Geração Coca-Cola

“Somos os filhos da revolução, somos burgueses sem religião, somos o futuro da nação. Geração Coca-Cola”. Música composta no ano de 1985 pela banda Legião Urbana, esta embalou adolescentes e mostrou como seria o futuro da nação e até do mundo.

Passaram-se 28 anos e aqui estamos. Aquela geração Coca-Cola nascida da tecnologia e com ideais revolucionários, hoje não passa de uma geração, como podemos dizer, “Zumbi”!?

Nossos pais foram os últimos idealistas, os últimos com valores morais, civis, e fraternais. Parece que o modismo zumbi saltou das telas dos cinemas e jogos de videogame e emplacou em cheio nos jovens e adolescentes atuais.

Os jovens de hoje são zumbis errantes. Pessoas vazias de valores, conceitos, conhecimentos, enfim... Pessoas vazias de vida.

A informação nunca foi tão rápida e completa, assim também nunca foi tão rápido e completo o egoísmo desta geração. Não há o respeito ao próximo, neste principalmente os pais.

O futuro não existe. Temos que aproveitar o agora, o presente, e se um dia o futuro existir “eles” estarão lá para nos socorrer. Afirmava o emburrado jovem que não queria ser atrapalhado, pois precisava mostrar para todo o mundo o quanto insignificante era sua contribuição.

- Problemas na política? Não tenho tempo! Estou conversando com meu amigo no celular de última tecnologia. Ele faz tudo, menos telefonar... Mas tudo bem! Paguei caro e tá valendo.

- Ontem fiz sexo com fulano... E a amiga retruca.

- Usou preservativo?

- Eu não! Se acontecer algo eu tomo pílula e em último caso aborto. Afinal temos que viver o hoje, né?

- Mas e se vier o filho!?

- Minha mãe se vira! Ela adora crianças.

A plenitude da humanidade, um povo inteligente vivendo em seus palácios verdes esmeraldas, como descrito no livro de H.G. Wells, pode ficar só nos contos de Ficção Científica. Esta geração pode dar um duro golpe no progresso.

Mas para tudo se tem uma solução. A mudança de lapso pode vir com o surgimento de cabeças pensantes, não só cabeças tecnológicas, mas cabeças humanas.

Uma contrarreforma da humildade derrubará estes conceitos vagos e superficiais, e a humanidade pode seguir seu curso novamente, o mesmo de curso antes.

Até porque não somos o centro do universo, não somos a única galáxia e com certeza não somos os únicos seres com inteligência.

A humanidade sempre teve seus momentos em que a empatia, o respeito e a consideração ficavam em último plano. Delas surgiram guerras, caos e o retrocesso. Mas ela também tem a capacidade de surpreender e se reerguer, assim seguindo seu rumo. Mesmo que a viagem seja ao som da Geração Coca-Cola.

Chronus
Enviado por Chronus em 08/04/2013
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