ou seja, os portadores de TDAH interrompem muito, parece não respeitar a vez dos outros. É inadequado por ser impulsivo, ou seja, sempre com brincadeiras e comentários em momentos inadequados.

As características da criança com TDAH na sala de aula quanto a leitura, ela perde-se ao longo da leitura, lê melhor em voz alta, esquece frequentemente o que lê, evita ler. Na escrita ela distribui mal o texto no papel, falta de planejamento no texto, evita escrever, a caligrafia e ortografia é constantemente ruim e costuma pular páginas. Na matemática ocorrem erros por desatenção, dificuldade em fixar um método e desorganização no processo. Na organização costuma perder materiais, esquecer tarefas, não anota os recados, dificuldade de priorizar o que é importante, costuma perder-se no tempo.

3.TRAJETÓRIA DO TDAH

O TDAH (Transtorno de do Déficit de Atenção/Hiperatividade) é um transtorno neurobiológico que aparece na infância e que, na maioria dos casos, perdura a vida inteira dos pacientes. Esse transtorno se caracteriza pela combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade (inquietude motora) e impulsividade, sendo a apresentação predominantemente desatenta conhecida por muitos como DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Quando não há o devido acompanhamento em crianças e adolescentes, pode ocasionar evasão escolar, baixa autoestima, depressão, ansiedade, delinquência, problemas comportamentais, disciplina negativa, contato com drogas ilícitas.

O TDAH pode se apresentar com sintomas de desatenção e de hiperatividade ou impulsividade. De acordo com a quantidade desses sintomas, podemos classificar o TDAH em três subtipos:

Apresentação combinada: Se tanto os critérios de desatenção e hiperatividade/ impulsividade são preenchidos nos últimos seis meses; Predominantemente desatento: quando os critérios de desatenção são preenchidos nos últimos seis meses, mas os critérios de hiperatividade não são; Predominantemente hiperativo-impulsivo: quando os critérios de hiperatividade são preenchidos nos últimos seis meses, mas os critérios de desatenção não são.

Esse é um dos transtornos psiquiátricos mais bem estudados no mundo, entretanto existe um questionamento contínuo sobre a sua origem e até o momento não há um consenso científico sobre as suas reais causas, ou seja, quanto a ele ser inato (genético) ou adquirido (ambiental). Considerando-se que o TDAH é um transtorno heterogêneo (manifesta-se de inúmeras formas) e dimensional (os sintomas se combinam nos mais variados graus de intensidade) é possível inferir a complexidade da questão, com múltiplas causas e fatores de risco.

O diagnóstico é clínico, ou seja, o médico avalia o histórico comportamental da criança ou adolescente para chegar a uma conclusão. Nesse processo, a opinião da professora é decisiva. Ela precisa ser mais contundente que a da própria criança e que dos pais, pois professores tem maiores referenciais comportamentais de alunos, são mais imparciais, tem a oportunidade de observar a criança realizando suas “tarefas”.

Dos hiperativos que buscam tratamento especializado, mais de 70% possuem também algum outro transtorno, na maioria das vezes com transtorno de humor (como depressão ou transtorno bipolar), aprendizagem, transtornos ou transtorno de conduta. Dependendo da comorbidade o tratamento medicamentoso muda e o acompanhamento psicológico se torna ainda mais necessária.

 

4.TRATAMENTO DO TDAH

Depois que se fecha o diagnóstico e que se tem certeza que o paciente tem transtorno de déficit de atenção com hiperatividade ou sem hiperatividade, existe um tratamento que se chama multidisciplinar ou multimodal. Primeiramente orienta a família do que se trata essa patologia e depois o que é realmente isso, para que a família fique tranquila e se conscientize com o problema do filho. A segunda parte importante é o nosso relacionamento com a escola, porque muito desses pacientes vão ter problemas escolares não conseguem prestar atenção, tem notas baixas e tem que avaliar eles na escola de maneira diferenciada. Os professores devem ser orientados por psicopedagogos.

