Suécia

Jornal da Band

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A nova série do Jornal da Band mostra um país que funciona muito bem sem nenhuma mordomia para os políticos. Na Suécia, prefeitos e governadores não têm direito a residência oficial. Deputados estaduais e vereadores não recebem sequer salário e também não têm direito a gabinete: trabalham de casa.

Farras aéreas não costumam fazer parte do noticiário político, já que nenhum deputado tem direito a cota de passagens. Todos os voos devem ser marcados na agência de viagens do Parlamento. Além disso, políticos suecos também não têm impunidade garantida pelo cargo. O país não oferece imunidade a seus políticos.

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Desenvolvimento humano

Pelo quarto ano consecutivo a Noruega é o país mais desenvolvido do mundo, por ter conseguido combinar fatores como alta expectativa de vida, investimentos nos cuidados com a saúde da população e um Produto Interno Bruto (PIB) altíssimo: 36.600 dólares per capita. Essa é a conclusão do Índice de Desenvolvimento Humano, compilado pelo UNDP, órgão das Nações Unidas.

A Suécia está em segundo lugar no índice de desenvolvimento geral e no que diz respeito ao PIB, o país garante o 21 lugar, com 26.050 dólares per capita. Já o Brasil fica em 69 lugar no índice geral, com uma renda per capita de 7.037 dólares. As últimas posições são de Burkina Faso (expectativa de vida = 46.1 anos); Burundi (40.6); Nigéria (44.8) e Serra Leone (38.3).

A Suécia tem a segunda maior expectativa de vida do mundo, com 79.6 anos. Somente o Japão fica à frente, com 80.8 anos. A média brasileira é de 67.5 anos. Os japoneses também têm outra razão para se orgulhar pois são um dos países com a menor taxa de mortalidade infantil: 3 em cada 1000, assim como Islândia e Cingapura. A Suécia investe mais em educação e é primeira no que diz respeito à pesquisa.

Atualmente, 7,5% da população sueca é analfabeta (dado que, segundo o jornal, tem a ver com a chegada massiva de refugiados de guerra), mesmo assim a Suécia ainda é um dos países mais letrados do mundo. Sobre a pobreza, a país também tem bons índices com apenas (sic) 6,5% da população vivendo abaixo da linha da pobreza - o que por essas bandas quer dizer que essas pessoas ganham menos do que 50% da renda média da população, ou seja, menos de 13 mil dólares.

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SUÉCIA É O PAÍS QUE MAIS INVESTE EM EDUCAÇÃO

Nelson Valente - é professor universitário, jornalista e escritor

Fonte: http://www.josedomingos.com.br/2009/05/suecia-e-o-pais-que-mais-investe-em-educacao/

A Suécia é o país que mais investe em educação. Só em 2008, gastou 7,6% do seu Produto Interno Bruto nessa área, superando os Estados Unidos, a França, o Japão e a Itália, que aplicaram índices inferiores do seu PIB no mesmo setor.

Com uma população de 8,4 milhões de habitantes, o país passou por uma intensa reforma educacional, a partir dos anos 50. Hoje, dedica nove anos à escolarização obrigatória, que abrange alunos dos sete aos dezesseis anos de idade; dispõe de classes integradas para o ensino médio, objetivando acomodar indivíduos a partir dos 16 anos; possui um sistema municipal de educação de adultos oferecendo a mesma qualidade-padrão dada aos mais jovens; e conta com um nível superior aberto a qualquer um, com qualificações bastante diversificadas.

Todas as crianças entram no pré-escolar pelo menos um ano antes de iniciar a escolarização obrigatória. As instituições que realizam esse trabalho não pertencem ao sistema regular de ensino, mas a programas governamentais de auxílio à criança.

A parcela do orçamento voltada para o ensino é distribuída de tal forma que aumenta os incentivos, estimulando os estudantes. A pré-escola, a educação obrigatória e o ensino médio são controlados pelas autoridades municipais, mas os gastos com a manutenção são divididos com o Estado.

As escolas são gratuitas e seus alunos recebem ainda o material escolar, a refeição e o transporte. Existem poucas escolas particulares. Os pais dos estudantes recebem o salário-família, que é idêntico para todos, até que os dependentes completem 16 anos. A partir daí, os jovens que desejam continuar os estudos recebem bolsas. Chegando ao nível superior, essas bolsas passam a ser empréstimos reembolsáveis. As administrações municipais proporcionam a um número cada vez maior de crianças atendimento durante todo o dia e atividade fora do horário escolar, por preços módicos. A educação em nível universitário é totalmente controlada pelo governo, existindo mais de 30 instituições que proporcionam ensino gratuito.

Na Suécia, as pessoas com retardamento mental cursam uma escola especial, que não é apenas um direito, mas faz parte da escolarização obrigatória, na faixa dos 7 aos 21 anos. A integração entre o ensino regular e o especial cria condições para uma cooperação mútua, oferecendo aos deficientes mentais as mesmas facilidades de que dispõem os outros estudantes.

Observando o sistema educacional sueco, nota-se uma forte preocupação em manter um currículo homogêneo, igual para todas as escolas do país. Ele contém exigências expressas quanto às tarefas escolares, de maneira que elas se adaptem às necessidades intelectuais e sociais dos alunos. O objetivo principal do governo é beneficiar o desenvolvimento da personalidade da criança, aumentar suas possibilidades de uma boa colocação no mercado de trabalho e garantir uma intensa participação na vida da comunidade. Para um país das suas dimensões, o sistema funciona de modo bastante adequado, o que resulta na posição invejável da Suécia no conceito internacional.

(...)

O povo brasileiro considera a educação como principal fator de mudança na sociedade. Por falta de marketing e a existência de circunstâncias sobre as quais não se tem domínio, como é o caso da segurança e da saúde, a educação passou a uma posição secundária, o que dificulta considerá-la prioridade. Para o leigo, ela deixou de ter a mesma importância de dez ou 15 anos atrás.

Entre as reformas preconizadas para a educação brasileira, seria originalíssimo pensar numa estratégia de marketing que valorizasse a vontade política do país, no sentido de dar à educação a precedência que lhe é devida. Só assim, viveríamos novos tempos de esperança, no setor que é fundamental para o nosso crescimento rápido e auto-sustentado.

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POST SCRIPTUM: A Suécia também é o país da gênese da Cultura do Slowdown e do Slowfood.

Augusto Matos
Enviado por Augusto Matos em 05/11/2010
Reeditado em 08/11/2010
Código do texto: T2598242
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