PERGUNTAR NÃO OFENDE

Quer dizer então que, se em vez de gritar MACACO, a torcedora gremista tivesse publicado uma charge do goleiro Aranha com o mesmo potencial ofensivo e com o mesmo propósito (ele defendendo uma banana, por exemplo), isso seria considerado liberdade de expressão, com direito a passeata na Praça dos Três Poderes? A palavra é crime mas o desenho é arte? Uma tem limite e o outro não? Se tem humor, tudo é permitido? Ele não precisa respeitar as diferenças étnicas, religiosas e culturais? O humor, enfim, é a camisinha que protege a penetração em qualquer lugar, na base do laissez faire, laissez passer?

Estas são perguntas a serem respondidas pela caneta – e não pelas armas – numa prova de redação do ENEM, por exemplo. Abrangem um tema tão atual quanto Publicidade Infantil no Brasil. Fica a sugestão.