Olhar mágico

Olhar mágico

Aqui embaixo o trânsito urra

Ensurdecedor como um leão ferido

Hienas famintas em coro

Rinhas de galos de todas as espécies

No vai e vem das pessoas os apitos

Espíritos sonoros esbravejando a ingratidão de Deus.

Dizem; ele esqueceu de mim, Deus esqueceu de todos nós.

A fumaça das máquinas de motores envenenados

Inflando corações em busca do êxtase

Mesmo que seja o êxtase da morte.

Há brilho no olhar dos menos críticos.

Há somente brilho real nos inocentes.

Ah! Crianças e seus avós, agora também crianças.

Há um desfile de personas em cores que gritam

á expressão de dor, disfarçada em risos.

Personalidades indivisíveis e incomparáveis...

De repente! Alguém grita. Olhem para o céu.

A um instante de pura sensibilidade.

Há um brilho suspenso no ar.

O impossível, o milagre das ciências exatas.

Há sonhos. Cristais duros se desmancham em água.

Fios de lágrimas escorrem para dentro dor corpos quentes de almas, antes frias.

É o Zepelim, a evolução dos primeiros que se explodiram...

Ou é, na verdade, um jeito mágico de Deus mostrar-se presente.

E afagar com a magia do olhar

Momentos de total escuridão para alguns

E eternamente mágico para os seres ainda crianças...

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jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 03/05/2013
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