O Jovem e a Sociedade - 1ª parte - (Texto revisado e ampliado)

O JOVEM E A SOCIEDADE

Luiz Pádua

Em geral, quase invariavelmente, a Sociedade está sempre comentando sobre o futuro da juventude. Mas o jovem perdido em suas conjeturas sem saber bem o que fazer, alimenta esperança que algo inesperado aconteça em seu auxílio para conduzi-lo por um caminho adequado, e que um dia ele possa ter uma profissão digna e honrosa; estudar, trabalhar, casar-se, construir sua família. Não obstante, ignora que está perdido em um mundo hostil, onde apenas os leões famintos sobrevivem. “O Jovem e o idoso são dois extremos descartados pela sociedade". (Papa Francisco em entrevista ao Jornalista Gerson Camarote)

Sendo ele desconhecedor exímio de um futuro que pode ser inebriante, ignora por isso, as dificuldades que certamente enfrentará até que se estabilize no equilíbrio na tábua salvadora da vida.

Segundo alguns jornais e revistas do tipo, “verdade nua e crua”, somos criaturas de um rebanho perdido na natureza, sem saber se ele veio do céu ou do inferno.

A ficção não é um pretexto para a verdade e certamente é um perigoso substituto para ela. Para ilustrar tal fato, diríamos que a juventude é um pesadelo para a sociedade, que jamais soube o que fazer, ou como tratar adequadamente o jovem, ainda em estado de transe e euforia, motivado pelas indecisões próprias de adolescentes que ainda não sabem o rumo a tomar; estão desnorteados.

É nessa oportunidade que a mão amiga é de vital importância na condução do jovem a procura do seu caminho, que nem sempre são atapetados.

Invariavelmente, o jovem perdido nas suas hesitações quase sempre envereda por algum labirinto obscuro a procura de algo que traga alguma solução para os seus problemas, perdendo-se porém, nos tortuosos caminhos de volta ao seio familiar.

“Segundo Thomas Macaulay”, (Poeta, historiador inglês) “o crime é próprio do imbecil, que jura nunca se aproximar da água até que saiba nadar”.

A displicência com que os jovens são tratados, faz com que a sociedade pague um custo bastante elevado pela falta do zelo e cuidado para com esses garotos.

Ignorar a juventude é ignorar nós próprios, haja vista que por força das circunstâncias, mais tarde tomamos o seu lugar voltando ao tempo, com as mesmas necessidades que os jovens tiveram para galgarem as escadas do triunfo, numa flagrante inversão de valores.

A sociedade precisa compreender que é consideravelmente mais barato, mais humano e mais prático salvar o jovem antes que se torne um criminoso em potencial, do que destruir o seu espírito ou endurecê-lo de tal forma, que ele se transforme, às vezes, em um deliquente; como é o caso dos “sociopatas”, sob a tutela da lei.

É aí que a responsabilidade dos mais velhos obriga lançar mão de alguma iniciativa eficaz em conduzir o jovem por caminhos satisfatórios, em vez de abandoná-lo numa selva de lobos famintos.

O jovem não é um perito nem em sociologia, e tampouco em criminologia, motivo pelo qual ele pode vir a tornar-se uma grave ameaça à sociedade, levando-se em conta a sua curiosidade ao tentar descobrir o condenável mundo da criminalidade e, por lá permanecer indefinidamente.

(Continua)

Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 29/07/2013
Reeditado em 02/08/2013
Código do texto: T4409951
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