É considerado também a primeira escolha o uso de medicamentos. No caso de TDAH, os fármacos são psicoestimulantes como Lisdexanfetamina com duração de efeito em média de 12 horas, Metilfenidato de curta ação de 3 a 5 horas e longa duração de12 a 8 horas. Geralmente o médico orienta que a medicação seja administrada antes de serem feitas atividades em que a criança tem mais prejuízo (em alguns casos antes da escola). Esses psicoestimulantes podem causar alguns efeitos colaterais como falta de apetite, dor de cabeça e dores de estômago.

Alguns médicos sugerem não ingerir o remédio nos fins de semana e nem em férias caso não faça nenhuma atividade acadêmica ou escolar. O TDAH é um transtorno mental mais comum na infância. De 70% das pessoas tem bons resultados com a primeira opção medicamentosa. Esses resultados são caracterizados por redução dos sintomas, qualidade de vida, prevenção de problemas futuros, adesão ao tratamento e satisfação da família e da criança. E cerca de 20% das pessoas não apresentam a resposta à medicação. Um aspecto importante no que diz respeito à medicação é a adesão ao tratamento. Professores sensíveis e bem informados podem ajudar muito o processo terapêutico motivando a família, auxiliando-a para buscar informações e grupos de apoios e reforçar um vínculo com os profissionais da saúde.

O meio escolar é a fonte de múltiplos desafios para crianças e adolescentes. Porque é nela que eles estabelecem relações sociais e são submetidos a situações de aprendizagem formal e a todas as experiências inerentes ao processo. Alguns vão ter TDAH em suas diversas expressões clínica, a vida escolar pode ser ainda mais difícil. Há diferentes estratégias de mudança comportamental que podem ser utilizados por pais e professores dentro e fora da sala de aula. A partir da orientação de um profissional especializado com conhecimento teórico, elas podem ajudar essas crianças com e adolescentes a enfrentar desafios e construir sua história de sucesso em sua vida escolar.

O objetivo a ser tratado aqui é fornecer a educadores parâmetros para melhor manejo de crianças e adolescentes com TDAH em sala de aula, sendo que o TDAH é um transtorno dimensional. Lembrando que as orientações podem também ser aplicadas em crianças agitadas sem diagnostico de TDAH. Primeiro passo para uma estratégia de mudança é estabelecer quais são os comportamentos alvos. Esses comportamentos podem fazer parte de duas classes: excessos comportamentais e déficits comportamentais. Deve-se identificar os comportamentos problemáticos e os fatores que influenciam sua manifestação e manutenção, para que realize um planejamento de estratégia de ação.

 

5. PRINCÍPIOS DE UM PLANO DE MUDANÇA COMPORTAMENTAL NO TDAH

A Teoria comportamental é a base para a maioria das intervenções recomendadas para crianças com TDAH. Ela propõe que os planos devem ser centrados especialmente no conceito do esforço. Os reforços são consequências que aumentam a possibilidade de um comportamento ocorrer no futuro. O reforço positivo é caracterizado como uma recompensa que estimula a pessoa a repetir um comportamento.

5.1.COMO ULTILIZAR OS REFORÇOS

Descrevendo o comportamento esperado objetivamente, onde a descrição de cada comportamento a ser recompensado deve ser clara, quantificável e exposta sob a forma de afirmações positivas. É importante ser criterioso na escolha da recompensa, o que é reforçador para um aluno pode não ser para o outro. A consequência deve ser prazerosa para ele e ter “força” o suficiente para motivar a criança. Também mudando ou alternando o estímulo reforçador, no TDAH, a habituação ou saciação, ocorre de forma mais rápida do que em outras crianças. Reforçando logo após o comportamento ser emitido, quem tem TDAH tem dificuldade de aguardar por gratificações tardias, portanto, a consequência positiva, ou negativa, deve ser oferecida logo após a realização do comportamento. Revendo o sistema proposto, o quadro do registro pode ser revisto até mesmo diariamente. E sempre persistindo, pois, comportamentos difíceis não “surgem da noite para o dia” portanto, sua extinção também exige tempo. Seja consistente e insista. Podemos perceber que o reforço positivo é a base do manejo comportamental.

