A derrocada do ocidente

Desde 2008 o ocidente vive uma "crise" bastante acentuada.

A suposta "crise" não será resolvida, perdurará. A razão para isso é simples: a crise no ocidente corresponde à ocupação de espaço pelos povos do oriente, especialmente pela China, ocupação que será bastante ampliada nos próximos anos.

Uma parte considerável da produção ocidental se baseia no luxo, na superficialidade dos objetos comercializados. Esse mercado deverá sofrer um forte abalo com o empobrecimento das massas ocidentais; o abalo acarretará mais empobrecimento, a coisa degringolará, acirrando a "crise".

Há inúmeros pontos de vista através dos quais as diversas situações podem ser analisadas. As análises usuais da crise contemporânea costumam levar em conta apenas aspectos superficiais da coisa. Creio haver um mais profundo e pouco falado: estamos muito ignorantes. Não me refiro ao Brasil, somos índios e sempre fomos ignorantes, mas me refiro aos centros industrializados.

Haverá uma multidão de orientais inteligentes e cultos produzindo todo tipo de conhecimento. Primeiramente copiarão os produtos ocidentais e baratearão seus custos. Em seguida, aperfeiçoarão as técnicas de produção, superando as do ocidente, suponho que estão nessa fase. Posteriormente, eles mesmos, criarão novos produtos, novos inventos, utilizando a tecnologia básica já desenvolvida no ocidente. Mas depois desenvolverão uma nova ciência. Nesse estágio desenvolverão todo o ciclo, deixando para trás um ocidente repleto de luxo, riqueza e ignorância.

Já profetizei uma guerra oriente/ocidente para 2017, torço para ela não ocorra. Por outro lado, creio que essa será a única tentativa eficiente de contenção do oriente, que simplesmente passou a jogar o jogo imposto por ocidentais. Receio que, ao perceber a virada no placar, o ocidente tentará mudar as regras do jogo, tentará vencer na marra.

Penso que também nesse jogo vencerá o mais culto.

A crise do ocidente é uma crise no conhecimento.