Sociedade medieval no século XXI

Vivemos em uma sociedade que se encontra em guerra constante e, muitas vezes, não percebemos isso, até que os horrores causados por ela atinjam a nós ou a alguém próximo. Uma sociedade assustada e acuada que, a cada dia, se torna refém da violência e, até mesmo, das medidas de segurança tomadas por ela, individualmente ou por grupos específicos.

Por conta da violência desenfreada, retomamos (aqueles que podem) os modelos das fortalezas e burgos medievais, agora mais modernos, e construímos condomínios fechados, verdadeiros bairros cercados por muros altos, cercas elétricas, câmeras de monitoramento e seguranças armados; muitos deles possuem uma estrutura tão complexa que seus habitantes vivam independentes de contato externo, verdadeiras “ilhas de convivência controlada”. Com o objetivo de nos protegermos, estamos nos transformando em prisioneiros dentro de nossas próprias casas.

Hoje as “carruagens” devem ser blindadas, caso você não queira ser surpreendido com uma flecha de chumbo e as armaduras transformaram-se em coletes a prova de balas.

Nossa família não está segura em casa, nossos filhos não estão seguros nas escolas. Está próximo o tempo em que nossas crianças não saberão o que é andar de bicicleta em uma praça pública, ou construir castelos de areia em uma praia de verdade. Afinal de contas, onde é seguro?

Coloco-me a favor do desarmamento, não apenas dos pais de família, mas sim e, PRINCIPALMENTE, dos assassinos, dos sociopatas, maníacos, bandidos, traficantes e afins, incluindo aqueles que se encontram no poder e votaram o Estatuto do Desarmamento.

Marcos Sodré
Enviado por Marcos Sodré em 27/05/2011
Código do texto: T2997120
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