SAMBA NO PÉ

“Quem não gosta de samba bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé.”

Quem nunca ouviu essa marchinha? Pois é, apesar de começar o artigo com um trecho de um samba, não sou amante de samba, mas também não sou doente do pé, ainda prefiro as músicas mais lights. Sempre escuto histórias que falam sobre os antigos carnavais. Penso que, antes era mais evidente as danças, as letras, a verdadeira tradição cultural.

Não quero dizer que hoje não haja a preocupação de algumas pessoas em conservar essas tradições, mas é visível que o foco mudou. Hoje falar em carnaval é mais pensar em mulheres seminuas, para não dizer nuas com seus corpos esculturais, desfilando pelas avenidas fazendo a alegria da maioria do publico masculino. Imaginem quanto esforço essas mulheres fazem para ficar assim, a busca pela verdadeira perfeição. Eu penso que não precisa tudo isso, acho válido sim as festas de carnaval, sob um olhar mais atento para as muitas famílias que conseguem aquela graninha extra, onde alguns artistas tem a oportunidade de mostrar suas obras, mas não quero entrar em outros méritos, quero continuar falando da vaidade corporal que domina as mulheres em tempos de carnaval. Sim, porque é quase impossível você notar a letra do samba, quando passa uma mulher com um bumbum enorme, quase do tamanho de uma melancia na sua frente. E ainda desfilar por várias horas usando sapatos de salto, sempre sorrindo, embora seus pés estejam pedindo socorro. A regra é jamais tirar o sorriso do rosto e não se importar com o sangue no pé. Sou do tipo que acha que não é legal viajar pelo que é irreal, uma imperfeição aqui, outra ali, não mata ninguém, ainda fico com o que é simples e verdadeiro.

Toda mulher tem seu encanto, não precisa usar da “política de sofrimento” para que saia bela na passarela, o importante é que se sinta bem consigo mesmo, e curtir o momento, claro, responsabilidade sempre.

Mística
Enviado por Mística em 26/01/2012
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