Foto: extraída da Folha de São Paulo
 
Não há igualdade de oportunidades e de salários entre mulheres e homens no Brasil e no mundo”. No último mês, li vários textos com esse tema na Folha de São Paulo e em outros veículos de comunicação, antecedendo o Dia Internacional da Mulher. Pensei, inicialmente, em falar sobre cada uma dessas estatísticas, mas mudei de ideia e resolvi investir no nosso poder de escolha.
Se está provado, há muito, que a nossa capacidade intelectual e de trabalho não difere da do homem, como é que ainda nos admira que, em “125 anos”, é a primeira vez que uma garota ocupa o primeiro lugar no Olimpo de uma escola militar? Como é que ainda se observa tanta disparidade no ambiente de trabalho (arte, cinema, literatura, medicina, engenharia ...), no Oscar e no prêmio Nobel?
Ao observarmos os países da Europa, notamos que essa diferença é menor e que, sem dúvida, uma das medidas relevantes foi o fato de mulheres ocuparem mais postos no âmbito jurídico e de alta direção e o CASAL dividir as tarefas de casa e a educação dos filhos.
Portanto há o que se fazer a respeito da discriminação apesar da precariedade e instabilidade do Brasil e do mundo, além de denunciar o descumprimento da legislação sobre a igualdade de salários. Mas o que estamos fazendo em nossas casas? Temos ainda um discurso estereotipado do que é tarefa ou brincadeira para meninos e meninas?  Até que ponto contribuímos para as discriminações? E na escola? E em nossos trabalhos? Essa pessoa com quem você está envolvida lhe respeita e respeita o seu trabalho? O emprego é ruim? Vamos investir no nosso preparo, planejar e buscar outro! Vamos negociar melhor a remuneração do nosso trabalho, tendo em vista que estatísticas demonstram que as mulheres aceitam menores salários.
Não se trata da supremacia de um gênero sobre o outro e sim, da igualdade. Que tal deixarmos a falsa mágica da reclamação e corrermos atrás da melhor oportunidade hoje? Qual é a decisão que precisamos tomar sobre a nossa vida? Meninas, mulheres, busquemos uma maior participação nas decisões políticas e econômicas do nosso país! Mostremos a cara! Vamos investir na qualidade do nosso trabalho (qualquer um), ajudar uns aos outros, lutar por melhores escolas para crianças e jovens, que ensinem e pratiquem a igualdade democrática entre os gêneros!   Vamos ser agentes da verdadeira democracia!  Meninas, mulheres e homens, vamos acreditar no poder e na força das nossas escolhas!