O Grande Mal Estar da Saúde Brasileira

É muito comum em jantares inteligentes, termo cunhado por Luiz Felipe Pondé, filósofo da atualidade, para designar todos aqueles bate-papos hipócritas e que não leva a lugar algum, ouvirmos falar de o quanto de corrupção existe no país e como esse ato maldito afeta a sociedade.

Sempre me hesitei em argumentar com sólidas opiniões sobre a questão da saúde brasileira e o que essa tem a oferecer aos milhões de brasileiros por aí, digo, àqueles que não possuem um plano de saúde elitizado ou algo similar. Sempre me hesitei simplesmente pelo fato de que dificilmente meus argumentos, apesar de contundentes, não passarem de meros jantares inteligentes.

Veja leitor, aqui vão alguns pontos de vista de um ex-indignado e um atual inconformista. Corrupção, o câncer da sociedade, o ato mais canalha que um ser político pode cometer para com a população, sobretudo a brasileira que há muito demonstra ser uma população extremamente dependente e desigualitária. O número de bilhões de reais extraviados por políticos por aí a fora, lembro-me bem, eram para mais de uma dezena de bilhão de reais. Um dinheiro que, se não fosse roubado dos cofres públicos, poderia ser injetado no paupérrimo sistema de saúde do Brasil.

Certa feita, em alguma reunião de colegas de trabalho, durante uma sessão de televisão e jantar inteligente, reparamos na hipocrisia de um político bastante icônico, ao proferir: Saúde é direito de todos nesse país, devemos resgatá-lo. Achei engraçado, gargalhamos por instantes e refleti: realmente o país não é movido a bio-combustíveis, mas a charlatanice de políticos que vivem conjugando o mesmo verbo, o infame: Dever, ser necessário, e por aí vai...

Cansei de jantares inteligentes, definitivamente.