MATRIZ DOS MALES SOCIAIS -

Convivemos com o mal e o bem, desde quando nos entendemos como ser humano. A partir daí, tem início nossa luta contra os males que nos afligem. Eles nos chegam sempre de algo próximo ou distante, embutidos em julgamentos e conceitos, oriundos de fatos e atos que aceitamos ou deixamos de aceitar.

Vejamos nosso momento atual. Sabemos que o vertiginoso avanço da tecnologia, apesar de suas inúmeras conquistas, não trouxe ao homem, a igualdade de suas mínimas necessidades de subsistência. Considerando que a inclinação das instituições atuais, no tocante à educação, justiça, gestão pública e tudo o mais que se refira à qualidade de vida, nos mostra a impossibilidade de acreditar que essas instituições possam nutrir os anseios da condição humana.

Não se acredita mais em justiça para todos, em distribuição equalizada de recursos e nem que haja equilíbrio administrativo na relação entre os cidadãos e o poder. No entanto, são raros os que pensam em ser o homem, o único capaz de fazer mudar toda essa estrutura, através de sua própria reforma interior.

Se aqueles que detêm o poder, não se reformulam, por medo de perdê-lo, tornando a tão decantada democracia em simples utopia; se o eleitor não aprendeu, ainda, a fazer suas escolhas e colhe, como conseqüência, o ter que aceitar o que lhe é imposto - onde buscar, então, respaldo para esses males? Acreditamos que a solução poderá vir, através de duas poderosas atitudes.

A primeira refere-se à educação de massa – que afastaria a ignorância e aprimoraria a consciência coletiva, já que seria quase impossível criar-se, neste momento, essa conscientização na grande população votante.

A segunda seria a predominância do espírito sobre a matéria – uma forma capaz de nos fazer esquecer os julgamentos e entendermos a dualidade das coisas, para atingirmos a tão sonhada harmonia.

Aqueles que comungam desta nossa opinião e compreendem a profundidade de nosso olhar, sabem que o homem não deve persistir na luta contra outros males, a não ser o de sua própria ignorância e ambição desmedida. Que ele deve focar no bem coletivo, para poder usufruir da parcela que lhe cabe.

Torna-se, pois, importante a parceria entre o sentimento comunitário e o individual. Podemos e devemos abrir um leque de oportunidades, em que todos façam parte. Nosso cérebro opera com a lógica, o que é importante em muitas situações, mas se a usarmos como única referência, ficaremos impedidos de um entendimento mais profundo das questões emocionais. Veremos, assim, os outros seres sob nossa própria ótica, limitada por nossos próprios anseios, numa visão egoística de ver e sentir o mundo.

Ercy Fortes
Enviado por Ercy Fortes em 05/08/2013
Código do texto: T4420641
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