A-u-t-o E-s-t-i-m-a

Motivado ou Animado? Quando motivado, o elemento está movido por forças externas; está igualmente alimentado por iniciativas alheias, cuja motivação também se esgota quando a força de outrem também se extingue. Motivado é simplesmente um estado de dependência, que sempre aguarda a interferência de alguém para manter seu humor. A motivação é uma pseudo-euforia. Quando animado, o indivíduo é sempre movido por suas próprias energias, ou sejam pelas próprias forças interiores. Quem está animado expressa confiança, euforia, certeza, planejamento, determinação; também sabe o que quer, tem vontade própria, em resumo, denota um quadro de satisfação, contagiando a todos, dissipando contentamento. Mesmo que outros motivos externos possam contribuir para ampliar a sua satisfação; o indivíduo animado permanece assim, ainda que cessem os secundários motivos externos, portanto, sempre prevalecendo um quadro de muito otimismo e entusiasmo, pois não espera que ninguém faça acontecer sua exultação.

O futuro se constrói, não acontece. Indubitavelmente, organizar, atualizar e contemplar o crescimento de seu currículo é algo de elevado significado e que mexe com a sensibilidade e mantêm a auto-estima elevada, aliás, é bom que se diga que sendo a auto-estima um estado de espírito ela é parte do sucesso de profissionais de todas as áreas, portanto, torna-se essencial para quaisquer atividades públicas e privadas. Mesmo assim, não se pode deixar de grifar que a auto-estima está mais acentuada nas pessoas que sabem definir e conquistar objetivos, conseqüentemente, estão firmemente bem humoradas e abertas ao diálogo e sempre regidas sob o signo do contentamento, estabelecendo-se nas suas posições almejadas. Podemos dizer que estas pessoas estão sempre abertas, são dinâmicas, aceitam facilmente mutações sociais, sabem contornar situações difíceis, são susceptíveis ao diálogo e até se convencem a perdoar. Diversamente, no serviço público poucos podem ser considerados como Executivos e, a maioria dos servidores normalmente fica tolida de se determinar, de definir seus objetivos pois tudo que devem fazer está atrelado a uma cadeia hierárquica, a um regramento, que igualmente se vinculam ao campo funcional, com conseqüência para a carreira, limitando em todos o fértil campo da criatividade humana. Isto faz com que as pessoas fiquem aguardando gestos de terceiros para que se motivem e cresçam em todas as direções. Nos funcionários públicos, via de regra, a auto-estima é uma conseqüência da habilidade de quem chefia criando acesso às oportunidades. Em termos de auto-estima, presentemente, a linha mais acatada é aquela de que a auto-estima de alguém não está unicamente no ambiente e na vontade de outras pessoas, mas, no próprio indivíduo em querer adotar uma conduta adequada ao seu crescimento, particularmente, pelo enriquecimento da sua capacitação, já que o mundo é de quem pode e sabe concorrer. Logicamente, para se elevar a auto-estima de alguém não exige necessariamente um estímulo externo. A pessoa interessada, mais do que ninguém deve saber do que precisa e o que quer para melhor conviver com o seu grupo e se manter concorrente entre os demais. Na verdade, quem vive na linha média dos seus concorrentes, talvez se trate de um estado caracterizado pela inércia, e, com tal, é possível atingir patamares até depreciadores. Se alguém está inebriado pela inércia, possivelmente se constitua um corpo inanimado e sem força, e, muitas vezes carece mesmo é de uma ressurreição e não de um gesto de terceiros. Em certos casos, a baixa estima pode estar relacionada com o seu próprio surgimento dentro do grupo, quer por ter havido erro de incorporação ou erros na formação, sendo que quaisquer delas é suficiente para tornar a pessoa sempre inapta para os fins que se destina, que, em outras palavras, não reúne nem a legitimidade e nem competência suficientes para determinar-se e sempre espera por uma outra chance de alguém que lhe dê mais uma, duas ou mais oportunidades para ressurgir. Mesmo assim, nada impede que a auto-estima de alguém possa ser despertada por um pequeno gesto de outrem, que sempre se encera num ato de elevado reconhecimento. Com a auto-estima elevada a vida é sempre colorida. Qualquer pequeno e bom gesto de um chefe pode revolucionar prontamente a vida de seus colaboradores, despertando-os, pois esta boa iniciativa pode ser traduzida como garantia, não se tornando necessária a distribuição de fortuna, mas de fartura de atenção.

Falar em auto-estima para as pessoas de visão torna-se até desnecessário, pois, todas sabem o quanto um funcionário ou um empregado pode produzir, ou melhor, participa gerando com boa produtividade para qualquer empresa, desde que esteja colocado na plenitude da sua satisfação.

Mesmo que não se possa dotar a auto-estima em todos, mas deverá haver uma política que desperte para tal, a iniciar pela criação de um clima favorável, como uma das condições motivadoras.