5.2. DICAS PARA O MANEJO DO TDAH NA SALA DE AULA

Os professores são peças fundamentais no processo de aprendizagem dos alunos, portanto merecem um capítulo à parte quando o assunto é o tratamento do TDAH. Neste capitulo, citaremos melhor sobre estratégias a serem adotadas em sala de aula para melhorar a capacidade atencional e diminuir os prejuízos decorrentes de comportamentos hiperativos, facilitando, assim, a aprendizagem e um bom desempenho, evitando um prejuízo educacional ao alunado. O interessante é que essas estratégias podem ajudar a todos. Tanto alunos com TDAH podem se beneficiar dessas estratégias, como alunos com TDAH de outros problemas comportamentais e também aqueles que não apresentam problema algum. O tratamento dos alunos com TDAH exige cautela e qualquer cuidado ainda é pouco, por isso essas dicas facilitarão aos professores como trabalhar e manusear esse tratamento com seus alunos.

Devido à variedade de sintomas envolvidos com no TDAH, essa série de orientações e dicas podem melhorar a aprendizagem desses alunos. Muitos professores sentem dúvidas sobre como lidar com essas situações sem antes saber de dicas que podem melhorar o aprendizado desses alunos e nesse caso eles ficam perdidos, sem apoio e desestimulados para prosseguir com seus ensinos didáticos. Quando os mesmos se sentem sem saber o que fazer, as escolas aderem aos reforços escolares, que muitas vezes são realizados nos sábados ou em horários que os alunos não estão matriculados. Esses reforços ajudam muito os alunos e eles conseguem estudar melhor e de maneira mais compreensiva.

A importância das dicas para o manejo do TDAH em sala de aula serve como uma pequena aula para os docentes saberem de como aprender a ensinar a todos sem prejudicar ninguém e assim construir um futuro melhor para seus alunos, garantindo seu sucesso para sua carreira profissional. Alunos com TDAH têm maior necessidade de aulas particulares e são encaminhados mais frequentemente a turmas especiais, pois em sala de aula com a explicação do professor, não consegue captar todas as informações explanadas pelo professor, ficando assim com dificuldades em disciplinas diversas e ficando muitas vezes em recuperação ou em casos mais graves, reprovados. Por isso as aulas particulares são fundamentais e ajudam na estimulação do aluno para que ele não tenha esses prejuízos anteriormente citados em seus períodos letivos.

1. Estímulos distratores, quanto menos distrações para os alunos melhor.

2. Sinalizar o que é importante, pois informações importantes devem ser grifadas.

3. Usar materiais visuais para que estimulem seus alunos a lembrá-las de informações importantes.

4. Lembrar onde estão informações importantes, para consultá-las rotineiramente.

5. Repetir instruções, falar eventualmente para que eles repitam e aprendam.

6. Fazer contato visual, olhar nos olhos dele para que ele não perca o foco no professor.

7. Evitar instruções longas e fazer instruções breves.

8. Dividir tarefas complexas em etapas menores, para evitar que ele se perca nas suas tarefas.

9. Combinar alguns sinais que sirvam de alerta, colocando a mão em seu ombro ou em sua mesa quando estiver eufórico.

10. Monitorar o progresso, o feedback frequente facilitam o retorno da mensagem e um aprendizado qualificado.

11. Antecipar situações particularmente difíceis, em caso de passeios ou até mesmo aulas de campo repassar todas as instruções para que ele não se prejudique.

12. Envolver os alunos na rotina de sala de aula ajudar a apagar o quadro e a distribuir exercício ajuda o aluno a ter mais participação em sala de aula.

13. Valorizar as tarefas de casa e saber o quão é importante as tarefas de casa para seu aprendizado.

14. Evitar reprimendas, pois o aluno já ouve um “Não” muitas vezes de seus pais e ficam insensíveis.

15. Utilizar atenções estratégicas e elogiar alunos que trabalham em silêncio estimulam alunos inquietos a trabalharem sem euforia.

16. Evitar elogios ambíguos, tentar conseguir um comportamento adequado é trabalhoso, mas gratificante.

17. Fazer adaptações no programa escolar, em vez de fazer avaliações escritas, adaptar outras maneiras de aprendizagem é fundamental para seus alunos.

18. Ser criativo e fazer atividades diferentes fazem com que o aluno ame ainda mais a disciplina e tenha um bom desempenho.

19. Manter a calma e a esperança em que comportamentos como esse torna-se desafiante para o professor.

20. Reforçar novamente a parceria familiar do aluno, em reuniões de pais e mestre conversar com os pais sem contar defeitos dos alunos e estimular o estímulo as tarefas escolares para casa.

