Sobre o Golpe e outras coisas mais

Completando 50 anos do Golpe Civil e Militar, já li cerca de dezenas de artigos sobre o assunto, nada de interessante, chamativo e de novo para acrescentar. Alguém me falou que Ditadura já é assunto ultrapassado. Não creio, talvez mereça mais atenção e até mesmo que os membros da Comissão Nacional da Verdade façam os militares abrirem o jogo sobre a realidade do Golpe de 64. Depois que ilustríssimo Coronel Malhães revelou a Comissão Nacional da Verdade que torturou, mutilou e matou durante o Golpe, colocou o serviço da CNV por incompleto, revelando que muito ainda esta por vir.

Depois de apoiar o Golpe Civil e Militar, a Folha de São Paulo agora tenta justificar, muitos se esqueceram das pessoas que hoje, vai com certeza chorar a morte dos seus entes queridos, tidos como desaparecidos políticos e em Goiás não é diferente. Todo e qualquer artigo que possa ser escrito sobre o Golpe de 64, será totalmente incompleto.

Já falei de política, já falei por duas vezes do agonizante córrego Calção de Couro, comentei por diversas vezes que algumas pessoas em tentam calar o direito de expressar, mas, hoje me pergunto: Porque falar, se ninguém quer ouvir? Falar por ideologia, por algo que se acredita. Uma luta que não tem fim, uma luta que há 50 anos, centenas morreram nos calabouços do DOP´s, do DOI-CODI e outras dependências militares.

Vivemos um momento de “Democracia” fantasiada, precisamos nos calar perante gastos bilionários em torno de R$ 28 bilhões com a copa de 2014, correndo o risco do Brasil passar por outra crise em decorrência destes gastos astronômicos.

Parafraseando o mestre Zé Ramalho:

Tô vendo tudo, tô vendo tudo

Mas, fico calado, faz de conta que sou mudo...

Goianésia, 30 de março de 2014.

Aureliano Peixoto
Enviado por Aureliano Peixoto em 30/03/2014
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