MELISSA

(Do meu livro esgotado Animais que Plantam Gente -
págs 204/206. Saiba mais: https://www.recantodasletras.com.br/analise-de-obras/5284132

 

            Com nome de mulher e de marca registrada de sandálias infantis, a erva MELISSA, cientificamente conhecida como Melissa officinalis, é um gênero botânico da família Lamiaceae, originária do sul da Europa e de parte da Ásia. Em Portugal, essa espécie é conhecida como limonete. No Brasil, dão-lhe ainda os nomes de erva-cidreira, chá-de-tabuleiro, erva-luísa e salva-vidas.


            Seu uso é tão antigo que já aparece na Odisséia de Homero. Seu aroma costuma atrair abelhas, razão porque foi batizada Melissa em homenagem à deusa Melona, protetora das  abelhinhas. Atribui-se a ela ainda  poderes para fortalecer o amor, quando misturada ao vinho.


            Quem não está acostumado a cultivá-la à primeira vista tem a impressão de estar diante de um canteiro de hortelãs de folhas graúdas, tal é a semelhança física existente entre ambas as plantas.  No entanto, seu cheiro característico é semelhante ao da erva cidreira do campo e suas aplicações na cosmética e nos tratamentos de saúde são idênticas às do capim santo (ou capim-limão). Atinge de quarenta a setenta centímetros de altura e possui folhas verdes amareladas, ovais e dentadas. O fato é que se caracteriza por ser de múltiplas facetas, pois faz parte da tribo das hortelãs e das cidreiras ao mesmo tempo, mas seu chá tem sabor inconfundível. Em minha opinião, é a mais perfumada e de maior concentração de princípios ativos só encontrando competidor no capim santo, que também é uma delícia de chá relaxante. Sou tão exagerada nas preferências que tenho em casa um canteiro de cada: hortelã (do qual falarei oportunamente), erva melissa, erva cidreira do campo e capim santo. 


            Quanto ao cultivo, necessita de alguns cuidados até “pegar”. O plantio é feito através de sementes em sementeiras ou reproduzidas por estacas. Detesta solos encharcados e deve ser plantada ou replantada no período chuvoso, em solo rico de matéria orgânica e bem drenado.  Necessita de iluminação em pelo menos uma parte do dia, não tolera geada e pode viver até dez anos. Colhidas após quatro meses, suas folhas podem ser utilizadas de imediato in natura ou desidratadas à sombra para uso posterior.


            Desde o século X, é utilizada como medicamento para tratar os casos de ansiedade e depressão. Com o passar do tempo, e graças aos estudos realizados por pesquisadores, outras aplicações importantes foram atribuídas a essa erva. [Assim é que, quase sempre na forma de chás, é utilizada na medicina como calmante (crises nervosas, taquicardia, melanolia, depressão, histerismo), antitérmico, regulador menstrual, analgésico (espasmos), digestivo (gases, enjôos), auxilar no tratamento de pressão alta e problemas circulatórios].


            Na culinária serve para temperar carnes brancas, compor saladas de frutas, fazer sucos, refrescos licores.
          Já na cosmética, usam-na para banhos de vapor e compressas para cicatrização de acnes e picadas de insetos.

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Sandra Fayad Bsb
Enviado por Sandra Fayad Bsb em 07/12/2020
Reeditado em 30/01/2023
Código do texto: T7129646
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