21. Não descuidar da autoestima do aluno, observar de perto para não se descuidar.

Essas dicas são fundamentais e de suma importância para que um professor possa manter um bom desempenho com alunos com TDAH que precisam e muito do auxílio e o cuidado do professor.

Portanto, todas essas informações supracitadas são cabíveis ao docente uma preparação para lidar com todas essas situações e manter uma boa relação com seus alunos e também com a família. Frases como “É muito difícil ficar pronto de manhã. E no final do dia, na hora da tarefa, perde a concentração com tudo." e "Tudo que peçoele se esquece” são muito comuns de se ouvirem quando o assunto é Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) em sala de aula, e nesse capítulo onde tratamos sobre o comportamento desses alunos, sabemos que por mais que seja complicado trabalhar com eles, é beneficiável para o currículo docente pois além de aprender a manejar o TDAH em sala, ele também conhece as realidades de cada um e colabora para que estes possam ter o mesmo futuro qualificado quanto os que não possuem o TDAH. A presença dos pais na escola como uma parceria importante é uma excelente ação estratégia para que o manejo do TDAH possa ter sucesso para com esse aluno.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O TDAH é o transtorno mental mais comum na infância. Nele, alterações no desenvolvimento e no funcionamento de diversas áreas do cérebro levam a problemas de comportamento relacionados a desatenção, hiperatividade e impulsividade. Sua causa está fortemente ligada à genética, embora outros fatores de risco estejam implicados. Com frequência, apresenta trajetória de longo prazo e traz muitos prejuízos, os quais podem ser amenizados se houver diagnóstico (médico) precoce e tratamento adequado, com a colaboração entre o jovem, a família, a escola e os profissionais de saúde.

Sabemos que não há uma fórmula única ou rígida para o manejo de alunos com TDAH em sala de aula apesar de haver acordo sobre a eficácia de algumas metodologias que potencializam o aprendizado. O segredo para o sucesso de qualquer programa de mudança comportamental é definir metas específicas e acessíveis e, sistematicamente, recompensar cada pequena realização, até que novos hábitos sejam formados.

Para que esse processo aconteça, um ambiente estrutural é fundamental para guiar e dar apoio ao aluno de maneira positiva. As rotinas de sala de aula devem ser claras e propostas de forma balanceada, com doses de variedade, flexibilidade e humor.

7. REFERÊNCIAS

BARKLEY, Russell A. Transtorno de déficit de Atenção/Hiperatividade. Manual para diagnóstico e tratamento. Porto Alegre. Artmed. 2008.

BENCZIK, E. P. B. Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade. Atualização diagnóstica e terapêutica. Um guia de orientação para profissionais. São Paulo: Casa do Psicólogo. 2006.

DOUGLAS, V. L. Cognitive control processes in attention- déficit hyperatctivity disorder. In: QUAY, H. C. ; HOGAN, A. E. Handbook of disruptive behavior disorders. New York: Kluwer Academic, 1999. p. 105-138.

KENDALL, P. Child and adolescent terapy. 4th ed. New York: Guilford press, 2012. LIGA LATINO AMERICANA PARA EL ESTUDIO DEL TDAH. [Site] . [ S.l.] : LILAPETDAH [ 20--?]. Disponível em: < http: // tdahlatinoamerica.org/>. Acesso em 27 novembro 2015.

MATTOS, P. No Mundo da Lua. Perguntas e Respostas sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade em Crianças, Adolescentes e Adultos. São Paulo: Lemos Editorial. 2004.

PHELAN, T. W. TODA/TDAH. Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade: Sintomas, Diagnósticos e Tratamentos. Crianças e adultos. São Paulo: M. Books do Brasil Editora, 2005.

ROHDE, L. A., BENCZIK, E. Transtorno de déficit de Atenção/Hiperatividade: O que é? Como ajudar? Porto Alegre. Editora Artes Médicas, 1999.

Patrick Sousa, Ana Carolina Ferraz, Kécio Bruno Araújo, Laiane Cristiane e Luciane Eva da Luz
Enviado por Patrick Sousa em 15/03/2016
Código do texto: T5574401
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