UMA SEGUNDA ONDA

Não é aquela que alegremente pulamos quando a onda do mar vem descansar na areia. As crianças querem também com elas brincar.

Falo de uma perversa, traiçoeira, que ceifa vidas, não importa raças, idades, e acena mais para os idosos, aqueles que trabalharam, cumpriram duras jornadas e agora querem um justo descanso.

Não podem ter um aproximar de netinhos ou netinhas queridos, que gostam de peraltices, querem cavalgar em seus ombros como se cavalinhos fossem.

Gostam de fantasias, historinhas do Lobo Mau, da Branca de Neve e os Sete Anões, da Alice no País das Maravilhas, até que o soninho vem chegando devagar e as pálpebras se fecham num dormir sereno.

Essa Pandemia sorrateira, sem identidades, não se sabe ao certo sua origem, tirou muitas vidas, acomete outras que estão hospitalizadas e se confinadas, muitas vezes em humildes barracos, podem se tornarem assintomáticas, sem sintomas, mas transmissores do vírus perverso, que levam vidas sem ao menos terem as despedidas tão tristes.

Culpas existem?

Jovens em euforias, como se libertos de uma gaiola se reúnem em grupos numerosos para curtirem bailes funks, pancadões, bebedeiras que causam até tragédias, e esses alvos os vírus ficam á espreita, e num leve roçar, toques sutis, descuidados e sem máscaras, tornam-se alvos potenciais, pois não tem as devidas proteções e as tragédias então se desencadeiam, levando-os para seus lares.

Não respeitam classes sociais, até os mais abastados que se julgam inatingíveis, nos seus encontros sociais, nas alegres baladas, em suas confraternizações onde bebidas finas trazem euforias, o vírus mortal sorrateiramente pode também se propagar.

A Segunda Onda, se aqui chegar e vacinas em testes já demonstrando eficácias, não imunizarem as populações, seria muito mais virulenta, pois tem preferências pelo frio, o inverno que talvez em maio do próximo ano já dê os primeiros sinais.

Na Europa e Estados Unidos já em estações invernosas, a Segunda Onda está sendo muito mais virulenta, mais pessoas perdendo suas preciosas vidas, mesmo que os recursos materiais, profissionais da saúde, auxiliares, estejam mais preparados, com bagagens mais consistentes, mas nada disso está adiantando.

Não sejamos imprudentes para fazermos grandes aglomerações, jogos de futebol com estádios lotados, políticos fazendo suas campanhas sem as devidas precauções e se estenderem os prazos de imunizações, demorando muito mais tempo, o carnaval com milhões de foliões e até turistas de todo o mundo que vem ao Brasil e quem sabe, por meio deles, em suas bagagens, o vírus mortal aqui chegou, de forma sorrateira, sem alarde, imperceptível e isso não pode acontecer novamente.

Confinamentos nas casas, uso de máscaras, lavar as mãos sempre, uso de álcool gel, trocar de roupas após breves saídas ou encontros, são as recomendações dos especialistas.

Que Deus proteja o povo de nosso querido Brasil e também de outras Nações, e as vacinas imunizantes possam ser aplicadas em todos os habitantes, não importa idades, raças, religiões, condições sociais e que as ideologias políticas fiquem de lado, deixem de existir.

As vacinas devem obedecer à protocolos, experimentadas em valorosos voluntários, muitos dos quais médicos, médicas, enfermeiros ,enfermeiras, profissionais da saúde em suas variadas funções, e após as provas de suas eficiências, ai sim serem aplicadas em larga escala em toda a população, inicialmente para os mais vulneráveis e os que estão em contatos com os contaminados, e que as Agências Reguladoras autorizem os fabricantes, renomados Laboratórios, a distribuírem seus produtos em larga escala, para governos de todos os Países e no nosso Brasil, tenham a autorização da Anvisa.

Jairo Valio - 23-11-2020