Qual a relação entre Charles Manson e os Beatles?

Helter Skelter: Para os britânicos era o nome de um tobogã que era sucesso em parque de diversões, já o termo em Inglês significa “Confusão fora de Controle”, para Charles Manson queria dizer o fim do mundo.

Qual era o verdadeiro contato de Charles Manson com os Beatles? Será que era apenas um fã? Será que era um membro da banda que queria reconhecimento? Será que era um louco e sádico que queria chamar a atenção?

Enfim, todas essas perguntas serão respondidas e a verdadeira história que liga Charles Manson e os Beatles será esclarecida de maneira clara, singela e interessante.

Em meados de 1964, Manson partiu para a Califórnia e deu início a uma seita com princípios extremamente questionáveis, onde seus seguidores são chamados de “A Família” e criam cegamente em seu líder que foi idolatrado como o “Messias”.

Manson utilizava de atos pouco ortodoxos como, a máxima nazista da supremacia da raça branca, orgias regadas a muito LSD, etc. Depois de algum tempo, ele achou uma nova fonte de inspiração para as suas insanidades: para esse anormal, os “Beatles” surgiram como se fossem os cavaleiros do apocalipse e que vieram à terra anunciar o fim do mundo, através de suas músicas. De acordo com Manson, tudo estava esclarecido em suas canções, principalmente as do “Álbum Branco”, como por exemplo, “You Were Only Waiting For This Moment To Arise” que quer dizer “Você só estava esperando por este momento para se erguer”, mas “Arise”, também, pode significar “rebelar-se”. Mas a maior inspiração para aguçar suas loucuras foi “Helter Skelter”, que para ele tratava-se da batalha final na terra, onde os negros conseguiriam impor sua soberania sobre os brancos.

Manson começou a fazer suas barbaridades sempre colocando as músicas dos Beatles como o maior motivo para suas ações. Ele decidiu gravar um “vinil” e utilizou algumas canções dos “Meninos de Liverpool” alegando serem suas, mas não obteve êxito com os produtores. Logo depois, decidiu colocar seus planos em prática e reuniu sua seita para agirem contra os que não queriam o seu sucesso, “dizia ele”. Assim, o “Messias” recrutou “a família” para destruir um dos produtores que impediu seu sucesso, “Terry Melcher”, só que o endereço estava errado e quem acabou morrendo foi “Sharon Tate” e seus amigos. De acordo com Manson, a chacina era uma forma de protesto e tinha que ser feita logo, porque o mundo estava no fim. Depois desse atentado, ele e sua facção acharam que o mundo não tinha entendido direito o seu protesto e decidiram agir novamente, dessa vez, matando Leno La Bianca e sua esposa – donos de uma rede de supermercados da Califórnia. Os massacres tiveram rituais parecidos, perfurações nos corpos das vitimas, frases e títulos das canções escritas com sangue nas paredes e objetos do ambiente, tudo baseado em um protesto, de acordo com a seita. Depois da segunda chacina, Manson e os membros de sua seita foram capturados e condenados a prisão perpétua.

Enfim, Manson não era fã, não tinha contato com os Beatles, não fazia parte da banda, ele era sim um doente sádico e como todo o Serial Killer queria chamar a atenção, manipular as pessoas e cometer atos cruéis como se fossem glórias para o mundo. O risco da perda da liberdade é um dos maiores inibidores da ação dos sociopatas conduzindo os mesmos a manter uma vida socialmente aceita, pois são dotados de grande poder de raciocínio lógico, quando optam por ações ilegais faz com grande esmero e quando pegos utilizam respostas lógicas para o comportamento criminoso tentando reverter valores colocando a vítima como a responsável por suas ações.

Alidiney Aguiar Borges, estudante do curso de Direito.

lili.aguiar@hotmail.com

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Alidiney Aguiar
Enviado por Alidiney Aguiar em 08/06/2010
Reeditado em 11/02/2014
Código do texto: T2308589
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