O BRASIL DISCRIMINA A IDADE DA EXPERIÊNCIA

Lailton Araújo

A lógica da biodiversidade inteligente começa quando a consciência humana, aprender a não usar a palavra biodiscriminação.

Quando cidadãos com 40 anos ou mais, e em plena fase de criação, são impedidos de participar de concursos ou outras formas de disputas democráticas, deve-se criticar e repugnar a afronta. Os vinhos mais raros e caros envelhecem lentamente! Os livros mais elaborados são revisados com o tempo! Os cérebros que pensam e produzem, ficam sensíveis e lapidados a cada década. São como diamantes: com o passar dos anos tornam-se diferentes de outras pedras preciosas.

É necessário protestar na presença de qualquer frase ou texto com princípios antigeriátricos, mesmo que eles sejam disfarçados de incentivos à juventude. As pessoas na meia idade são aptas à produção intelectual e podem concorrer no mesmo nível de igualdade com outras faixas etárias. Vale lembrar que juventude pode ser o espírito momentâneo de um indivíduo. Jovem por ser descrito ou poetizado, como aquele que se adapta a qualquer cultura do planeta Terra, convive com as diferenças, e consegue ser cidadão do mundo.

O jovem profissional que muitas empresas procuram ao publicar anúncios de empregos, parece ser o mesmo que inconscientemente, está embutido na cabeça dos que colocam a boa aparência como forma de divisão social e racial, e outras formas de discriminação, na admissão em empresas públicas e privadas. Esta pode ser a nova forma de Modern Apartheid of Brazil.

Aceitar as novas regras de mercado, se estas discriminarem pessoas, é se omitir da cobrança ao direito universal à igualdade dos povos. Na maioria dos ecossistemas - incluem-se os animais racionais - os líderes mais velhos e experientes promovem a harmonia e sobrevivência dos grupos.